O individualismo radical, escreve o papa, é o vírus mais difícil de vencer (105), um vírus que chega a infetar algumas visões liberais que consideram a sociedade como uma mera soma de interesses e fazem da palavra povo uma simples mitificação (163).
A opinião de ...
Para o dono das castanhas o dia começa cedo, cerca das 06:00. É necessário arrumar as coisas na carrinha todo-terreno de cabine dupla. Matar o bicho à pressa e, sem demoras, ir buscar as apanhadeiras, que são três mulheres duma aldeia próxima e, sempre que podem, ganham umas jeiras, seja na apanha da castanha, nas vindimas ou em outros trabalhos agrícolas. Há terras que ainda têm algumas pessoas que ainda podem e querem trabalhar. O valor da jeira é 50 €. Tem 8 horas.
Por estes dias, nas nossas vidas, quer no âmbito pessoal, quer na esfera social, têm-se feito notar muitas ausências. Não sei se por especial sensibilidade advinda dos estados, mais de alma do que dos decretados, constato vincadamente isso mesmo.
Nesta crise pandémica que atravessamos, poucas serão as famílias que não estão a enfrentar dificuldades financeiras. Nestes casos o pior que se pode fazer é deixar arrastar a situação.
Quando o consumidor (e a sua família) sente que as dificuldades são grandes, deve contactar as entidades credoras, mesmo que ainda não se encontre em incumprimento no pagamento das prestações mensais.
A última semana foi caracterizada pelas condições meteorológicas variáveis, contudo, tivemos um claro domínio das altas pressões, com tempo maioritariamente estável em toda a região e temperaturas anormalmente elevadas para a época do ano, continuamos sem registar geadas significativas e generalizadas em todo o nordeste transmontano, os típicos nevoeiros de inverno, encaixados nos vales dos principais rios, voltaram a aparecer e foram persistentes em alguns dias.
Duzentos e cinquenta e três dias desde o início da pandemia e o Nordeste Transmontano viveu a pior semana em termos de novos infetados.
Em sete dias, foram 485 os novos casos registados pelas autoridades de saúde do distrito de Bragança.
A ameaça de um novo confinamento paira no ar na pior altura possível para o comércio tradicional, já por si maltratado.
Para pouco mais servindo do que para cumprir calendário, o debate que antecedeu a votação na generalidade da proposta de orçamento do estado para 2021 veio, mais uma vez por a nu as fraquezas, para não dizer as misérias, da atividade parlamentar com que se vão ocupando os representantes do nosso povo, por nós instalados na magnificência do palácio de S. Bento, a casa da nossa democracia.
Temos de ter muito cuidado com o que escrevemos no Facebook; nas tertúlias entre amigos, costumo dizer que o facebook, além da sempre útil comunicação em rede, deve ser um espaço de entretenimento e de paródia para espevitar todo o humor que cada um de nós é capaz de ancorar no mar da sua sabedoria; a produção de humor é pertinência de génios e os génios navegam em oceanos de inteligência; os pouco dotados são incapazes de criar e entender o humor e rejeitam-no; os fundamentalistas nas trincheiras de políticas, religiões, tribos e raças jamais o admitem; só com muitas reservas alguns govern
Tanto quanto pude acompanhar, os interlocutores dos meios de Comunicação Social portugueses noticiaram e viveram a campanha eleitoral para a eleição do Presidente dos USA (vulgo América) e a contagem dos votos, após a votação, desde o dia 3, com o mesmo fervor dos americanos. Até pareceu que eram eleições portuguesas. Tive o sentimento estranho de que os meus compatriotas querem ser americanos.
Os militantes do PSD elegeram Rui Rio convictos de ser o melhor para afastar o Partido Socialista do poder (abrindo espaço para os sociais-democratas), contribuir decisivamente, como o próprio assumiu, para acabar com a esquerdista geringonça ou, no mínimo, liderar inequivocamente a ala direita da política portuguesa.
Tenho Rui Rio por homem sério e bem intencionado. Mas tal não basta para ser escolhido pelos portugueses para substituir António Costa, nem tão pouco para garantir a realização dos almejados propósitos com que se comprometeu
Face à noite de um mundo fechado, onde abundam bairros negros, o papa sugere o cenário dum mundo aberto iluminado por corações abertos, sem fronteiras.
Permitam que partilhe convosco esta ‘nova’ experiência – algo assética – de celebrar a solenidade de Todos os Santos e dos Fiéis Defuntos sem a comunhão (entenda-se, comum união), física e visível, da comunidade orante. Sabemos – e bem – de todas as restrições cívicas colocadas aos fiéis e à comunidade em geral para a celebração destas efemérides.
A cobiçada e raríssima perdiz charrela povoou os montes, serras, vales e restolhos do Nordeste transmontano provocando eflúvios cinegéticos de caçadores experimentados e conhecedores da sua astúcia em se tornar invisível, daí só os possuidores de olhos de lince e rápido gatilho conseguiam diferenciarem um nódulo alaranjado de flores dessa cor a permitirem à famosa peça de caça esconder-se tão bem quanto os guerrilheiros vietnamitas ou camaleões políticos de alto coturno.
Já estamos praticamente a meio do último mês do outono meteorológico e já temos disponível o relatório relativo ao mês de outubro emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que o catalogou como frio e chuvoso, vejamos os detalhes:
“Alredor, las pessonas quedában na punta de ls pies para ber las cinzas i ls restros d’uossos ne ls panelos, quanto a mi, siempre me parece anconcebible que se puodisse, delantre desse forno tan amponente, precurar subre l que ye isso”.
Boris Pahor, Necrópolis
O texto da acusação do processo relativo à morte de Valentina, a criança de nove anos alegadamente assassinada pelo pai em maio passado, em Atouguia da Baleia (Peniche), é mais arrepiante que o mais brilhante filme de terror produzido por Hollywood.
Um terror que não é, ainda assim, comparável, ao sentido por aquela criança durante as horas de provação a que foi sujeita, precisamente por aqueles que primeiro a deviam proteger, a começar pelo pai, mas passando pelo resto da sociedade.
Continuamos neste artigo a análise das sombras ou das poeiras que rasgam dentro das nossas cidades. Identifico, como a terceira sombra, uma certa cultura económica. Como sabemos, as opções económicas exercem, a vários títulos, um enorme peso nas opções políticas: no cuidar da natureza, no cuidar do trabalho e dos trabalhadores, no cuidar dos frágeis (sublinham-se, aqui, os migrantes), na resposta às diversas formas de insegurança.
Estes últimos seis meses evidenciaram-nos, até de forma algo surpreendente para uma sociedade, europeia e ocidental, que antes se ufanava das suas certezas, capacidades e de para tudo ter resposta, a enorme fragilidade da condição humana e da crença num modelo de crescimento económico ilimitado, lançando-nos para um mar de desconhecimento e incerteza nunca antes navegado.
A principal correspondência de António Feijó (Ponte de Lima, 1859), nosso embaixador em Estocolmo, onde morre (1917), em posse do escritor montalegrense José Dias Baptista é dirigida ao conselheiro dr. António de Barbosa Mendonça, Casa de Rande, Longra, Felgueiras. O nome próprio é mais extenso (dedicatário em versos de Feijó, inscreve segunda preposição: António de Barbosa de Mendonça), e assim a sua intervenção cívica, sobrevindo (1938) ao amigo e à filha Maria Guilhermina de Barbosa Mendonça (1889-1912), a qual tem devoção popular nas redondezas.
As regras especiais aprovadas para os contratos de seguros obrigatórios, durante o período de crise provocada pela Pandemia COVID-19, foram prolongadas até ao dia 31 de março de 2021.
Esta medida excecional de prorrogação automática do seguro permite que, na ausência de um acordo mais favorável ao tomador do seguro, em caso de falta de pagamento do prémio na data prevista, o contrato seja automaticamente prorrogado por um período de 60 dias a contar da data do vencimento do prémio.