José Mário Leite

Clarificação

Obviamente que é imperativo que a atuação de qualquer membro do Governo e, por maioria de razão, quem o chefia, seja clara e, quando o não for, por si mesma, tenha de ser clarificada. Mas, a clarificação não passa por bombardear o visado com novas perguntas, após cada pergunta respondida, com pedidos de esclarecimento a cada aclaração apresentada e, muito menos, embrulhar tudo em várias insinuações, mais invasivas e perniciosas do que qualquer acusação concreta por não afirmando impedir qualquer desmentido.


Quo Vadis?

E pronto.
Estamos, de novo, convocados para, em eleições antecipadas, nos pronunciarmos sobre a solução governativa que, resultar da nova composição da Assembleia da República, sem se saber bem como e porquê.


Política no grau zero!

Há menos de um mês a Comissão Política Concelhia de Bragança publicou um comunicado em defesa do Presidente da Distrital, Hernâni Dias lamentando e repudiando os julgamentos, com tentativa de destruição da imagem pública da anterior liderança camarária do, na altura, Secretário de Estado, garantindo que, a seu tempo, as instituições democráticas e judiciais assegurarão a devida clarificação. Apelava para que a política fosse pautada por elevação, responsabilidade e respeito, repugnando o aproveitamento político da situação.


Que fazer com o livro?

Estamos a poucos dias da conclusão do ano que deveria celebrar o quingentésimo aniversário do nascimento de Luís de Camões, o nosso maior poeta e símbolo consagrado da lusitanidade e que é comumente aceite que tenha ocorrido a 24 de janeiro de 1524!
E quase nem se deu por isso!


Erro grave

Ao declarar que não gostou das imagens das dezenas de imigrantes perfilados e de mãos contra a parede, no Martim Moniz, Luís Montenegro tentou emendar a mão sobre a associação entre insegurança e imigração que, direta e indiretamente, ele e vários membros do seu governo fizeram, nos últimos dias, mesmo que, igualmente, o Primeiro Ministro venha agora a renegar tal cedência aos movimentos de extrema-direita.
E o erro começa, precisamente, aí.


Inteligência Artificial (Ainda e de novo)

Enquanto começo este texto a televisão anuncia um produto inovador por recorrer à inteligência artificial (AI). Habituado, desde há já vários anos, a conviver com investigadores e médicos que promovem, desenvolvem e usam esta ferramenta tecnológica tenho bem a noção das enormíssimas capacidades e benefícios associados a esta tecnologia. A prática da medicina e a investigação biomédica são duas áreas onde os avanços e as melhorias estão a ser fortemente impulsionados pela AI.


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