Os últimos dias foram pródigos em trocas, com acusações de vira-casacas.
Isto porque um elemento da lista do Partido Socialista (aliás, o número dois) se incompatibilizou com a líder e acabou por passar à condição de independente, tal como o Mensageiro tinha revelado em primeira mão logo na semana seguinte às eleições.
Esse movimento, que a lei autárquica prevê, ameaçou minar a maioria histórica conquistada por Isabel Ferreira.
A opinião de ...
Quando olhamos através do para-brisas de um automóvel raramente pensamos na ciência e engenharia que o tornaram tão seguro e funcional. À primeira vista parece uma simples superfície transparente mas o vidro, que nos separa do vento, da chuva, etc., resulta de um século de inovação tecnológica.
No dia 12 de outubro, Bragança fez história. Pela primeira vez em vinte e oito anos, o Partido Socialista venceu as eleições autárquicas no município. A vitória foi clara, inequívoca, e coroou Isabel Ferreira como a primeira mulher a presidir à Câmara Municipal de Bragança, a primeira doutorada a ocupar o cargo e a primeira ex-governante a assumir funções de edil brigantina. Um triunfo, dir-se-ia, que marcava o fim de um ciclo e o início de outro. Só que, em política, o que começa em euforia raramente acaba em serenidade.
Tinha assumido que não iria comentar o resultado das eleições autárquicas.
Numa cidade infestada de muitos galardoados com o Nobel do chicoespertismo, do pedantismo, da petulância, do cinismo e do oportunismo, não posso (nem devo) assobiar para o lado.
De facto, há apenas 1 vencedora e 3 derrotados nestas autárquicas: a Prof. Drª Isabel Ferreira é, sem dúvida, a grande vencedora; o PSD e o PS são 2 derrotados. O 3º deixo aos leitores a capacidade de definir e escolher.
Realizadas as eleições autárquicas de 2025 e empossados os órgãos de cada município, olhemos para o tema que divide o espectro político português: o 25 de Novembro de 1975.
Há mais de 20 anos, fiz uma intervenção pública na qual defendi uma profunda alteração na lei eleitoral autárquica porque, volvidos tantos anos, era absolutamente imperioso dotá-la de mecanismos que assegurassem uma representação democrática e uma maior eficiência no funcionamento dos órgãos. A intervenção que fiz mantém-se actual porque, decorridos 20 anos, tudo está na mesma, apesar das insistentes promessas de revisão das leis eleitorais para uma maior credibilização dos sistema político.
Erguemos altares ao “eu” e chamamos liberdade ao que, afinal, nos aprisiona. A felicidade não nasce do espelho, mas do encontro — e só a humildade abre caminho a uma vida com sentido.
Dezanove dias depois das eleições autárquicas, esta sexta-feira é o primeiro dia do resto da vida do Município de Bragança.
A votação expressiva em Isabel Ferreira originou uma mudança de ciclo 28 anos depois de o PSD ter conquistado a Câmara ao PS de Luís Mina.
Em quase três décadas muita coisa mudou.
Mas, à ideia, vem a música de Sérgio Godinho:
A princípio é simples, anda-se sozinho
Passa-se nas ruas bem devagarinho
Está-se bem no silêncio e no burburinho
Bebe-se as certezas num copo de vinho
E vem-nos à memória uma frase batida
Três notícias muito recentes vêm chamar a nossa atenção para um tipo específico de violência doméstica de enorme gravidade, de uma forma aterradora. Ficamos todos tão mal nesta fotografia! O Estado, as famílias, todas instituições e cada um de nós enquanto cidadãos.
QUESTÃO-“…Para efeitos fiscais quem tem que declarar e o quê no I. R. S.…”
Incompreensivelmente, ou talvez não, a verdade é que, ainda o Orçamento Geraldo Estado para 2026 mal passava de um mero projeto de intenções, foi logo liminarmente rejeitado pelas mesmas oposições de sempre, criando a dúvida de que, em vez de se apresentarem na Assembleia da República, não teria sido mais útil para o país e agradável para eles, terem aproveitado a oportunidade para gozar mais uns diazinhos de férias.
Uma sociedade mede-se pelo cuidado aos seus idosos
No interior de Portugal, a Igreja continua a ser presença de proximidade e humanização para muitos idosos esquecidos. Mas esta missão não pode ser só dela: cuidar dos mais velhos é um dever de toda a sociedade civil.
Entre aldeias quase desertas cresce um inimigo silencioso: a solidão dos idosos. Não faz barulho, não ocupa manchetes, mas corrói a esperança, tira anos de vida e mina a dignidade. Muitos são os últimos habitantes da sua rua, da sua casa, da sua história.
Um bom título de notícia deve ser breve, claro e atrativo, resumindo o tema principal e capturando a atenção do leitor. Deve ser objetivo, informativo e conter as palavras-chave essenciais.
Num cenário de crescente digitalização e compras online, aumentam também as dúvidas e os problemas. No último ano, a DECO recebeu mais de 3.500 pedidos de ajuda relacionados com comércio eletrónico e burlas, e para responder a estas preocupações, a DECO lançou uma campanha informativa digital “SEGUE OS TEUS DIREITOS”, com o objetivo de reforçar a literacia digital dos consumidores e protegê-los de práticas abusivas nas plataformas digitais, incentivando-os a conhecer os seus direitos.
No início do outono, com os dias ainda solarengos e as noites já frias, aproximam-se as primeiras chuvas da estação. Nestes dias de chuva pouco intensa, há um odor inconfundível, emanado pela terra, originado pelo petricor. Este é muito mais do que uma fragrância: é a expressão natural da terra que se reinventa e nos acolhe. É um perfume etéreo que desperta memórias e sentimentos agradáveis.
Bem à semelhança do que costuma acontecer em todas as campanhas eleitorais de cariz político, sejam elas europeias, legislativas, autárquicas, presidenciais, ainda que com as pequenas nuances impostas pela especificidade de cada uma delas, também das eleições autárquicas, realizadas no passado dia doze deste mês de outubro, tudo bem espremido, cabia numa mão fechada.
E eis que um novo ciclo se inicia, passadas que foram as eleições autárquicas com os vereditos impostos pela vontade popular e, com eles, as renovações, as reafirmações e as alterações tidas e achadas como sendo as melhores soluções para cada um dos municípios da nossa terra.
Chegados aqui, ao último Outono em que Marcelo Rebelo de Sousa é o nosso Presidente da República, estamos todos um pouco desejosos de que as eleições para o PR passem depressa. Muitos, não tanto porque queiram ver uma cara nova em Belém, mas porque já não suportam ver nem ouvir MRS nas tvs, nos jornais ou em cerimónias e discursos.
Cumpriu-se no passado dia 12 de Outubro a 14ª eleição para os órgãos de administração e de gestão dos municípios e das freguesias, em Portugal. Evitei sempre utilizar o termo «eleições autárquicas» porque estas englobariam também as regiões administrativas, ainda não criadas. O adjectivo «locais» dá assim sentido ao âmbito da eleição.
As eleições de domingo provocaram um autêntico terramoto político na capital de distrito. A vitória de Isabel Ferreira (foi claramente uma vitória mais da candidata do que do partido que a apoiou) estilhaçou uma série de mitos urbanos construídos ao longo dos últimos anos e obrigou muitas violas a regressarem ao saco (a minha incluída).
