Pe. Manuel Ribeiro

A tecnologia cria dados. Só nós criamos memórias!

Guardamos gigabytes, terabytes, petabytes de dados. Mas onde guardamos as memórias? Memórias reais, feitas de encontros, de gestos, de olhares. Saber viver juntos e construir memórias é, hoje, o maior desafio da era digital.
Aprender a programar tornou-se quase obrigatório. Fala-se de código, algoritmos, inteligência artificial. Mas há uma linguagem que estamos a esquecer e sem ela, o futuro será inviável: a linguagem do encontro, do respeito, da convivência.


Educar para a paz: se a escola não o faz, o que está ela a fazer?

Vivemos tempos sombrios. Guerras prolongadas, discursos de ódio, exclusões silenciosas e desigualdades gritantes desenham o actual cenário global. A paz — essa palavra aparentemente frágil, mas poderosa — parece hoje mais uma miragem do que um objectivo partilhado. E, no entanto, há um lugar onde ela ainda pode ser semeada: a escola.
Mas estará a educação a cumprir esse papel? Ou será, como advertia Bourdieu, mais um instrumento de reprodução de desigualdades, de silenciamento cultural e de violência simbólica disfarçada de mérito?


A universidade: laboratório de humanidade e horizonte de futuro

Vivemos um tempo paradoxal. Nunca a humanidade teve acesso a tanto conhecimento — e, paradoxalmente, nunca se sentiu tão desorientada. A tecnologia avança a passos largos, mas os valores perdem-se nas encruzilhadas da pressa. O mundo está hiperligado por redes e satélites, mas as pessoas vivem cada vez mais sós. É neste contexto que a universidade precisa de repensar profundamente a sua missão.


Amor com reservas não é amor, é interesse!

Em pleno tempo quaresmal, a sábia e eterna pedagogia eclesial convida-nos a uma adesão livre, consciente e determinada ao caminho que conduz à renovação do nosso coração, configurando-o ao coração da Misericórdia e da Esperança. Para a construção de um amor mais pleno, autêntico e genuíno, a Tradição recorda-nos uma verdade incontornável: todos estamos, inevitavelmente, na fila para a morte. E, diante desta certeza, somos chamados a posicionar-nos de forma consciente.


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