Susana Cipriano e Abílio Lousada

Igreja de Santo António, Montesinho. Iluminado por Deus!

Montesinho, aldeia do xisto e do granito, a dar nome ao Parque Natural do Nordeste Transmontano, é uma das mais icónicas de Portugal. Lugar privilegiado para percursos pedestres e amantes da natureza. Situada num vale e percorrida pela Ribeira de Vilar, a mais de 1.000 metros de altitude, dista 2km da fronteira com Espanha e 23 km de Bragança, na direção Nor-noroeste. Fez parte do extinto complexo mineiro mais produtivo de Estanho em Portugal e tem nas imediações a Barragem de Serra Serrada. Juntamente com a aldeia de Portelo, pertence à freguesia de França.


Igreja de São Mamede, Alimonde. O Grande Mártir, Padroeiro de Arimundus

Alimonde pertence à União das Freguesias de Carrazedo e Castrelos, que inclui a aldeia de Conlelas. Distante 15km a Ocidente de Bragança, implanta-se numa planície no fundo da Serra da Nogueira. Povoado proto-histórico, onde o castro da Terronha deixou vestígios de obras defensivas. E de presença Romana, destacando-se um troço da via XVII do Itinerário de Antonino, conhecida como Calçada de Alimonde, ou Caminho dos Escalões. As Inquirições de D. Afonso III (1258) e as de D. Dinis (1288) referem a paróquia Sancti Mameti, ou Mometis, de Arimundi.


Igreja de Nossa Senhora da Assunção, Samil. Samil: Castanheiro do Senhor!

Aldeia e freguesia, Samil dista 3km a Sul de Bragança. Vestígios rupestres, como a «Fraga do Selvage», situam o território na pré-História, os castrejos do «Castanheiro do Senhor» e do «Castrilhão» dão-nos a ideia da sua antiguidade habitacional. Na Idade Média, a «Vila de Saamir» pertencia à coroa, a fábrica da Igreja corria por conta dos paroquianos, que também zelavam, em ‘Conselho Comunitário’, pela boa utilização e usufruto dos campos de pasto, e o Mosteiro de Castro de Avelãs detinha terrenos no povoado.


Igreja de Nossa Senhora da Assunção, Rio Frio. Santa Maria Rivulo Frigido!

Situada num planalto, 18km a Sudeste de Bragança, é sede da União das Freguesias de Rio Frio e Milhão, agregando ainda a aldeia de Paçó e os lugares de Quintas do Vilar e de Vale Prados. Originalmente Rivus Frigidus do Monte, topónimo alusivo ao rio Sabor, que corre 3km a Oeste, à frigidez da terra e ao Cabeço do Castro, foi localidade castreja da Idade do Ferro. Povoado relevante já no século XI, no tempo dos Bragançãos, está documentado no reinado de D. Afonso Henriques, dando-se conta em 1144-1145 de terras doadas ao Mosteiro de Castro de Avelãs.


Capela de Santa Eulália, Vila Meã. “Passio Eulaliae Emeriten”!

Vila Meã ou, como também já foi referenciada, Vila Meana, Villa Mediana, Villa Meyãa e Villameaõ (vila do meio), situa-se entre São Julião de Palácios e Deilão, União das Freguesia que também agrega as aldeias de Caravela, Palácios e Petisqueira. Situada na Alta Lombada e inserta na área nascente do Parque Natural de Montesinho, dista 22 km de Bragança. A génese do povoado antecede a formação da nacionalidade, então situada na zona da Fraga do Facho, onde se implantava o templo dedicado a Santa Eulália (ou Santa Olaia), então padroeira de Vila Meã.


Igreja de Santo Estêvão, Espinhosela. Primeiro Mártir da Igreja

Separada do Parâmio pelo rio Baceiro, a freguesia de Espinhosela ‘espalha-se’ pelas aldeias de Cova de Lua, Terroso e Vilarinho. Distante 13 km a Noroeste de Bragança, a aldeia-sede tem como património religioso a Igreja Matriz de Santo Estêvão, no «Bairro do Vale», e a Capela de Nossa Senhora do Rosário, no «Bairro do Outeiro». Hoje desaparecida, existiu ainda a Capela dedicada a São Caetano, ereta pelo Padre Belchior Leite de Azevedo, abade de Espinhosela, em finais do século XVII.


Igreja de São Miguel, Fermentãos. “Príncipe da Milícia Celeste”!

A aldeia de Fermentãos pertence à freguesia de Sendas, juntamente com Vila Franca, situada 29km a Sul de Bragança. Povoado medieval, em meados do século XIII designava-se Foramontãos ou Formadãos, sabendo-se que, no reinado de D. Dinis, existiam casais pertencentes ao Mosteiro de Castro de Avelãs e à Ordem do Hospital de Jerusalém. Tem, como templos católicos, a Igreja Matriz seiscentista de São Miguel, implantada no centro do povoado, a Capela de São Sebastião e as capelinhas das Almas e do Padre Cruz.


Capela de São Sebastião, Baçal. “Memórias Arquiológico-históricas …”.

Baçal, distante 8 km a Nordeste de Bragança, é sede de freguesia, constituída pelas aldeias de Sacoias e de Vale de Lamas. Estendida numa zona planáltica e de férteis terrenos agrícolas, banhada pelas águas do rio Igrejas e a ribeira de Baçal, encontram-se vestígios de povoamento desde a Idade do Ferro, onde existiu um castro dimensionado, e uma atalaia medieval no monte de Urzedo, contituinte do sistema defensivo exterior de Bragança. Documentos de 1243, dão nota que Pelágio Lopo e sua esposa venderam a povoação de Baçal a D.


Capela de São Roque, Parada de Infanções. Peregrino da Ordem Terceira Franciscana!

Distante 24 km a Sudeste de Bragança e uma das maiores aldeias do concelho, Parada pertence, desde 2013, à União de Freguesias de Parada e Faílde, integrando ainda as aldeias de Carocedo e de Paredes. Localidade castreja, onde existiram, de acordo com o Abade de Baçal, o castro Mau, a confinar com a freguesia de Coelhoso, e o castro de Cidadelhe, também pertencente à freguesia de Pinela. Segundo Francisco Felgueiras Júnior (Monografias Bragançanas), o topónimo deriva de um grupo de fidalgos (infanções) provenientes das Astúrias ali ter repousado durante certo tempo (paragem).


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