A Páscoa é a expressão mais eloquente e mais visível do paradoxal e absurdo amor de Deus por cada um de nós, pela Humanidade, pela criação inteira. A tríade Paixão, Morte e Ressurreição, como uma única e mesma realidade, revela, na pessoa e na missão de Jesus Cristo, a abnegada solicitude misericordiosa de Deus.
A opinião de ...
A primavera meteorológica 2021 já lá vai e já temos uma ideia de como se comportou na nossa região, em linhas gerais e analisando os dados disponibilizados pelo IPMA, foi muito seca na nossa região com temperaturas próximas da média, a partir de agora não é expectável precipitação significativa, entramos em pleno período estival que se caracteriza pelo tempo seco, pontualmente com instabilidade localizada em forma de trovoadas irregulares que não têm grande impacto nos níveis de humidade dos solos.
Terá sido por meados do decénio de 90 do século passado que me encontrei com ele; melhor dito, que dei com o nome dele. Foi isso ao mergulhar num pequeno jornal literário, publicado em Coimbra, com o subtítulo “Microcosmos literário”, pitorescamente batizado pelo seu diretor, João Penha, de A Folha. Ali publicou Guerra Junqueiro, com 18 anos acabados de fazer, uma extensa composição poética, em cinco partes, com o título O livro de um doido (Excerto). Foi, de resto, a primeira composição que publicou em A Folha e a única em que usou pseudónimo (Vasco Hermínio).
Nota de entrada:
Este texto deveria ter sido publicado na semana passada. No emaranhado de colaborações a peça desapareceu-me. Ao Director do jornal, aos seus colaboradores e acima de tudo aos leitores peço desculpa ante a desatenção.
A semana começou com uma notícia que muito irritou os portugueses, sobretudo os que, como nós, vivem perto das zonas de fronteira e, mais ainda, os que têm de a cruzar regularmente, sobretudo para irem para os seus empregos.
Reza a história que, lá bem nos antanhos da humanidade, quando sobrava de ambição o que faltava de vergonha e de dignidade, se vendia a própria progenitura, nem que fosse por um mísero prato de lentilhas.
Verdade ou ficção, o certo é que, decorridos muitos milhares de anos, o relacionamento entre os povos e as pessoas continua submetido aos fins mais inimagináveis, desde que serviam os interesses dos seus promotores, sejam eles políticos, confessionais, económicos, coletivos, individuais, empresarias, culturais ou desportivos.
Ls ídolos deilhes son prata i ouro,
obra de las manos de l home.
Ténen boca, mas nun fálan;
ténen uolhos, mas nun béien.
Gosto de livros. Gosto de oferecer livros e gosto que mos ofereçam. Gosto que os meus amigos os publiquem e gosto que gostem, que tenham “proa”, nos livros que publicam. Assim escrevi eu aqui há dias. Hoje acrescento: gosto deles honestos, não necessariamente verdadeiros, mas honestos, escritos por homens ou mulheres com coluna, capazes de escrever o que pensam ainda que o que pensam não caiba nos códigos vigentes.
No início de 2018, precisamente dois anos antes da declaração da Pandemia Covid19 pela OMS, foi publicado o livro FACTFULNESS escrito pelo médico sueco Hans Rosling (falecido em 2017), em co-autoria com o seu filho Ola Rosling e a sua nora Anna Rosling Rönnlund. A partir da Base de Dados, elaborada pelo trio através da Fundação Gapminder, o consultor e especialista em Saúde e Desenvolvimento disserta sobre a atualidade e sobre o futuro próximo, tanto quanto é possível prever, com alguma certeza.
África é "o continente do futuro".
A convicção foi manifestada pelo antigo Primeiro-Ministro caboverdiano, Carlos Veiga, à margem da comemoração do Dia de África, no Instituto Politécnico de Bragança.
Que o continente africano está cheio de potencialidades, humanas e naturais, ninguém duvida. Mas África não é só o continente do futuro em África.
Também por cá, no Nordeste Transmontano, África poderá ser o continente do futuro.
Para uma necessidade que também é sentida de modo muito elevado no distrito de Bragança, foi lançada em 01 de junho do ano passado, completando agora precisamente um ano, o processo de reconhecimento do Estatuto do Cuidador Informal.
Trata-se de uma medida pública de prestação social inovadora, em certa medida pioneira, mesmo a uma escala europeia, e polifacetada, pois envolve várias áreas da governação, apresentando não só uma vertente prestacional mas também uma componente solidária.
Há tempos arredado das letras, retomo hoje a lavra, tímido, mas teimoso, como quem sem saber para onde ir ou começar tem um dever para com a sua herança.
Sabem os meus amigos que “Dom Quixote de la Mancha” é provavelmente o meu livro, o que levaria para a “ilha”, o que gostaria de ter escrito, podendo morrer no instante a seguir, com os olhos a rir e a assobiar, enquanto o fôlego me assistisse, o “Gabriel’s Oboe” de Morricone. Mas uma coisa do livro me anda atravessada e só me dei conta disso há pouco tempo.
Há uma grande probabilidade de ter sido descoberta uma “villa” romana no âmbito dos trabalhos de prospeção arqueológica levados a cabo no adro da capela da Senhora da Veiga em Alfaião, Bragança.
Um dos grandes problemas da vivência actual, é que, muitas pessoas estão convencidas, ainda que mal preparadas, que alguma cultura livresca e até alguma erudição que não é suficiente para ser competente.
Os seu conhecimentos não contemplam a reflexão e/ou a meditação.
A sua incompetência cega-as, ao ponto de não reconhecerem, em nenhuma circunstância, os seus próprios erros, São intolerantes para quem está abaixo de si e lambe botas para quem se encontra acima.
Dizia-me, há tempos, um grande amigo que, quando lhe apresentavam uma pessoa ou se via obrigado a contactar alguém pela primeira vez, ficava sempre de pé atrás, até que, pela convivência, chegasse à conclusão de que essa pessoa ou esse alguém lhe merecia ou não a sua confiança.
E parece que tinha razão.
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Aquele era o muro mais belo que havia por ali. Olhando-o de longe, via-se mesmo que era um monumento que tinha sido erguido para regalo de quem conseguia aperceber-se da sua existência!
Há muito, muito tempo eram os lobos a principal ameaça. Por vezes vinham em matilhas poderosas como embaixadores emproados, desfilando pelos descampados, atordoando galinhas com a sua retórica canina. Outras vezes vinham isolados, lobos solitários, como amoladores de facas, ansiosos por aguçar o dente. Lá para os lados de Porto de Mós os camponeses inventaram os muros de pedra seca, desconcertantemente simples. Uma pedra é uma pedra, e pedra sobre pedra, sem adereços fúteis, se faz o muro.
QUESTÃO:-“…quem tem que pagar IMI pelos prédios que possui, também vai pagar AIMI pelos mesmos prédios…?”
RESPOSTA-(elaborada em 22/05/21)-A questão que o estimado leitor coloca, dado não mencionar elementos concretos, não pode ser respondida com um inequívoco “sim” ou “não”.
No entanto, após algumas considerações sobre a matéria que a seguir se descrevem, terá facilidade em fazer o enquadramento do seu caso específico.
O Século da Solidão” é um livro recentemente editado em Portugal, da autoria de Noreena Hertz, o qual, segundo a respetiva sinopse, nos dá “um retrato desassombrado, mas otimista, do mundo solitário que construímos e mostra-nos como a pandemia de Covid-19 acelerou o problema da solidão e o que precisamos de fazer para nos religarmos”.
Esta de lançar uma raspadinha para proteger e recuperar o património cultural do país, não lembraria nem ao mais pintado.
Pobre povo o nosso que, sob o pretexto de contribuir para garantir a conservação e preservação dum enorme e valioso património edificado, como conventos, mosteiros, abadias, palácios e similares, a maior parte do qual extorquido aos seus legítimos donos, sem nunca se entender muito bem porquê nem para quê , se vê agora obrigado a engrossar as fileiras dos incontáveis e generosos raspadores lusitanos, para raspar mais uma raspadinha.