Jorge Novo

O trabalho como oportunidade

Creio que, por cada um de nós, uma grande parte do sentido da vida é atribuído ao trabalho.
Este adquire assim uma importância decisiva na realização pessoal, não só porque nos confere, pela remuneração que se espera justa, os rendimentos que nos permitam viver de forma digna, mas também porque nos faz sentir úteis e vinculados ao desenvolvimento da comunidade onde estamos inseridos e sermos respeitados por isso.


A solidão do Crucificado

Sempre me impressionou a Sexta-feira Santa. Desde criança. Faz-me sentir profundamente triste, não só pelo suplício da crucifixão, mas sobretudo pela desapontante solidão humana de Jesus Cristo.
Revivendo a grande narrativa que Lucas apresenta, proclamada ainda neste Domingo de Ramos, não deixa de me fazer pensar como, depois de uma Última Ceia, de convívio e celebração e de gestos tão significativos do poder do Amor, apenas Pedro seguiu Jesus “de longe” e depois de O negar, desapareceu!


Fazer frente aos amigos

Após quase dois anos de vida “entre parêntesis” e face aos nefastos acontecimentos que se observam no mundo de hoje, com epicentro na Ucrânia e sequelas que se repercutem na nossa existência, parafraseando aquele que é um dos mais famosos romances de John Steinbeck, parece que depois de um inverno do nosso descontentamento, a primavera não dealba de maneira distinta.
Quando a vida é difícil e a sensação de frustração ronda por perto, há descontentamento.


Dias tenebrosos

Temos pela frente tempos muito difíceis!
Aliás já estamos a sofrer, como o resto da Europa, com o descontrolo do preço dos combustíveis e do mercado de energia que, por sua vez, já está a fazer subir o preço dos transportes bem como o das matérias-primas.


A relevância dos líderes

O termo “líder”, no campo da política, originalmente proveniente da língua inglesa, de forma ampla e geral, é usado para descrever a pessoa que guia, conduz ou dirige um grupo.
Neste sentido, poder-se-á referir que é precisamente nos momentos difíceis, de injustiça, de acontecimentos trágicos e desafios que superam a normal força humana, que se veem os verdadeiros líderes, porque capazes de dar um sentido e uma esperança.
Liderar, então, não é para qualquer um!


O voto dos emigrantes portugueses

Na construção comum de uma vontade e destino português, pelo diálogo plural de ideias e interesses, sejam estes condizentes ou antagónicos, a escolha individual exercida pelo voto define também, sobremaneira, a qualidade de uma Democracia.
Nesta medida, a expressão numérica de votantes no universo de portugueses residentes no estrangeiro nas últimas eleições legislativas, apesar de se notar um importante aumento, para cerca de dez por cento, a mais elevada em bastante tempo, ainda é indiciadora de alguma recessão democrática e que, por este facto, muito há ainda a fazer.


Sondagens e palpites

O Povo decidiu, através do seu voto, soberanamente, em liberdade, legalidade e transparência, como sói fazer-se numa Democracia madura e sólida.
Agora, espera-se e deseja-se que o mandato atribuído aos eleitos decorra na defesa intransigente do interesse geral, do bem comum e que estes exerçam as suas funções com desapego de interesses, integridade, transparência, diligência, honestidade, responsabilidade e respeito pela reputação do Parlamento e do País.


A Democracia é a voz do Povo

Na democracia, o soberano é o Povo pois ele é que é o detentor do poder, exercendo-o segundo as formas previstas na Constituição, entre as quais, o voto.
O Povo “é muito mais do uma população sobre um território”, referia Braga da Cruz, e expressa a convicção de que “a sociedade é mais do que a mera soma de indivíduos” acrescenta o Papa Francisco, realçando-se assim uma matriz identitária, de partilha de vida e de valores entre pessoas, cidadãos.


Das Rainhas Magas

Embalado pelas belas e significativas palavras do Papa Francisco, quando referiu, no pretérito dia primeiro do ano e como sempre faz quando tem a oportunidade para tal, realçando o papel singular e fulcral da Mulher, “Deus, que tomou duma mulher a humanidade”, ocorreu perguntar-me o que teria sucedido se, em lugar dos três Reis Magos, tivessem sido três Rainhas Magas?


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