“Ah miu Dius, deixai caer l cielo que you pego nel cun las mies paticas”.
La carriça.
Segundo la cunta tradicional mirandesa, la carriça iba scarbando i dezindo a Dius que deixasse caer l cielo an riba qu’eilha mesma l segurarie cun las sues paticas. Al oubir tales palabras, la mierlha assustou-se i lhougo le pediu a Dius que nun fazisse tal cousa, porque “la carriça nun tenie poder para isso”. L páixarico mais pequeinho ye que nun gustou nada de ber ls sous poderes i la sue fuorça puostos an dúbeda, assi que lhougo l’arrespundiu:
A opinião de ...
Existem vários sítios de contemplação, de êxtase, onde a natureza esmaga os sentidos, tal a força da largura de vistas, do mistério do cosmos que nos domina. São Leonardo da Galafura em Peso da Régua, Nossa Senhora da Assunção em Vila Flor, Nossa Senhora das Neves no pináculo de Bornes em Alfândega da Fé, Castelo Rodrigo em Figueira de Castelo Rodrigo, Penedo Durão em Freixo de Espada à Cinta são lugares do outro mundo, que busco amiúde quando erro pelo triângulo que me rejuvenesce: Trás-os-Montes, Alto Douro e Beira Alta.
Sobretudo a rapaziada do meu tempo e anteriores, quem não lembra das épocas em que as horas livres eram, essencialmente, ocupadas com na realização de jogos tradicionais, cujas regras se vinham perpetuando na memória das gerações?!...
Nessa altura é que, verdadeiramente, se podiam confundir entre tradicionais e populares, porquanto a tradição se manifestava no sentir e viver do povo, no seu todo, tornando-se, naturalmente popular.
A semana 16 de 2016 (23 a 30 de Abril) fica marcada por factos em vários domínios. Aqui elenco alguns.
Do emaranhado de obras dedicadas à cerâmica portuguesa destaco dois pequenos opúsculos da autoria do polígrafo e escritor de sucessos literários que mais venda tiveram nos finais do Séc. XIX e alvores do Séc. XX, Albino Forjaz de Sampaio, e outro da autoria de Carolina Michaelis de Vasconcelos. Essas duas singelas quão importantes espevitaram-me a curiosidade de procurar entender as múltiplas operacionalidades dos barros, porquanto aos signos simbólicos continuarei a estudá-los sem esperança de os entender plenamente.
Perplexamente e nos últimos tempos, dou por mim a constatar a negação da alienação parental, curiosamente por parte de quem me parece que teria a estrita obrigação do seu contrário, na defesa dos mais subidos interesses de quem lhe é vítima – a criança. Pura coincidência? Desta feita, é um jurista a epitetar Richard Gardner de iluminado, enquanto percursor da síndrome de alienação parental, isto mau grado a sua condição de professor universitário, especialista em psiquiatria infantil e forense.
No passado dia 21 de Abril, fui informado como Diretor do Aeródromo de Alijó, e 1º responsável pelo seu funcionamento, que esta infraestrutura Aeronáutica Transmontana iria desaparecer do mapa dos Aeródromos existentes deste País.
De facto, quem acompanhou ao longo dos anos desde 2004 até ao presente a progressiva transformação e valorização do aeródromo em questão, ficou com a noção que se estava a fazer qualquer coisa de diferente no sentido de o transformar no Aeroporto do Douro.
Fruto dos ventos de mudança, do “tempo novo”, eis que a autarquia bragançana e o actual governo, invertendo uma tendência de mais de 40 anos, parecem, enfim, querer levar à letra o grande desígnio da coesão territorial e das simetrias regionais. Um propósito que, para nós, naturais desta terra, constitui um motivo de grande satisfação.
Duas calamidades atingem hoje, com êxito financeiro, o que foram pressupostos da Carta da ONU e da Declaração de Direitos, e que são a privatização da guerra e a organização das migrações que afligem os governos do destino e fazem do Mediterrânio um cemitério. É de admitir a hipótese de haver alguma relação entre motores empresariais ilícitos de tais catástrofes, mas a realidade não precisa de hipóteses porque a evidência é gritante.
Inserida no âmbito da sua ação pastoral de proximidade, não poupando esforços para cumprir a MISSÃO, e viver, de forma ativa e participativa, na construção da comunhão entre todos, o Bispo da Diocese Bragança – Miranda, realizou, no passado dia 15 do corrente mês de Abril, uma visita à vila de Izeda.
O CECD de Mira Sintra celebrou 40 anos de existência no salão nobre do Palácio Valenças, em Sintra numa cerimónia presidida por Basílio Horta autarca da vila Património Mundial da Unesco. O Centro de Educação para o Cidadão com Deficiência, baseado e orientado para o concelho sintrense, atende mais de 2.000 pessoas e já se estendeu para lá do seu território de origem. Neste seu aniversário resolveu distinguir os seus parceiros. A Fundação Calouste Gulbenkian foi homenageada como Cliente Socialmente Responsável. É verdade, caro leitor, não há engano.
Esta ye la madrugada que you asperaba
L die purmeiro anteiro i lhimpo
Adonde salimos de la nuite i de l silenço
I lhibres habitemos la sustáncia de l tiempo.
Sophia de Mello Breyner Andersen, “25 de Abril”
Em abril reformas mil bem poderia ser o slogan de lançamento do Programa Nacional de Reformas(PNR) recentemente apresentado pelo primeiro-ministro António Costa. Aprovado o Orçamento do Estado para 2016, há agora condições para se iniciar o debate público sobre o PNR. Um plano de médio prazo que visa resolver os bloqueios estruturais do país e de que a Agenda para a Década, apresentada pelo PS antes das eleições legislativas de 4 de outubro, foi a matriz original.
Qualquer ser humano deve preocupar-se com o seu bem-estar e com o dos outros. Um dos caminhos para que este bem-estar seja conseguido com êxito assenta na ciência. Trazer a ciência para o quotidiano não é mais do que desafiar cada pessoa a procurar compreender o seu mundo de uma forma objetiva e racional, questionando as regras que orientam a sua vida e os fenómenos que ocorrem à sua volta.
Aqui fica uma receita saborosa e bem nutritiva neste ano em que todos vamos ouvir falar da importância das leguminosas secas.
Para além de serem muto saborosas, as leguminosas secas são fonte de proteínas, hidratos de carbono de absorção lenta, fibra alimentar, vitaminas do complexo B (B1,B2,B3 e B9), ricas em minerais como potássio, cálcio, fosforo, ferro e magnésio, fitoquímicos.
Lembro-me, desde a minha terna idade, de uma história que o meu pai me contava, cuja lição moral se resumia ao valor inerente à partilha e à promoção de uma relação positiva com a vizinhança.
Tomei por muito infeliz o argumento da parte do primeiro-ministro na consideração de que o seu opositor principal fazia a defesa dos exames suportado no desiderato de apuramento da “raça dos eleitos”. Subliminarmente, tal asserção parece remeter para tempos negros da história recente de um holocausto que somente aos empedernidos não é capaz de arrepiar. Repudio, por isso, o argumento esgrimido, por se me pontificar ofensivo.
Sabe sempre bem beber o tempo, degluti-lo saboreando o momento. A idade experiente faz de nós seres de calma, de outros olhares para as realidades. Saber cruzar a informação que nos chega, decifrar as alternativas possíveis, ver para além da emoção, são atributos do meio caminho. Hoje consigo olhar para o passado retirando dele a energia das loucuras felizes, da juventude inesgotável, das paixões que inebriam, das certezas indestrutíveis. Ao mesmo tempo olho para o futuro não com o vislumbre da derrota mas com o desafio da luta, fonte da juventude.
Completar-se-ão, no próximo dia 25, 40 anos de regime democrático em Portugal, após a entrada em vigor da Constituição aprovada em 2 de Abril de 1976.
O período entre o golpe de estado de 25 de Abril de 1974, que derrubou a ditadura, e 24 de Abril de 1976 é um período de protectorado militar do Estado e da Sociedade, com muitas tensões e lutas entre projectos políticos e sociais de esquerda absolutista contra a direita democrática, com muitos militares envolvidos. A extrema-direita, muito débil, só actuava a partir do estrangeiro, sobretudo Espanha e França.