Acabo de receber o Boletim Municipal relativo ao primeiro semestre do ano. Em bom papel, profusamente ilustrado, relata e revela os acontecimentos mais importantes na óptica da governação acontecidos no concelho. Propaganda pode dizer o opositor político. Pode.
Relativamente à propaganda e sua eficácia abundam tomos densos e difusos, só que no caso em apreço os factos relatados são indesmentíveis, pode-se não concordar, não se pode ignorar a sua concretização.
A opinião de ...
Naide puode amponer “ua” lhéngua a l’Ouropa.
Eduardo Lourenço, Nós e a Europa ou as duas razões
É sabido que detesto o Sócrates. Nunca lhe perdoei o ter-se metido, ele e seu triste Governo, com as Corporações. Maria de Lurdes Rodrigues foi, quanto a mim, talvez a mais esdrúxula Ministra da Educação de que há memória pois não lembra ao diabo a perseguição feita aos esgotados professores deste País. Correia de Campos, esse avaro, acantonou os médicos no público deixando o privado sem meios técnicos qualificados. Teixeira dos Santos, distinguido como altamente incompetente, acabou medalhado pela direita por não ter verbas para ordenados.
Muito se escreve e fala sobre a vida prisional e os objetivos que a execução das penas e medidas privativas de liberdade implicam. É certo que se trata de um assunto muito complexo, mas, nem por isso foi, ainda, conseguido o resultado mais desejado, ou ajustado. Com efeito, ao longo dos tempos, também os conceitos e aplicação prática dos mesmos foram evoluindo e, atualmente, o tratamento penitenciário é bem diferente, para melhor, do que era em tempos não muito distantes.
A classe média, tal como o «imposto sobre o sol» e tal como a «taxa sobre o imobiliário mais caro», anda nas bocas do mundo. Pretendem os arautos dos rendimentos da classe média que os potenciais membros desta aceitem pacificamente os impostos que são «convidados» a pagar.
Na última década, não obstante a crise ou por causa dela, têm-se acentuado as desigualdades. Em Portugal, as políticas de austeridade expansionista, com cortes cegos na saúde, na escola pública e nos apoios sociais, adotadas pelo anterior governo, geraram novas desigualdades e aprofundaram as já existentes, transformando a sociedade portuguesa numa das mais desiguais da Europa.
QUESTÃO:-“…tenho ouvido que as casas que são habitadas pelos próprios donos podem não pagar imposto. Este ano já recebi o documento das finanças para pagar o que fiz como sempre. Como sou reformado e o que recebo quase não me dá para viver posso pedir para deixar de pagar o IMI?...”
Ao contrario do que possam pensar os políticos nada disto é estranho para o povo. Aliás, o povo na sua sabedoria milenar tem conselhos que poderiam ser aprendidos por quem tem aspirações a fazer carreira política.
Foi com enorme tristeza que, no passado dia 20 de Setembro, recebi a notícia da morte de uma das figuras mais representativas da alma vinhaense, o professor António Afonso. Soube-o, no dia seguinte ao último adeus, por intermédio de um amigo de longa data, o Zé Silva, filho do Zé Ourives, que fez questão de partilhar comigo um texto publicado no facebook, da autoria do também vinhaense Francisco Oliveira, o “Xilauta”, numa bonita e comovente homenagem ao seu antigo professor, à qual não podia deixar de me associar publicamente.
A la tierra mando l cuorpo;
coma miu cuorpo la tierra,
assi cumo stá de fraco,
hai par’un cachico apenas.
Francisco de Quevedo, Testamento de Don Quijote
Quando, por vezes, ouvimos políticos e cidadãos com responsabilidades institucionais falar, até elaboradamente discursar, referindo que é importante e um dever cívico conter despesas, racionar os “gastos”, ficamos com a ideia de que o bom senso impera e a coisa pública, a boa prática da economia gera. Só que, na realidade, constatamos inúmeros casos em que os interesses individuais, ou mesmo municipais, se sobrepõem, deliberada e injustificadamente, aos desejos locais/regionais e vantagens transversais, sobretudo na vertente educativa, pedagógica e formativa.
– Dr. Asdrubalino, o que é este pacote colorido em cima da minha mesa?
– Isso é uma prenda, sr. Ministro.
– Ó homem você está doido? Quer destruir a minha carreira?
– Ó sr. Ministro, desde quando é que responder perante o Primeiro-Ministro é o ocaso de carreira?
– Não brinque com coisas sérias! O seu trabalho aqui é evitar-me problemas, não é expôr-me a ratoeiras. Abra lá essa coisa.
Com a inauguração do Túnel do Marão no passado dia 7 de Maio a A4 que liga o Porto a Vila Real: Bragança iniciou-se um novo ciclo de serem ultrapassadas todas as dificuldades de acessibilidades e das distâncias que, separaram os grandes centros do litoral do interior deste Portugal, cada vez mais desertificado.
Só, quem não conhece as aldeias de Trás-Os-Montes é que não acredita que dentro de poucos anos a “Nossa Região” fica vazia, pois não há maneira de separar a emigração (agora qualificada) porque, não há medidas que consigam fixar os jovens pelas nossas bandas.
Começou mais um ano letivo. Como sempre, os professores desejam ensinar o melhor possível, os alunos desejam aprender o mais possível, os encarregados de educação desejam os melhores resultados para os seus educandos, e as instituições educativas e o Ministério da Educação desejam que o ano letivo decorra com tranquilidade e sucesso para todos os envolvidos. Podemos admitir que todos os envolvidos na educação das crianças e dos jovens querem o melhor sucesso em cada uma das dimensões associadas ao processo de ensino e aprendizagem.
Aqueles gritos lancinantes ainda ecoam no meu cérebro. Gritos repetidos, de sonoridades diversas, uivados até. Mulheres e homens os soltaram em dias sucessivos durante a praga dos incêndios, a recordarem outros idênticos, em anos anteriores.
Quando Josué de Castro obrigou a concentrar as atenções de todos os responsáveis sobre a geografia da fome, sem distinção entre povos separados pelo Muro de Berlim, não foi animado de um espírito de derrotismo, mas com esperança de que a solução do flagelo levasse à mobilização contra a realidade inquietante.
De tal lheinha tal centeilha.
A. M. Mourinho, Ditos dezideiros
Setembro é mês de pensar na escola, do voltar à escola. Depois de umas ferias vividas com mais ou menos intensidade, é volvido o tempo para que, crianças, jovens e adultos possam acolher os saberes que a escola tem para dar. Ter a mente disponível para receber mais conhecimentos, ganhar capacidades e adquirir competências, é determinante para o sucesso nos tempos que correm, sendo certo que sabedoria é muito mais importante e personalizada que outras riquezas. Que tem conhecimentos, tem competências, tem tudo.
Setembro é um mês de esperança, o mês por excelência do pensamento do futuro, levado nas asas da educação. As crianças que entram pela primeira vez na escola entram cheias de expectativas. As escolas universitárias enchem-se de jovens em busca de sonhos.
Em Setembro, fala-se muito de educação, essa palavra equívoca que atirou para a Escola com todas as responsabilidades pelo futuro das crianças e jovens, misturando no conceito as responsabilidades da sociedade, dos pais, dos professores e dos próprios alunos.