Acabado o prélio futebolístico os canais televisivos procuram engodar as audiências sem saírem do tema do pontapé na bola, a indústria multiplica as fórmulas de o fazer, o campeonato não tarda, as fogueiras clubísticas dispõem de grandes quantidades de lena para consumir de noite, de dia, à hora do meio-dia. Nem o império de Carlos V.
A opinião de ...
Nunca terá fim. Muitos pensavam que as cidades se tinham afundado em indecências pecaminosas, excessos descontrolados de pestes diversas e insólitas ocorrências criminosas, viciantes e imorais. Acabamos, derivado da nossa própria natureza humana, todos atraídos por estes verdadeiros faróis de oportunidades lascivas, mas também supressoras das elementares necessidades do ego e da luxúria. Acabamos por sucumbir, uns mais outros menos, aos chamamentos do imprevisível; à agitação dos movimentos intensos artísticos e criativos.
“La stória de las palabras ye la stória de l mundo.”
José Antonio Millán, El candidato melancólico
Dizem que o tempo é como a água, não volta atrás, não passa duas vezes por debaixo da mesma ponte. A mente, esse prodígio, permite o impossível, fixa e, a pedido, regressa a datas que já lá vão. As recordações, bem registadas, são de alegrias extasiantes ou de tristezas sufocantes e basta rebobinar, destrancar o filme, fechar os olhos, e eis a tela do passado em todo o esplendor.
No âmbito dos grandes ideais de vida, será importante ter em conta a motivação, a responsabilidade e o desafio, contextualizados em projetos significativos que despertem e valorizem os talentos e a inteligência, de modo a empreender, potenciando capacidades para levar por diante realizações que engrandeçam quem as executa, ou seja, os próprios e os outros.
Este sábado, dia 2 de julho de 2016 morreu Elias Wiesel. Elie foi um incansáel defensor dos direitos humanos denunciando o racismo e a violência por todo o mundo. Vítima do genocídio que o regime nazi levou a cabo na primeira metade deste século, esteve em dois campos de concentração onde perdeu a irmã, a mãe e o pai. Através dos seus livros deu-nos a conhecer os horrores cometidos pelo regime germânico antes e durante a II guerra mundial. Era seu intento divulgar e dar a conhecer para que não se repitam atos que a todos chocam e envergonham.
Não escrevo para que o Presidente da República leia e, no próximo 10 de Junho, me atribua uma condecoração; Não escrevo para que o Núncio Apostólico leia e, na próxima oportunidade, me consiga um lugar de conselheiro papal ou da Cúria Romana; Não escrevo professias... mas que há vezes que acerto... lá isso tem sido verdade. Mas escrevo sobre factos e realidade que nos rodeiam no dia a dia. Com educação e com respeito. Foi assim que me ensinaram e foi assim que aprendi. Não sou daqueles que pensam que os «comunistas» comiam criancinhas ao «mata-bicho». Não. Não sou desses.
No passado mês de Abril comprei uma tenda de campismo para usufruir de umas férias de natureza com a minha família, no Verão, Contudo, ao instalar-me no parque de campismo, passados três meses da compra, apercebi-me que aquela apresentava um defeito, impedindo-me de a montar convenientemente. Tendo em consideração que a compra foi feita há três meses, poderei ainda exercer algum direito junto da vendedora?
Falar em Izeda, sobretudo no contexto histórico e sócio-cultural, e esquecer Raul Morais, é como “amputar” a conversa e desvalorizar um dos izedenses com mais identidade que, com postura invulgar, lutou pelas suas ideias, pela sua terra, pela sua região e pela razão. Diria que não conhecer o Raul Morais e a sua obra no contexto histórico literário da região de Izeda e até do Nordeste Transmontano é revelador de falta de qualidade formativa e sensibilidade cultural.
Maldição esta do povo português, no seu jeito teimoso de tecer juízos de valor ou de alinhar caricaturas objectivando terceiros sem cuidar de, previamente, burilar auto-retrato que transporte virtudes e defeitos próprios. Isto no sentido de empecer o caminho para a construção de figuras tristes a partir de tristes figuras. Apelintrou-se espiritualmente e conspurcou-se de grotesco o músico, ao qualificar de «medonhas, feias e desdentadas» as pessoas transmontanas. Mau grado não as ofender quem queira, incomodam-nas alguns, ainda que desprezo lhes mereçam (e merecem).
Uma das características mais interessantes do ser humano assenta no desejo de querer sempre mais nos vários contextos em que se envolve ou está envolvido. Assim, é saudável e desafiante querer saber mais, querer ter mais possibilidades para fazer o que se deseja e querer viver ou conviver mais e melhor. Enquadra-se neste querer mais a vontade de cada transmontano querer mais e melhores acessos e ligações com o país e com o mundo.
Com toda a certeza, não serei a pessoa mais isenta para comentar o recente episódio do microfone, protagonizado por Cristiano Ronaldo, em França, durante o passeio matinal antes do Portugal - Hungria: em primeiro lugar, porque sou fã incondicional do craque português (se tivesse idade, seria uma das figuras mediáticas a quem “mendigava” um autógrafo); depois, porque nutro um enorme sentimento de desprezo pelo órgão de comunicação social a quem Pedro Marques Lopes, conhecido comentador político da SIC Notícias, designou, in Eixo do Mal, “esgoto a céu aberto”.
A semana passada (21 a 26 de Junho) foi dominada por trêss acontecimentos na Europa: referendo no Reino Unido (RU) sobre permanência ou saída da UE; eleições em Espanha (por atascón ou impasse governativo); e o torneio europeu de futebol em selecções nacionais (Euro 2016) em que Portugal está representado.
Ficou célebre o quadro de Ricardo Araújo Pereira e José Diogo Quintela fazendo de Marcelo Rebelo de Sousa e de uma jovem de Cascais “conversando” sobre o referendo ao aborto, mostrando, por redução ao absurdo que uma imposição legal que não tivesse consequências facilmente cairia no ridículo e facilmente seria desrespeitada. Se há uma norma mandatória e que se pretende que seja observada se nada acontecer a quem a não abservar, facilmente deixará de ter qualquer eficácia.
“Ye preciso ua aldé anteira para eiducar un nino.”
Adaige africano.
O Cartão de Cidadão (CC) chegou em 2007 para substituir o tradicional Bilhete de Identidade (BI). Para além de ser um documento de identificação presencial e eletrónica de elevada segurança e de corresponder aos requisitos da União Europeia, o CC tem a vantagem de integrar num só documento os dados constantes antigamente em quatro: BI, Cartão de Contribuinte, Cartão da Segurança Social e Cartão do Serviço Nacional de Saúde. Foi uma das medidas SIMPLEX adotada pelo governo do PS e proposta pela Secretária de Estado da Modernização Administrativa de então, Maria Manuel Leitão Marques.
Apesar deste tempo de descrença e desordem de costumes fiquei surpreso quando um estimado amigo, alta patente militar, possuidor de condecorações por feitos e ferimentos recebidos em combate exclamou: estamos a precisar de firmeza na Europa!
QUESTÃO:-“…a taxa do IVA vai mesmo descer para 13% em todos os serviços de refeições nos restaurantes? A questão que coloco parece-me que é de interesse tanto para os consumidores como para os empresários porque já começam a surgir algumas dúvidas.
Se fosse possível um esclarecimento...”
Todos tivemos um momento em que o silêncio se transformou em amigo e em que, mais um ser, seria estorvo. A vida, em que muitas vezes desejamos ter sido outra, fez-nos gente sem tempo disponível no parar, no olhar para dentro. O sufoco pela sobrevivência, pelo caminhar de cabeça levantada entre os outros, entre iguais diferentes, exige esforço desmedido e sem limites, evoluímos sem amparos, no fio do stress. Mas é no apetecer da desistência que pulamos, seguimos em frente.
A crise económica, social e financeira que nos vem afligindo nos últimos anos, tem potenciado muitas alterações e inúmeros problemas na transversalidade organizacional, que se refletem na gestão de recursos humanos e materiais.