Voam alto e em círculos. Podem, ao longe, ser confundidos com falcões. Não são. Os falcões são animais nobres que recusam a necrofagia. Ao contrário dos abutres que quando aparecem a pairar, são indicadores de mau presságio. “Há morte por aí. Já anda um abutre às voltas lá em cima”. Atrás desse vem outro. Outros mais se lhes juntam em voo cada vez mais apertado e mais próximo do solo. Num ápice, aos saltos, entreolhando-se, vigiando-se mutuamente, espreitam a melhor altura para cravar as garras e rasgar as carnes mortas e inanimadas com o forte bico adunco.
A opinião de ...
Estamos em Agosto. A Venezuela está a ferro e fogo e a desgraça do comunismo está a chegar.
Escrevo a crónica, às vezes, apressado envio-a desprovida de poda e, nada a fazer, a Internet num ápice levou-a ao destinatário. Lembram-se? Do tempo gasto a garatujarmos cartas, a colocar as folhas dentro do sobrescrito, a passar os lábios na parte gomada, a fechá-lo batendo fortemente o punho de modo a não enfolar ou deixar uma das pontas menos colada, a irmos aos correios, aguardar na fila, pedir o selo a fim de posteriormente o salivar de maneira a ficar bem fixado, finalizando a tarefa ao meter o envelope no marco.
Numa dada sexta – feira do mês de Julho de 2016, “ofereceram-me” quatro bilhetes para ir à Festa dos anos 80, realizada no jardim do Museu Abade Baçal. Feita a distribuição dos ingressos pelos meus três amigos, à entrada (munidos do “livre trânsito”), apercebemo-nos de que aquilo cheirava a embuste: os responsáveis da dita, donos de um afamado bar nocturno desta cidade, cobraram 5 euros pela entrada, com “direito” a pagar 2 euros por uma cerveja, 1,50 euros por uma água sem gás e 7,50 euros por um de gin tónico, cuja bebida alcoólica era pouco mais do que o cheiro.
Para a passada sexta-feira a Conferência Episcopal Venezuelana propôs uma jornada de oração e jejum pela liberdade, pela justiça e pela paz. Convocaram-na os bispos numa mensagem urgente que dirigiram a todos os católicos e pessoas de boa vontade.
Talvez por ter nascido e crescido no meio rural/agrícola, tenho por esta atividade uma especial atenção e interatividade. Que valorizo e respeito, admirando as pessoas, sobretudo jovens, que ousam nesta área empreender e levam a peito. Pelo sacrifico e dedicação que implica, porque a tarefa é exigente e o risco permanente. Os agricultores devem ser referências a ter em conta, não só pela labuta produtiva, mas também pela inegável contribuição para sustentabilidade ambiental.
No passado dia 22 de julho, na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo assistiu-se a um lançamento estranho e, quiçá, descabido. A Câmara de Moncorvo, representada ao seu mais alto nível, veio publicamente anunciar a candidatura de Freixo de Espada à Cinta como capital da futura Região Transmontana!
Na edição de seis de julho, O Mensageiro de Bragança dava a seguinte notícia: - “casal deu seis prédios às netas para não pagar dívida ao banco”. Nesta crónica, comento a esperteza do devedor que faz desaparecer o seu património com o intuito de não pagar as dívidas e como o credor pode reagir para garantir o seu crédito. A prática milenar de o devedor doar ou vender os seus bens a familiares ou a terceiros para prejudicar os credores foi engendrada pela ganância do homem em acumular riqueza quando foi instutuído o direito de propriedade.
No longínquo ano de 1985, com vinte e quatro anos de idade, entrei para a função pública, com início de funções na Zona Agrária de Bragança, passando orgulhosamente a fazer parte da numerosa e multifacetada família do Ministério da Agricultura e Pescas.
Estando, o pão, presente no quotidiano das nossas vidas, o cultivo do cereal faz parte das vivências rurais e da sustentabilidade agrícola. Hoje, muito menos que no passado, é certo. Isto, porquanto os estilos de vida e a atividade económica se alteraram profundamente. O que não retira importância ao “Pão-nosso” de cada dia, que assume relevância determinante na celebração Eucarística.
Sem tirar nem pôr. O Cónego Silvério Pires, meu bom amigo de longa data, apresenta-nos um livro que é excelente por diversos motivos. Pela apresentação exterior, pela forma interior e pela substância. Na minha modesta opinião, trata-se de uma obra prima no contexto da Literatura Mariana. Chama-se “A VIRGEM SANTA MARIA NA FÉ DA IGREJA”.
Na memória que ainda me acompanha carrego lembranças de responsabilidades, evento de adultos. Viajo muitas vezes no túnel do tempo, gosto de me encontrar nas profundezas do crescimento, nos recordares felizes ou dolorosos.
Em Kassel, onde durante o regime nazi foram queimados publicamente mais de dois mil livros, a artista argentina Marta Minujín ergueu uma réplica do Parténon cujas colunas acolhem mais de cem mil livros. Todos têm, em comum, uma característica: em algum tempo e em algum lugar foram proibidos pelas autoridades com poder e que a isso se propuseram e efetivaram.
Si (como afirma el griego en el Cratilo)
el nombre es arquetipo de la cosa
en las letras de 'rosa' está la rosa
y todo el Nilo en la palabra 'Nilo'.
Jorge Luis Borges, El golem
Un destes dies andaba you a consultar l “mapa de las lhénguas an peligro”, que ye feito pu la UNESCO i ancuntrei alguas anformaçones que nun rejisto a poner eiqui. Antre las muitas parguntas i respuostas subre las lhénguas, eiqui queda l que diç esta ourganizaçon quando se pergunta “porquei debemos cunserbar las lhénguas”?
Demitiram-se dois generais na sequência do roubo de armas em Tancos (localidade vizinha da aldeia rente ao Tejo onde moro), assim ao modo de birra grávida de gongorismo, incluindo um poema. De seguida surgiu na pantalha o comando Tinoco de Faria (conhecido por alguns rapazes do meu tempo) cujas ideias misturavam teias de aranha embrulhadas em confusos panejamentos ideológicos, nos intervalos esparsos clarões de bom senso. Dele foi a lembrança da manifestação das espadas ao modo das fúrias do chanfalho e bota cardada da Iª República.
Portugal é um país porque constituído por um povo (a Nação) e por um Estado (o conjunto de poderes e organizações políticas e administrativas que orientam e administram ambos, Estado e Nação).
A reforma administrativa aprovada na segunda metade do séc. XIX em pleno regime monárquico, mostra bem a diferença entre a competência e a incompetência.
Eu penso que essa divisão administrativa não foi resultado de nenhum impulso mediático ou político. Doutra forma não teria durado quase 150 anos.
Os vulgos republicanos da I república não tiveram coragem de mexer em tal coisa.
No grande império babilónico (1.800–1500 AC), que existiu nas margens dos rios Tibre e Eufrates (Mesopotâmia), um imperador de nome Hamurabi mandou compilar um código de leis que para a história ficou conhecido como o Código de Hamurabi.
“Estas simulaçones nun stában al alcance de todos porque la maiorie era denunciada pul sou sumblante aldeon ne l bestir i ne l falar.”
Abílio Pires, O silêncio das pedras
Na última “Pruma…” que screbi daba cunta de la çcusson subre la lhéngua mirandesa girada por alturas de las comeraçones de ls 450 anhos de la cidade de Miranda, an 1945.