A opinião de ...

Eleições sim, e sempre mas, para o ridículo sair à rua é melhor ficar em casa!...

Dentro do mais lídimo espírito escutista que aprendi nos meus tempos de escuteiro, a minha “boa ação de hoje” vai ser lembrar à multidão de pegas, papagaios e outros parlapatões similares, que em épocas de eleições, como os cogumelos de outono, aparecem do nada na comunicação social, nas arruadas, nas apresentações de candidatos, nos comícios, nos cafés etc., etc., que ELEGER deriva do latim “ ELIGERE” e significa, “escolher por meio do voto”, VOTAR é a “expressão livre da vontade de alguém através do voto” e DEBATER é “defender ideias próprias, rebater e contestar as afirmações e pontos de vista com os outros”.
Nesse sentido, o mínimo que seria de esperar e exigir de muita dessa gente era que tivessem um mínimo de condições, para não serem alvo da chacota e do ridículo, e se lembrassem que “o melão calado é o melhor” e “o tolo calado por sisudo é tomado”.
Mas, infelizmente, não é assim e, quando, depois duma pré campanha ao nível do pior que já se viu depois do 25 de Abril, seria espectável que na campanha as coisas melhorassem, terminada a primeira semana, é dececionante constatar que, se alguma coisa mudou, para gáudio dos humoristas e preocupação dos estudiosos da ciência política do nosso país, mudou ainda para pior.
Para os menos atento a estes fenómenos, da enxurrada de afirmações sem sentido, promessas hilariantes, lógica sem qualquer nexo, ameaças cobardes aos opositores, demagogia barata de ratos de esgoto refugiados na cobardia do anonimato, exploração e manipulação criminosa da boa fé das pessoas, dos debates a que consegui assistir e do contacto direto e pessoal com os eleitores, cito a seguir algumas frases paradigmáticas”, respigadas da catadupa de intervenções, muitas com lugar cativo no anedotário nacional, demonstrativas da necessidade imperiosa de rever o processo destas eleições, já desajustado da realidade atual. Vejam só isto:
“Avozinha, vote em mim que sou vizinho do seu genro”;
“Meti-me na lista para a junta porque me prometeram registar em meu nome um jazigo abandonado no cemitério da freguesia”;
“Vou na lista dos que estão no poleiro porque preciso deles para arrumar de vez o registo duns terrenitos que herdei, mas coisa pouca”;
“Candidatei-me porque as gentes da minha terra precisam de meu ombro para chorar”;
“Entrei nesta lista porque sou e sempre fui sócio do Rio Ave”;
“Aceitei entrar na lista para não dizer não ao meu vizinho e compadre”;
“Candidatei-me porque tenho o número do telemóvel do 1º Ministro”;
“Votar? Nada mais me fazia falta. Eles querem lá saber do povo?”;
“Nada mais me fazia falta. Não voto porque eles andam todos ao mesmo”.
A terminar, a melhor das últimas do Dr. António Costa.
Para se livrar de mais uma das muitas alhadas em que se mete, pediu aos “Macacos que o mordam se não for capaz de gastar até ao último cêntimo toda a artilharia da bazuca”. Gastar, é bem capaz de gastar tudo isso e muito mais mas, porque pediu aos macacos, (e neste mundo andamos rodeados por tantos !) sejam saguis, chipanzés, gorilas, ou orangotangos que o mordam, com toda a certeza que vai ter muita dificuldade de o explicar junto do PAN!
Neste contexto, expliquem-nos em quem e para quê votar.

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