No dia em que escrevo, 18 de julho, o professor Adriano Moreira, nosso conterrâneo e meu amigo de longa data, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pelo Instituto Universitário Militar, em cerimónia presidida pelo Presidente da República. No discurso de encerramento, bem estruturado e com aquele toque pessoal a que nos habituou, Marcelo Rebelo de Sousa aludiu aos encontros e desencontros do homenageado com a história, exemplificando que só houve desencontro por ele “ter chegado cedo demais”. O que não o impediu de há muito ter conquistado o seu lugar na história.
A opinião de ...
Tendo em conta as condições climatéricas que, desde o princípio da primavera, faziam antever para este ano uma época de incêndios extremamente preocupante , mesmo assim é incompreensível a tentativa redutora, demagógica e extremamente injusta como, de todos os jeitos e feitios, se tenta justificar o injustificável, imputando as causas desta tragédia apenas à floresta, aos bombeiros e à insuficiência de meios.
1 -OS BOMBEIROS
É com este ditado popular que quero começar esta reflexão. Foi com imensa surpresa e agrado que conheci este ditado/adágio popular. Numa das minhas visitas aos idosos e mais frágeis da minha comunidade orante e paroquial, um senhor, um homem de coração grande e grande na sapiência inquietou-me (e perturbou-me, até!) com esta expressão: “onde tens os teus pés, aí tens a tua cabeça”.
Trabalhos inadiáveis prendem-me ao chão quente escalabitano, impedindo-me de folhear calmamente a notável e monumental obra do sacrificado investigado e Mestre pedagogo Hirondino da Paixão Fernandes, no fito de ver qual é a sua definição do vocábulo Bisotada, o qual será: desmesura, excesso, abundância, no caso em apreço de fogos infernais, dantescos, pois o famoso poeta italiano na sua admirável obra dedica formidáveis poemas ao Inferno.
Tão aterradora e devastadora tem sido esta temporada estival de incêndios para os ecossistemas e, sobretudo, para a vida nos seus diferentes tipos e vertentes que, muitas vezes, à míngua de meios de combate, o que resta é rezar.
Deus, sensível e magnânimo, certamente, não deixará de fazer a sua parte. Contudo, sabemo-lo bem, o grande quinhão de responsabilidade é de outra ordem, mais terrena.
Há quem diga que os Fundos Comunitários são um poço sem fundo mas a verdade é que representam praticamente a única capacidade de investimento à disposição de Governo, cidadãos e empresários nos próximos anos.
Com uma grande parte do dinheiro dos impostos pagos pelos portugueses sorvidos pelo custo da dívida pública, que representa mais de 120 por cento de toda a riqueza produzida no país, torna-se ainda mais preponderante saber bem o que fazer com aquilo que o poço dos fundos disponibiliza.
A Cimeira Internacional de Música Sacra (CIMS) irá realizar-se em Miranda do Douro entre 11 e 13 de Novembro de 2022 e pretende ser um amplo espaço de reflexão do qual resultem propostas concretas para o futuro da Música Sacra, que sejam levadas às dioceses portuguesas e, ao mesmo tempo, aos principais centros de produção de Música Sacra na Europa e no mundo através dos diversos conferencistas.
Algumas décadas atrás, o tratamento ao cancro da mama implicava, invariavelmente, a sua remoção completa (mastectomia). Há vinte anos ficou provado que a ressecção local do tumor, seguida de radioterapia tinha o mesmo efeito e, em consequência, passou a ser a opção generalizada. Para muitas mulheres, a cicatriz deixada pela remoção do tecido cancerígeno é um mal menor, comparado com o risco de vida que a doença lhes trouxe e convivem bem com esta nova realidade. Outras porém nunca se resignam à deformação causada pela cirurgia, somando sofrimento ao sofrimento causado pela própria doença.
Este artigo aborda alguns efeitos nefastos do Corporativismo para a Democracia e para a Justiça e Equidade sociais. O princípio basilar do Corporativismo é o de que a principal célula profissional da Sociedade é a Corporação, agregando os profissionais de uma mesma empresa ou Organização. Assim, quanto mais diferenciarmos as organizações mais problemas de coordenação, de justiça e de equidade vamos ter de resolver. Os constituintes de «Abril» pretenderam anular o Corporativismo do Estado Novo mas a realidade agravou todos os problemas dele derivados.
Felizmente, com muito empenho e grande satisfação, aprendi a escrever com grandes e ilustres escritores portugueses, desde o classicismo até à contemporaneidade.
A tomada da Bastilha comemora-se no dia da saída Mensageiro nesta semana, no palco da política nacional, o ministro Nuno Santos, o qual no meu parecer, está a ombrear em funambulismo sem vara com António Costa, famoso por sem rede pendurar (ver carta de jogar O Pendurado) a rabulista sem cartola Catarina e o antigo operário da ferrugem Jerónimo.
Passaram os primeiros cem dias, o número talismã na vida de qualquer governo.
Por norma, não gosto de me pronunciar sobre outros órgãos de comunicação social. Cada um sabe de si e Deus sabe de todos, já diz o povo.
Mas toda a regra tem a sua exceção.
Nas aulas de Imprensa no IPB, muitas vezes questiono os alunos sobre os valores-notícia que estão na base da informação publicada todos os dias.
Ou seja, aquele conjunto de valores que permitem aos jornalistas estabelecer critérios para a elaboração de notícias, publicadas nos jornais.
- Olá Pe. Hérmino, como vai?
- Viva capelão, “não vou que me levam”, para a diálise em Mirandela.
Novidades?
- Já sei quer falar sobre o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, não é?
De modo enfático e bastante mediatizado, no final do Congresso nacional do PSD, foi dada a conhecer a estratégia política advogada pelo seu Presidente, relativamente à criação de Regiões Administrativas que é a de oposição, inclusive ao anunciado Referendo.
Nestes termos e com esta clareza cristalina remete o PSD para uma posição que a alguns autarcas laranjas não deixou de surpreender e, de alguma forma, lhes criar alguns engulhos e a outros, presumivelmente, diria que semeou o desejo da esperança de que venha a alterar-se.
Não restam dúvidas de que este “sítio,” que ainda continuam a chamar Portugal, está cada vez melhor e, para esclarecimento de quem duvidar, sugiro uma análise fria e objetiva dos episódios mais relevantes dos últimos 10/15 dias, na certeza de que a cada cavadela sairão carradas de minhocas. É só experimentar e ver.
1 – O NOVO AEROPORTO: “TU QUOQUE BRUTUS?!”
Jorge Nunes foi presidente da Câmara de Bragança durante quatro mandatos consecutivos, entre 1997 e 2013, numa altura de grande dinâmica e convulsão social no Nordeste Transmontano.
Reunindo mais ou menos adeptos, é indubitável que deixou a sua marca quer no concelho, enquanto autarca, quer na região, enquanto líder de várias lutas.
Foi o presidente de Câmara mais tempo em exercício no concelho de Bragança desde 1820.
É, por isso, uma figura incontornável na história recente do Nordeste Transmontano.
1 - ELES POR LÁ……
“Muitas vezes os governantes não vêm a realidade, o povo vive duma maneira e os que têm maiores responsabilidades políticas não vêm essa realidade” Prof. Marcelo R. de Sousa
“Há problemas estruturais graves e situações inaceitáveis” Dr. António Costa
“ Em 2017 todos os portugueses terão médico de família” idem
“Não me volto a comprometer” idem
“ Os enfermeiros (em greve) são criminosos e “Os médicos não são suficientemente resilientes” Ministra da Saúde.
2 - E NÓS POR CÁ
Escrevo-te pois esta é a melhor maneira de nos fazermos compreender [1], é uma forma de pensar [2]. Escrever não é agradável, é um trabalho duro, mas se não escrevo sinto-me perdido [3].
Com o verão não vem só as férias, e o tempo quente, fustiga-nos um tempo pastoral mais intenso, reforçado pelo trabalho que a pandemia [Covid 19] adiou. Regressam em força, após dois anos de forçado confinamento, as novenas, as festas, os batizados, as comunhões e, os casamentos adiados. Ainda assim, quantos projetos não ficaram pelo caminho?
Olossato, tabanca (aldeia) e aquartelamento da tropa portuguesa. Guiné, 1970, algures no centro do território. Animata é nome de mulher fula - uma das várias etnias guineenses. Senhora com cerca de 40 anos. Um dos filhos alistou-se no movimento libertador; outro permaneceu na tabanca controlada pelo Exército Português, alistando-se nas fileiras da tropa colonizadora. Como se sentiria esta mulher, perante um ataque ao aquartelamento? Um filho, eventualmente atacando as nossas tropas, outro, defendendo-as, em nome da pátria portuguesa…!