Foi com uma profunda tristeza que tive conhecimento da morte do meu grande Amigo Matias de Barros, ocorrida no dia 26 de maio passado. A cultura do Norte, sobretudo do Alto Minho, está muito mais pobre. Tive o privilégio de ser seu conhecido, amigo e colaborador em várias publicações, nomeadamente no jornal “O Vianenses “, até este ter terminado. Foi um choque muito grande que tive com a sua morte e que ainda a sinto, no meu coração.
A opinião de ...
Desce as arribas do Sabor, agarrado ao seu pau, liso, gasto de décadas, uma bela vara de olmo, as ovelhas pastando aqui e ali, metediças, a espreitar a erva do terreno vizinho – é sempre assim, até os animais têm estes gostos. Ele, o meu amigo pastor, lança a pedra com perícia e afasta os seus animais.
- Põem-se doudas quando miram a erva noutras partes; cá pra mim, elas têm quereres que às vezes fazem lembrar algumas pessoas que gostam de ter o que não lhes pertence – atirou-me, quando me aproximava, chegando à sua fala.
Sabemos, de acordo com a perspetiva cristã, que Deus vive e está em todo o lado e não tira férias, mas trabalhou e descansou da sua obra da Criação!
O Homem, não sendo Deus, precisa de descansar. Por tal, havendo a possibilidade de gozar férias, estas podem ser vividas não como cumprimento de um qualquer “pacote” pré-elaborado e adquirido, sabe-se Deus às vezes com quanta especulação associada, como um parêntesis da vida, mas antes como uma oportunidade de crescimento, de viver a tranquilidade do coração.
Já passou mais de uma semana sobre o alerta lançado pelo corpo clínico do hospital do IPO de Lisboa, chamando a atenção de quem de direito para a gravíssima carência de meios, sobretudo humanos, que está a comprometer seriamente a capacidade de resposta daquela unidade de referência do serviço nacional de saúde para o tratamento das doenças oncológicas e, salvo erro ou omissão, até esta data, a resposta das autoridades responsáveis (?!), foi menos que zero.
Cantar é próprio da alma. Num tempo marcadamente festivo, com a música acompanhar os dias das vidas de cada um de nós, compreendemos a relação ôntica e umbilical da música com a alma. De facto, além dos múltiplos sons que unem o pluralismo e a diversidade numa harmonia desconcertante, a música tem igualmente cor uma vez que o som traz cor e luz à alma, à vida íntima da pessoa humana. Quantas vezes uma música não nos transporta para uma memória, para um encontro marcante e belo? A música aproxima-nos connosco mesmos, com os outros e com Deus Nosso Senhor.
A sociedade atual está cada vez mais refém do egocentrismo e ausente de valores como a entreajuda ou o espírito comunitário.
Ainda no sábado, na recriação da segada manual na Lombada, em Bragança, Raúl Tomé, professor, responsável pelo festival de música e tradição, lamentava que o espírito de entreajuda comunitária que se vivia nesta região há 50 anos se tenha perdido com a espuma dos dias.
Nessa altura, o povo todo esperava que toda a gente acabasse a sua segada para, então, se fazer a malha. E se alguém tivesse algum problema, os outros iam ajudar.
Ouvi muitas vezes, na meninice e primeira adolescência, referências ao facto de homens de Bragança irem noite fora colocarem-se no Monte de São Bartolomeu para verem o relampejar dos canhões, enquanto ribombavam e despejavam metralha nas terras vizinhas de Zamora no decurso da cruenta guerra entre irmãos que culminou com a vitória do fascista Franco.
Nos dois artigos anteriores demos a conhecer o conceito, propósito e organização da CIMS - 2022. Neste artigo pretendemos revelar o perfil dos conferencistas, oradores e principais convidados participantes que vão estar em Miranda do Douro entre 11 e 13 de Novembro.
QUESTÃO:-“Alterações das taxas do Imposto sobre o Valor Acrescentado-I.V.A. relativamente aos produtos suscetíveis de utilização no tratamento da Covid-19”
De há umas décadas a esta parte que, na época alta dos incêndios estivais, para desculpar e proteger sabe-se lá bem quem e porquê, quando as coisas não correm de feição no teatro de operações, tática continua a ser sempre a mesma, resumindo-se muito simplesmente, em continuar a fazer dos bombeiros os grandes “bombos da festa”, como se eles tivessem alguma culpa da escassez e desadequação dos meios que têm ao seu dispor, da orografia dos terrenos, do desleixo ou da incapacidade dos proprietários dos terrenos, com especial destaque para os sucessivos governos, os grandes e principais culpa
O Nordeste transmontano tem um gastrónomo de eleição: Virgílio Gomes. Há alguns, poucos, que lhe seguem os passos. Os restantes, não passam de aprendizes.
A disciplina de Educação para a Cidadania tem andado nas bocas do mundo por causa de dois adolescentes e respetivos pai e mãe, residentes em Famalicão, impedidos os primeiros de frequentar as aulas da Disciplina, na Escola, pelos segundos, manipulados estes por perspetivas políticas liberais segundo as quais o Estado e a Escola não devem ministrar disciplinas deste tipo porque «aos pais compete o direito e o dever primeiro dever de educar os filhos» (CRP, artigo 73º), em matéria de valores cívicos, éticos e morais.
“Las palabras i las fuolhas muortas lhieba-las l aire”.
(Adaige basco)
Em janeiro deste ano, o Mensageiro de Bragança denunciou a dificuldade que a Unidade Local de Saúde do Nordeste enfrentava em manter o serviço de obstetrícia plenamente funcional durante sete dias por semana.
O assunto pareceu ficar resolvido depois desse alerta.
Poucos meses depois, o resto do país acordou para essa realidade, já aqui abordada em editorial anterior.
Margarida Valle, conceituada e muito estimada bailarina portuense, depois de uma notável carreira nacional e internacional, achou por bem partilhar o seu saber, fundando, para o efeito, um Estúdio de Dança. No passado fim de semana, sábado e domingo, no auditório do Conservatório de Música do Porto, o Estúdio de Dança Margarida Valle celebrou mais um aniversário: 33 anos a formar, com invulgar sensibilidade, rigor técnico e artístico, várias gerações de bailarinos.
Andamos nós pela nossa vida normalmente a ignorar as crises que nos rodeiam.
Crise climática? Crise Social? o que é isso?
Atravessamo-las há bastante tempo, com tantas avisos, tantas consequências visíveis e ainda mais consequências negativas por vir. Acabamos por ignorá-las porque em geral, somos privilegiados.
Não vemos a pobreza logo ao lado da nossa porta.
Não estamos propriamente a viver numa estufa, mas quando falamos de covid, guerra ou de sismos, sim já percebemos que existem consequências.
Caminho…
O Aníbal celebra a “Partida” dos escuteiros… para o Seminário
Sábado, 16 de julho, pelas 17h, o Agrupamento XVIII encontrou-se na Igreja de Santa Maria, no Castelo, Bragança, para a Missa de agrupamento. Após a bênção final, o Agrupamento, reconhecido, entregou a condecoração do CNE, “Nó de Mérito”, ao Caminheiro Aníbal Fernandes. O Aníbal destacou-se no seu percurso escutista, vivendo e aproveitando o melhor que o escutismo tinha para lhe oferecer.
Sábado, 16 de julho, pelas 17h, o Agrupamento XVIII encontrou-se na Igreja de Santa Maria, no Castelo, Bragança, para a Missa de agrupamento.
Após a bênção final, o Chefe Regional, Luís Adelino Batista entregou a condecoração do CNE, “Nó de Mérito”, ao Caminheiro Aníbal Fernandes, reconhecendo o seu percurso escutista de 15 anos, iniciado nos lobitos, passando pelos exploradores, pioneiros e caminheiros. O Aníbal destacou-se no que fazia e, agora como escuteiro mais “velho” no agrupamento viveu e aproveitou o melhor que o escutismo tinha para lhe oferecer.
Quando escutamos os grandes fados de Amália ou de Carlos do Carmo; quando lemos uma obra de Torga ou de Mia Couto ou de Eugénio de Andrade; quando olhamos as pintura de Nadir Afonso ou de Graça Morais ou de Josete Fernandes; quando apreciamos uma calçada portuguesa desenhada por um canteiro ou um ajardinamento floral recortado algures por algum perito nesta arte; quando nos sentamos diante da obra de mestre Afonso Domingues que traçou o Mosteiro da Batalha; quando descemos os socalcos do Côa para apreciar as pinturas rupestres – ficamos extasiados, emocionados.
Uma das observações mais habituais quando comento, no meu círculo de relações, que estou a trabalhar em Trás-os-Montes, é que aqui se come muito bem.
Há até pessoas que fazem, com alguma frequência, expedições gastronómicas do litoral ao interior para vir provar as iguarias que por cá se confecionam, começando desde logo pela famosa posta mirandesa.
E não há dúvida que a cozinha transmontana é saborosa e abundante, fazendo as delícias de quem aprecia a boa mesa.