Amândio Correia

1.º de Maio, Dia do Trabalhado

maio nasceu em 1886. Nesta data, mais de meio milhão de operários saiu à rua, em Chicago, e manifestou-se contra o Estado e as entidades patronais. Reclamavam melhores condições de trabalho e um horário de 8 horas. Estava-se no auge da revolução industrial, de que a cidade de Chicago foi um bom exemplo da exploração da mão-de-obra barata, infantil e em condições miséria, com o objetivo único e exclusivo do lucro. Apesar das manifestações serem pacíficas houve violência policial, com feridos e mortos, mesmo entre os polícias, e muitas detenções.


E o intolerável continua

No balanço da “Operação Páscoa 2023” a GNR, dá conta elevado número de acidentes e mortes nas estradas portuguesas, no período da operação. No total esta polícia registou 1816 acidentes, dos quais resultaram 15 mortes, 45 feridos graves e 560 feridos leves.


Droga apreendida nos mares do sul

Tendo em conta as notícias, nestes três primeiros meses de 2023, as autoridades já apreenderam mais de 20 toneladas de droga (haxixe) nos mares do sul do país. Este valor excede em quase 4 toneladas o total de haxixe apreendido em 2022 e é cerca de quatro vezes mais o valor de 2021. Também as pessoas detidas ou identificadas é bem superior. 34 nestes 3 meses, contra apenas 6 em 2022 e 3 em 2021. Os dados relativos a embarcações de alta velocidade apreendidas também indiciam que alguma coisa está a acontecer de diferente. 13 embarcações em 2023, 15 em todo o ano de 2022 e 5 em 2021.


“Isto é intolerável

Rui Ribeiro, Presidente da ANSR, a terminar a entrevista publicada pelo JN, na sua edição do passado domingo (também emitida e disponível na rádio TSF), dia 5 de março, pags. 8 e 9, disse o seguinte: “A sinistralidade rodoviária é a primeira causa de morte entre os 5 e o 29 anos, e a maior parte das pessoas não tem consciência disso. A nossa geração mais jovem, … está a morrer nas estradas. Isto é intolerável”.


Quem protege os polícias?

Os professores e outros agentes da educação estão em greve há vários dias, e assim vão continuar por várias semanas. Pedem nas ruas mais “dignidade e respeito” pela escola pública. Por eles próprios. Os médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde, não estando em greve, têm feito chegar ao governo, das mais diversas formas, o seu descontentamento com as estratégias definidas para o setor e a falta de condições para a prestação de serviços de qualidade.


A violência contra as mulheres, uma questão de cidadania

Por resolução da ONU, no longínquo dia 1 de abril de 1960, assinala-se anualmente, no dia 25 de Novembro, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres com o propósito de alertar, sensibilizar e prevenir para todas as formas de violência praticada contra as mulheres. Como “vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar “o que se passa com as mulheres afegãs e iranianas que, tal como outras em várias regiões do globo, são violentadas pelo próprio estado que tem obrigação de proteção.


A (in)gratidão aos polícias num país seguro

Tanto ao nível europeu como mundial, a segurança em Portugal é uma referência, como os indicadores mais credíveis têm vindo a demonstrar nos últimos anos, colocando-nos no topo dos países mais seguros. Nada têm beneficiado os polícias com o excelente trabalho de serviço público prestado aos portugueses e a todos aqueles que nos visitam para efeitos de lazer e diversão, os turistas, e também àqueles que escolhem Portugal para recomeçar a sua vida, provenientes de diversas origens e pelos mais variados motivos: migrantes, refugiados, reformados, etc. Porquê?


Um polícia normal, um pai herói

Relacionado com os 100 anos de vida do Senhor Professor Doutor Adriano Moreira, veio-me à lembrança de que o seu pai foi polícia em Lisboa e da forma muito carinhosa e especial como ouvi o Professor falar dele, numa conferência organizada pela Câmara de Bragança, a propósito da publicação do livro “Este é o Tempo”, do jornalista Vitor Gonçalves. Poderia este polícia e pai ser tema para um artigo de opinião? Sem dúvida.


A pequena entrevista do sr. ministro

Aos 1042 elementos das Forças e Serviços de Segurança feridos em 2021 (há uma morte), conforme consta no RASI (pag. 120), o entrevistado deixou palavras de apoio em nome do governo. Disse que as agressões aos agentes de autoridade ofendem os valores democráticos de um estado de direito e violam os direitos. Contudo, deixou claro que a sua atuação, o uso da força, tem regras bem definidas e pauta-se pela observação dos princípios da adequação e da proporcionalidade.


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