1- Alerta vermelho à navegação: eleições entre o sucesso e o fracasso
Estamos a menos de um mês das eleições legislativas, cujo resultado está equidistante dum sucesso problemático ou dum fiasco comprometedor.
Estamos a menos de um mês das eleições legislativas, cujo resultado está equidistante dum sucesso problemático ou dum fiasco comprometedor.
Volto de novo à crise nas forças de segurança, hoje com especial enfoque na Polícia de Segurança Pública a qual, pela enormidade e complexidade das missões que lhe estão atribuídas e pela proximidade que mantém com a generalidade dos cidadãos, é a face mais visível da autoridade dum país, um alvo sobremaneira apetecível e fácil para criticar, descredibilizar e desprestigiar, fatores que, juntamente com o alheamento total das autoridades que a tutelam, são os grandes responsáveis pela gravíssima crise em que se encontra mergulhada.
Sem pretender por em causa o direito que, numa sociedade livre, assiste a todos os cidadãos de reivindicarem a melhoria das suas condições de vida e de lutarem por todos os seus direitos, no que concretamente diz respeito à luta desenvolvida pelas forças de segurança que, sem fim à vista, se arrasta há demasiado tempo, salvo melhor opinião, parece-me que não há nada que justifique a manutenção deste espetáculo vergonhoso, perfeitamente evitável, que não dignifica ninguém.
A palavra purgar deriva do verbo latino “purgare”, e significa tornar puro, purificar, desembaraçar os intestinos, administrar uma purga, livrar do que é nocivo, expelir pus, maus humores ou tomar um purgante, resumindo, limpar.(Vide Dicionário da Língua Portuguesa, do Prof. Dr. Fernando J. da Silva 3ª edição, página 1262).
screvo este texto poucos minutos depois de o Sr. Ex-1º Ministro Dr. A. Costa assumir perante o país o fim das suas funções de chefe do governo de maioria socialista e o compromisso de, durante a próxima campanha eleitoral para as legislativas, ter o recato que o bom senso e a situação do país exigem. Se o conseguirá fazer ou não, esse problema é dele.
De um leitor assíduo do Mensageiro, recebi um postal ilustrado no qual, depois dos votos da época de Natal, escreveu o seguinte“ post scriptum” :
Não brinquem com os doentes, respeitem quem trabalha, não comprometam o futuro dos jovens, ajudem quem não tem casa, protejam quem não consegue defender-se, credibilizem ajustiça, esqueçam que o vosso umbigo é o centro do mundo, assentem os pés na terra, prometam só o que pudem cumprir e deixem de ser relapsos e contumazes na asneira.
No final do ano, ao contrário dos serviços públicos, as empresas e os cidadãos fazem o balanço da atividade do ano que termina para, depois da análise dos resultados, adotar as medidas adequadas para potenciar um melhor desempenho no novo ano.
Por mais crises que assolem as nossas vidas, mais nuvens negras que nos escureçam os horizontes e ataques sectários, extremismos, fundamentalismos fanáticos e obscurantistas que, na tentativa inglória de destruir a esperança, se abatam sobre este mundo, que é o nosso, para descredibilizar e destruir os princípios e os valores que suportam a nossa história e a nossa civilização, só deixará de haver Natal quando todos e cada um de nós deixar de orientar a sua vida e a sua maneira de estar pela mensagem viva e atuante que Deus, feito menino, trouxe para a terra na noite santa de Belém.
Nota prévia: Porque o direito à vida é sagrado e inalienável, nada justifica a perda de uma vida humana e nunca poderá haver perdão para o assassinato indiscriminado de crianças, mulheres e idosos, direito que, pela maneira leviana, oportunista e desonesta como é invocado nesta guerra, é das mais vis e reprováveis manobras de hipocrisia política da história da humanidade.