Pe. Estevinho Pires

Pinturas de São Pedro de Sarracenos “Urge recuperar e estudar”

elos anos noventa, ao abrir o “Guia de Portugal de A a Z”, do Círculo de Leitores, recordo-me das imagens e da referência às tábuas do retábulo principal da Igreja matriz de São Pedro dos Sarracenos, Bragança. Das pinturas não se diz muito, aponta-se uma data provável [séc. XVI], uma descrição com adjetivação forte, mas comedida: quatro pinturas retabulares de vigoroso poder expressivo, incluídas na lista do património Brigantino mais importante.


Mouros e cristãos reconciliados por São Pedro, ou a origem de São Pedro de Sarracenos

Vezes sem repetia D. António José Rafael [1925-2018], Bispo de Bragança-Miranda [1979-2001], o aforisma de Heródoto [484-425 a.C.], o “pai da História”, “pensemos o passado para compreender o presente e idealizar o futuro”. Talvez por se ter debruçado tanto sobre a história Brigantina, D. Rafael, tenha encarnado como nenhum outro a terra, as suas gentes, a sua cultura, sendo um verdadeiro embaixador transmontano. Talvez, me tenha convencido, pois não diz o povo: “água mol em pedra dura, tanto bate até que fura”?


Carnaval de Bragança, “rituais satânicos” e, crimes sociais

Se há eventos carnavalescos originais que fazem sentido para a promoção turística e preservação das tradições, são efetivamente os de Podence e, a “Queima do Mascareto” em Bragança, entre outros. Como diz o investigador Pinelo Tiza [2015], “o ciclo festivo do Inverno compreende, no Nordeste Transmontano, o período que se inicia no solstício e se prolonga até ao S. Sebastião, com maior incidência nos dias de Natal, Santo Estêvão, Ano Novo e Epifania. Aqui, continua o autor, “o sagrado e o profano surgem relacionados de forma “sui generis”.


À [Re]descoberta da Promessa

O Agrupamento XVIII, do Corpo Nacional de Escutas [CNE], no ano transato, transmitiu 9 sessões por videoconferência e 2 presenciais, para caminheiros e dirigentes da Região, intituladas À [Re]Descoberta da Fé. Este ano continua “on-line”, agora para todo o país, para mais de três dezenas de inscritos, com as palestras À [Re]Descoberta da Promessa.


Será legítimo intervir em edifícios que já foram sagrados?

Ao construir uma nova igreja, o Bispo Diocesano, ou quem se lhe equipare, dedique-a ao Senhor por meio de um rito solene, segundo um antiquíssimo costume da Igreja [1]. Dedicar, ou «consagrar» [2], uma igreja para a destinar, única e de maneira permanente, a reunir o povo de Deus e celebrar os sagrados mistérios [3]. Porém a dedicação, ou bênção, pode perder-se por derrocada completa da estrutura edificada, ou por redução permanentemente a um uso profano por decreto do Ordinário, ou de facto, sempre que seja de modo permanente [4].


Vem aí a catequese! Onde param as crianças?

Ao início da tarde de sábado, acabado de chegar ao escritório, toca o telemóvel.
- Olá Sr. Prior.
- Viva Sr. Pe. Hérmino.
Num misto de dor e saudade, pleno de ardor missionário, diz-me o Pe. Hérmino, da sua maca do centro de diálise de Mirandela:
- Vem aí a catequese e, queria recordar os meus tempos, podes escrever?
- Claro que sim Pe. Hérmino, até porque hoje é diferente. No seu tempo faltavam meios, hoje não há crianças para a catequese. Onde param as crianças?


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