Ao longo de mais de três décadas no exercício de funções profissionais no Estabelecimento Prisional, já promovi e assisti a diversas visitas do Bispo da Diocese Bragança a esta instituição penitenciária da capital do distrito. O prelado nordestino chegou mesmo a participar em conferências voltadas para os reclusos, no âmbito do tratamento prisional.
A opinião de ...
Por causa da revolta do vosso povo os sumo-sacerdotes e os escribas do PCP – o vosso partido- tocaram a fogo para tentar apagar o incendio que vos consumia.
E foram à arca das antiguidades e lá encontraram um da classe operária, dos trabalhadores (da Lisnave) e do povo (da cintura industrial de Lisboa) e fizeram dele o sucessor de Carvalhas.
Jerónimo o escolhido tinha a dura e ingrata tarefa de fazer parar a fuga dos votos, de deputados, de quadros e do povo.
QUESTÃO:-“…vendi o meu carro e o novo proprietário ainda não o registou em nome dele, devo pagar o selo mesmo sabendo-se que o carro já não é meu?…”
RESPOSTA:-(elaborada em 22/03/2016)–Em termos de enquadramento legal, o Imposto Único de Circulação, adiante designado por IUC, entrou em vigor em 1 de julho de 2007, através da Lei n.º 22-A/2007 de 29 de junho.
“Em segundo lugar direi que, que me espantou ver o Sr. Vàsconcelos lastimar que o idioma portuguez venha a substituir o tal idioma da Térra de Miranda. Não imagino que mal d’aí pósa vir à filolojia.”
José Barboza Leão, “Revista Lusitana”, 1887
Em Agosto de 2013, durante as Jornadas Culturais de Balsemão, Macedo de Cavaleiros, tive oportunidade de conhecer uma tuna popular que muito me agradou. De tal maneira que, de vez em quando, não resisto a ouvir as peças por essa tuna ali interpretadas, dando-as a conhecer a amigos que, sem excepção, as consideram muito boas.
Pois bem. Segundo a explicação que, na altura, nos foi dada, o seu aparecimento deveu-se, sobretudo, à desertificação do interior.
“O Reino Maravilhoso apenas existe se for visto do céu” garante-nos Francisco José Viegas no Prefácio da obra Miguel Torga – Diário Douro editado pelas Edições Caixotim.
O Poeta de S. Martinho da Anta subia ao miradouro da Galafura para, dali, junto da ermida de S. Leonardo, o libertador de escravos, mais que um panorama, contemplar o Excesso da Natureza do Douro e dos seus socalcos.
Antes de explanar os fundamentos da minha opinião acerca do tema, cumpre-me recordar que a ninguém é possível dissociar-se da circunstância que lhe cabe em cada momento, em face dela passíveis de alterar, imponderavelmente, sentimentos e valores. Em abstracto, todavia, sou discordante perante a prática da eutanásia. O profissional da medicina suporta-se num código deontológico próprio e pratica a nobreza do seu ofício sob um juramento que, enraizado embora nos confins do tempo, nunca foi colocado em questão.
No passado dia 8 de março, dia internacional da mulher, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou um relatório intitulado “Mulheres no Trabalho: Tendências 2016”. E o que nos revela esse relatório? Que os avanços neste domínio têm sido lentos e se têm verificado recuos. Que as mulheres enfrentam muitos obstáculos no acesso a empregos dignos. Que as disparidades de género na população ativa e nas taxas de emprego pouco diminuíram. Que os significativos progressos alcançados pelas mulheres no setor da educação não tiveram correspondência no setor do trabalho.
A receita dactilografada em papel timbrado – Escola Comercial Azevedo e Silva, Lourenço Marques – chegou-me na companhia de outras, amável oferta de senhora transmontana, orgulhosa de o ser.
Lá, na sedutora cidade hoje Maputo, nunca por nunca se esquecia de celebrar a Páscoa. A falta de alguns produtos levou-a a conceber uma receita desprovida de arroubos cárnicos tão gostosos como raros ao tempo em Moçambique.
Todos somos poucos para dar sentido à vida em sociedade. Sempre que começo a escrever um artigo a primeira dúvida que me surge é a de saber a quem pode interessar o que vou escrever. A resposta a esta questão nunca a terei, mas acredito que é sempre uma forma de contribuir para aumentar o espaço de reflexão para quem o possa ler.
Nada melhor para a fermentação do ódio do que actos vis depois de promessas de bem-estar e de felicidade. Refiro-me ao modo como a Europa lidou com a questão dos refugiados afegãos, sírios e iraquianos prometendo-lhes calorosa recepção no mundo dos ricos para lhes oferecer apenas campos de refugiados na Turquia.
Quando a primavera floresce, o tempo de Páscoa aparece, despertando, com mais intensidade, o brilho do sol, a alegria e a renovada energia.
Sóbrio, rígido, talhado a cinzel e escopro, sisudo, solitário, anti-social, convencido, inflexível, partidário, eis Cavaco o nosso ex-Presidente da Republica. Segundo os livros de Psicologia/Filosofia dos antigos 6.º e 7.º anos dos Liceus o temperamento de Cavaco oscilaria entre leptosomo e nervoso, mais que discutível pois não sou, com toda a certeza, especialista na matéria. Diziam-nos, naqueles tempos, que não havia como fugir, o destino ou fado tomaria conta de nós, seríamos o que nosso corpo transparecia.
“Naide ye porfeito… i todos queremos ser naide.”
Quino, “Mafalda”
“A rem que mi a mi mais vale (…)
- quando m’agora rem non dá,
Que lhi nom sei merecer mal!”
Airas Enjeitado
- Ui que bien falou ltiu!
- I anton quei dixo?
- Sei alhá quei dixo?
(Cumbersa oubida na Tierra de Miranda)
Hai fincones a arder anquanto l riu drume la séstia,
La calor ye tanta que ls uossos yá píden sossego;
Búscan las selombras para arramar la sue canseira.
Las canhonas zeínhan nuobielhos de lhuç,
Anquanto ls freznos zmáian delantre deilhas.
Dizem, quem o conheceu, que o Zé Tolas, o surdo-mudo da aldeia, filho da Tia Beatriz e do Ti Anacleto, seria talvez o rapaz mais esperto da sua criação, naquela aldeia perdida no majestoso e imperial vale da Vilariça, candeia acesa em noites de luar. Segundo contam os que com ele comunicavam, o primeiro e único dia de escola foi o cortar de pernas, o desabar do mundo, o esfumar infantil, o ruir do nascimento, o adeus ao futuro, aos amigos e á aldeia. Meta de partida para isolamento total.
Entre os problemas suscitados pela onda de refugiados que procuram a salvaguarda da vida e do futuro na Europa, levanta-se a questão dos obstáculos existentes quanto à universalização dos Direitos Humanos, tal como consagrados pela ONU. Talvez nem sempre apareça na meditação o facto de que a Declaração da ONU, e os precedentes americanos e franceses, são de origem ocidental, e que aqui está seguramente uma das dificuldades.
Não há dúvida. A vida não existira sem os nossos pais. São, portanto, a fonte de vida, da nossa vida!...E aqui, quando evoco os pais, faço-o no unificado conjunto, de pai e mãe. É dessa união que recebemos a semente que determina e potencia nossa vida. Por isso, nada nos pode dissociar dessa conceção, mesmo que, sobretudo em tempos idos, em muitos registos de nascimento, do nome dos progenitores se verificasse a omissão. Independentemente do inegável e insubstituível valor da mãe, que muito singularmente valorizo, o que pretendo evocar, agora, é o papel PAI!...
Carlos Fiolhais é um dos maiores cientistas portugueses (é o cientista português mais citado), um excecional divulgador de ciência e, igualmente, um homem afável de trato fácil e um enorme sentido de humor. Tive o privilégio de falar com ele sobre um dos grandes poetas contemporâneos, António Gedeão que ambos admiramos e da sua “obra póstuma” publicada, curiosamente, em vida do autor. A conversa descontraída, no pátio de entrada do Instituto Gulbenkian de Ciência terminou com o investigador a falar longamente sobre física e, sobretudo, de Albert Einstein.
Faz-me um certo desassossego o tratamento de questões maiores a partir de rigor bem longe do respectivo merecimento, por isso de forma que me soa a ligeireza dissonante, mormente quando em causa a vida de crianças e os seus tão propalados superiores interesses. As audiências são internamente variadas nas suas sensibilidades, certo sendo daí resultar não se disporem a aceitar de forma idêntica os enlatados oferecidos na ausência de apreciação em jeito de escrutínio.