Henrique Ferreira

Professor

Doutrina Social da Igreja (3) A utopia que se vai realizando

Com este artigo terminamos a sequência de quatro que dedicámos à Doutrina Social da Igreja Católica (DSI). Com base na comunicação do Padre Doutor José Manuel Pereira de Almeida, elencámos os princípios da Doutrina (dignidade de todos os seres humanos, bem comum, universalização dos bens de produção e consumo, solidariedade, subsidiariedade e participação). Analisamos, no último e neste, dois dos aspectos que se nos afiguram mais polémicos na Doutrina – a propriedade universal dos bens e a participação enquanto acesso e uso igual dos bens comuns.


Doutrina Social da Igreja: a nova utopia? (2)

No artigo do passado dia 1 de Outubro (A Doutrina Social da Igreja: a Nova Utopia? (1), MB 3801, p. 16), apresentámos uma síntese da Doutrina Social da Igreja (DSI).
Elencámos os seus fundamentos, a saber: dignidade do ser humano, bem comum, propriedade comum dos bens, solidariedade, subsidiariedade e participação. Há princípios que se nos afiguram polémicos. A propriedade universal dos bens é um deles.


Doutrina Social da Igreja: a nova utopia? (1)

No dia 22 p.p., a Diocese de Bragança, através da Comissão Justiça e Paz, promoveu uma videoconferência pelo Padre Doutor José Manuel Pereira de Almeida (JMPA), Vice-Reitor da Universidade Católica Portuguesa, sobre «Doutrina Social da Igreja» (DSI), que o conferencista prefere chamar «Pensamento Social Cristão». Procuramos aqui traçar as linhas de uma síntese de tal pensamento, na perspetiva de JMPA, com base nos elementos que ele forneceu. No próximo número/artigo, tentaremos uma análise crítica.


«Pai, regressa depressa. Temos tantas saudades…

Naquela meia-tarde, o telefone tocou a consumar a angústia dos dias anteriores. F. estava contaminado com o vírus Sars-CoV-2 e sofria de Covid-19. Tinha de recolher ao hospital imediatamente.
L. abraçou-se a ele a chorar como se fosse o último abraço, como se a vida dele estivesse a acabar ali, como se ele fosse fazer uma viagem sem a certeza de voltar ou uma partida para uma guerra onde o risco de morte fosse altíssimo.


Tempos estranhos

Foram estranhos estes quinze dias últimos, dominados pelos temas da regionalização do Coronavírus-2/Covid19, em Portugal; da exclusão dos cidadãos idos dos aeroportos de Portugal de entrada directa nos territórios da Dinamarca e do Reino Unido; do Primeiro Orçamento Suplementar para 2020; da solução para a TAP; e do populismo triunfante do Primeiro-Ministro e do Presidente da República acerca daquela exclusão.


Os campeonatos da parolada

Enquanto a Ásia e a África conhecem os efeitos da tragédia trazida pelo Coronavírus-2 e os europeus tentam minimizar a sua, os líderes dos EUA, do Brasil e de Portugal parecem ter entrado numa tragédia grega em que querem fazer, ao mesmo tempo, os papéis de ator, de ponto e de coro não se apercebendo de que estão a desenvolver vários campeonatos de parolice. Especifiquemos.


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