Entre a pandemia e as eleições, restam a angústia e a esperança
«Nenhum vento é favorável para quem não sabe para onde ir» (Séneca)
«Quem não se prepara bem para agir obtém insucesso na reacção precipitada» (Benjamin Franklin, 1750)
«Nenhum vento é favorável para quem não sabe para onde ir» (Séneca)
«Quem não se prepara bem para agir obtém insucesso na reacção precipitada» (Benjamin Franklin, 1750)
Quando este texto chegar às mãos do leitor, este estará a preparar-se para se despedir de 2020 e receber 2021 se não cheio pelo menos com bastante esperança. É próprio do ser humano esperar sempre melhorar a sua situação e a sua condição. Até porque o final de 2020 pode ter posto fim à desesperança com a vacina da Pfizer-BionNTech.
O ano de 2020 será um ano para não esquecer pois trouxe problemas e desafios nunca vividos nos últimos 75 anos.
A construção da democracia pluralista, ideal da revolução subsequente ao 25 de Abril de 1974, sofreu um revés a partir de 30 de Outubro e um hiato sério entre 11 de Março e 25 de Novembro de 1975.
Tanto quanto pude acompanhar, os interlocutores dos meios de Comunicação Social portugueses noticiaram e viveram a campanha eleitoral para a eleição do Presidente dos USA (vulgo América) e a contagem dos votos, após a votação, desde o dia 3, com o mesmo fervor dos americanos. Até pareceu que eram eleições portuguesas. Tive o sentimento estranho de que os meus compatriotas querem ser americanos.
Com este artigo terminamos a sequência de quatro que dedicámos à Doutrina Social da Igreja Católica (DSI). Com base na comunicação do Padre Doutor José Manuel Pereira de Almeida, elencámos os princípios da Doutrina (dignidade de todos os seres humanos, bem comum, universalização dos bens de produção e consumo, solidariedade, subsidiariedade e participação). Analisamos, no último e neste, dois dos aspectos que se nos afiguram mais polémicos na Doutrina – a propriedade universal dos bens e a participação enquanto acesso e uso igual dos bens comuns.
No artigo do passado dia 1 de Outubro (A Doutrina Social da Igreja: a Nova Utopia? (1), MB 3801, p. 16), apresentámos uma síntese da Doutrina Social da Igreja (DSI).
Elencámos os seus fundamentos, a saber: dignidade do ser humano, bem comum, propriedade comum dos bens, solidariedade, subsidiariedade e participação. Há princípios que se nos afiguram polémicos. A propriedade universal dos bens é um deles.
No dia 22 p.p., a Diocese de Bragança, através da Comissão Justiça e Paz, promoveu uma videoconferência pelo Padre Doutor José Manuel Pereira de Almeida (JMPA), Vice-Reitor da Universidade Católica Portuguesa, sobre «Doutrina Social da Igreja» (DSI), que o conferencista prefere chamar «Pensamento Social Cristão». Procuramos aqui traçar as linhas de uma síntese de tal pensamento, na perspetiva de JMPA, com base nos elementos que ele forneceu. No próximo número/artigo, tentaremos uma análise crítica.
Naquela meia-tarde, o telefone tocou a consumar a angústia dos dias anteriores. F. estava contaminado com o vírus Sars-CoV-2 e sofria de Covid-19. Tinha de recolher ao hospital imediatamente.
L. abraçou-se a ele a chorar como se fosse o último abraço, como se a vida dele estivesse a acabar ali, como se ele fosse fazer uma viagem sem a certeza de voltar ou uma partida para uma guerra onde o risco de morte fosse altíssimo.
bras que se vão fazendo na cidade de Bragança, nos últimos tempos. Algumas, importantes e necessárias como o prolongamento da Circular Exterior até à Zona Industrial das Cantarias. Outras, ainda, necessárias, para comodidade dos transeuntes e residentes como o aplanamento e repavimentação de ruas e passeios e a melhoria de jardins