Pe. José Luís Pombal

Chiara Corbella Petrillo

Encontramo-nos no mês dos santos populares. Em torno das suas figuras, a sociedade de hoje constrói momentos agradáveis de festa, o que é muito louvável. Efetivamente, os santos são um hino à vida e, por onde passam, deixam inevitavelmente um rasto de alegria, mesmo se se pautaram por uma dura austeridade. Foram e continuarão a ser ocasião de encontro, de canto e de dança. Quem serve assim a vida dos homens naturalmente contribui para a glória de Deus. Ao lado destes, vão emergindo nos nossos dias outros, cuja popularidade se vai alargando.


Pés da Paz

Ainda que o fogo que destruiu grande parte da catedral de Notre-Dame seduza o olhar, não me sai da cabeça mais um gesto do papa Francisco. Desde o início que Bergoglio nos habituou à poética dos gestos. Na verdade, os sinais falam mais que uma catadupa de palavras. Projetam-nos. E, como têm a capacidade de se aninhar na nossa memória, fazem-nos companhia, falam-nos e ensinam-nos.


De novo no exílio

Faleceu no dia 14 de março o cardeal belga Godfried Danneels, arcebispo emérito de Mechlen-Bruxelas. Talvez não seja muito conhecido na nossa região. Eu tive a sorte de ler, já há uns anos, um texto dele sobre a Eucaristia. A partir daí com facilidade o recordava nos domingos das nossas aldeias, devido ao som dos sinos. Danneels dizia que a Missa começa com o toque do sino. Estabelecia assim uma comparação entre o som que se propaga do campanário com a voz de Deus que convida para a Eucaristia.


Fraternidade humana

A 13 de março de 2013 o papa Francisco, na sua primeira saudação pública, pediu orações para que em todo o mundo existisse «uma grande fraternidade». A polifonia da fraternidade consegue-se a partir do encontro e do diálogo entre a diversidade de povos, culturas e religiões. Daí que os muros existam para serem deitados abaixo. Antes de mais pela oração, que reata a relação com Deus e, se verdadeira, não aliena da realidade, antes acorda para ela e leva o crente a discernir novos modos de colaborar com Deus na construção da história.


Riqueza da conversão

A educação em Portugal tem estado ultimamente em debate, sobretudo no que respeita ao ensino superior e à utilidade ou inconveniência das propinas para os estudantes universitários. Intimamente entrelaçados com esta discussão estão os temas do alojamento e do apoio social. De modo particular chamou-me à atenção a importância do apoio social no suporte de uma formação superior.


Sede Presidencial

A sede presidencial da igreja de Pombares tem nela gravada uma cruz. Melhor, está envolvida pelo laço da cruz. Uma cruz dourada que assinala a Quem pertence a presidência: Àquele que preside com o coração rasgado donde brota a vida. Sim… a presidência pertence a Cristo. É Ele que preside às comunidades cristãs. É Ele o único e eterno Mediador entre o Pai e a humanidade. Por isso, quando o sacerdote assume o lugar da presidência, fá-lo somente nas vezes de Cristo. Nas celebrações litúrgicas isto é claríssimo.


Ambão II

O altar de Pombares sobre o qual já se escreveu em passados artigos realça, por meio dum rasgo lateral na parte direita, que «foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu o sacramento admirável de toda a Igreja» (SC 5). É desse lado que sai uma corrente capaz de fazer compreender a Palavra escutada na assembleia litúrgica e capaz de sustentar os diferentes ministérios assumidos na comunidade cristã. Por isso, de alguma forma se quis marcar o ambão e a sede da presidência de Pombares com os sinais dessa corrente. O material comum a todos estes lugares litúrgicos é o granito.


Ambão (1)

O lugar, donde se fazem as leituras da Palavra de Deus na assembleia litúrgica, recebe o nome de ambão. Termo que significa um lugar aonde se sobe. Não é difícil pensar neste movimento ascendente ao qual a palavra ambão alude quando olhamos para os antigos púlpitos das nossas igrejas. Alguns artisticamente bem construídos, belos. 


Altar (2)

A adesão de cada batizado a Cristo é integral e exclusiva. Assim se entende o motivo pelo qual os primeiros cristãos foram perseguidos e a razão pela qual procuravam distinguir-se tanto dos judeus como dos pagãos. É certo que, como nos regista a Carta a Diogneto (séc. II), «os cristãos não se distinguem dos demais homens, nem pela pátria, nem pela língua, nem pelos costumes […] seguem os costumes da terra [onde vivem], quer no modo de vestir, quer nos alimentos que tomam, quer em outros usos; mas a sua maneira de viver é sempre admirável e passa aos olhos de todos por um prodígio».


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