Não sou a pessoa mais indicada para escrever sobre o perfil do homem, sobre a sua obra académica e sobre os seus pensamento e acção políticos, mas sinto em mim o dever de saudar um transmontano nunca renegado que fez da transmontaneidade e da transatlanticidade uma arte de viver e uma ética universal. Para esta nota, utilizo como fontes essenciais o artigo da Wikipédia https://pt.wikipedia.org/wiki/Adriano_Moreira e o artigo de Filipe Luís em VISÃO, nº 1539, (1/9 a 7/9 de 2022), pp. 54-59.
A opinião de ...
Recentemente a minha filha mais nova comentava comigo a dificuldade em explicar à minha neta mais velha o conceito e utilidade dos Clubes de Vídeo que proliferaram desde meados dos anos 80 e se extinguiram, completamente, na primeira década deste século. Precisamente na altura em que, num anúncio de televisão, o Ricardo Araújo Pereira anunciava o que parecia ser mera ficção e que se banalizou em pouco tempo: a possibilidade de “parar” uma emissão televisiva, quando quisesse e retomá-la, pouco tempo depois, a partir desse momento.
As Invasões Francesas (1807-1812) e a consequente ida da família real e demais gentes da corte para o Brasil (1807-1821) e a implantação do liberalismo em Portugal (agosto-setembro de 1820) desencadearam um processo que colocou ponto final em três séculos de presença portuguesa no Brasil. Numa altura em que o Rio de Janeiro se apresentava como cabeça do reino e os metropolitanos se sentiam súbditos subalternizados.
o olhar de perto a vida e a história de Natanael – que depois viria a ter o nome de Bartolomeu (Santo e Apóstolo) – e a forma como Jesus o chama (ver atentamente o Evangelho de São João, capítulo 1, versículos 45-51), fez-me compreender que é sempre Deus que se dirige, em primeiríssimo lugar, a nós, desinstalando-nos da mediocridade das nossas existências e revelando-nos o que realmente somos e estamos destinados a ser. Por outras palavras, Deus olha-me, vê-me. Isto é perturbador! Vejam, Deus vai ao ponto de se diminuir para se tornar um par entre nós, um connosco e um para nós.
Ao início da tarde de sábado, acabado de chegar ao escritório, toca o telemóvel.
- Olá Sr. Prior.
- Viva Sr. Pe. Hérmino.
Num misto de dor e saudade, pleno de ardor missionário, diz-me o Pe. Hérmino, da sua maca do centro de diálise de Mirandela:
- Vem aí a catequese e, queria recordar os meus tempos, podes escrever?
- Claro que sim Pe. Hérmino, até porque hoje é diferente. No seu tempo faltavam meios, hoje não há crianças para a catequese. Onde param as crianças?
Para os menos versados nestas coisas da língua de Camões, porque, com as portas abertas pelo último acordo ortográfico, como por aí se se vai escrevendo e se vai falando, a continuar assim por mais algum tempo, faltará pouco para que isso seja tudo menos a língua portuguesa do nosso grande épico, esclareço que a palavra alvíssaras, do árabe “albixãra”, significa o “prémio que se dá a quem traz boas notícias ou entrega um objeto perdido”.(Vide Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa).
Findo, felizmente, o período de incêndios, antes do final de agosto, o país viveu em suspenso, nas última semanas, salivando pelo anúncio prometido de medidas contra a inflação.
Finalmente, na segunda-feira à noite, fazendo concorrência a uma importante entrevista com o Papa Francisco conseguida pela CNN Portugal, o Primeiro-Ministro lá fez o anúncio, com pompa e circunstância.
E aquilo que foi possível constatar é que, em política, o aparato substitui, cada vez mais, a substência.
Com a extinção das ordens religiosas e consequente encerramento das escolas a estas ligadas o panorama musical em Portugal declinou consideravelmente. De facto, muitos dos compositores que alimentavam a liturgia quotidiana nos grandes centros de produção musical em Portugal eram oriundos des locais de ensino associados a estas. O mais conceituado de todos - o Real Seminário da Patriarcal - foi o responsável pela formação dos mais conceituados compositores portugueses até à sua extinção.
A Educação não transforma o mundo. A Educação muda as pessoas e as pessoas transformam o mundo, recorda-nos Paulo Freire.
Neste sentido, a Educação é a chave para um mundo melhor pela qual se assume que cada pessoa pode ser agente construtor de mudança, principalmente de alguns tristes paradigmas atuais (fome, guerra, discriminação, indiferença, ausência de valores, etc), sendo que, para tal, é necessário querer e crer na Educação, para todos, não só no acesso, mas também no seu sucesso.
Podemos não querer dedicar atenção às desgraças que continuam a fustigar o País de-lés-a-lés, numa continuidade destrutiva a colocar em risco no futuro o nosso património natural e ambiental.
Estão de volta a Carção as grandes festas em honra de Nossa Senhora das Graças, festas que, pelo brilho e solenidade das celebrações religiosas, especialmente a solene procissão de velas, cujo início remonta a fins do século XIX, bem como a grandiosa e emocionante ”procissão das promessas” e pelos espetaculares programas de convívio e diversão, pelos quais, durante décadas, foram passando os mais conceituados artistas nacionais, alavancadas pela fé e pela devoção dos emigrantes, dentre as numerosas manifestações da devoção mariana das gentes de Trás-os-Montes, rapidamente se transformaram
Como deputados do Partido Socialista por Bragança, organizamos a primeira “Agenda para o Território” em Macedo de Cavaleiros. Outras se seguirão!
Debateu-se com empresas convidadas, o Nerba, O IPB e o ColabMore, bem como com autarcas da CIM Terras de Trás – os – Montes, algumas oportunidades e desafios da região durante o próximo quadro comunitário, para criar economia e emprego e desta forma contribuir para a reversão do despovoamento e desertificação a que assistimos no distrito, criando oportunidades para os jovens se fixarem e terem empregos melhor remunerados.
A demissão de Marta Temido do cargo de Ministra da Saúde dominou a atualidade desta semana. As televisões dedicaram horas a fio à análise da saída do Governo da Ministra que esteve mais em foco durante os dois primeiros anos de pandemia.
Mas, a conclusão mais óbvia que se pode tirar é que aquilo que vai acontecer é o chamado baralhar, dar de novo mas para ficar tudo na mesma.
Ao longo dos últimos anos e Governos, os titulares da pasta da saúde, uma das mais fundamentais de qualquer país, têm-se sucedido no cargo sem uma verdadeira mudança do ponto de situação no setor.
A 24 de agosto de 1820 ocorreu um pronunciamento militar no Porto, no seguimento de uma conspiração urdida pelo Sinédrio, associação secreta liberal. Pautado por uma coordenada conduta das operações, o seu sucesso a Norte alastrou depois a Lisboa. Por esta via, implantou-se o Liberalismo e viabilizou-se o Constitucionalismo em Portugal.
No meu artigo “O iceberg”, que foi publicado neste mesmo jornal, em fins de 2016, informava que eu e a minha equipa acordáramos em voltar ao iceberg que tanto nos intrigou, mas que, por falta de preparação, pouco ou nada adiantámos sobre as suas caraterísticas, com particular dificuldade em compreender o que haveria por baixo desse monstro, pois que uma desmedida quantidade de imundície nos impediu de fazê-lo com as ferramentas que leváramos connosco.
Ultimamente tem-se falado muito dos professores, sobretudo da desvalorização das suas habilitações e da sua condição sócio-económica.
A mais nobre das profissões, a de professor do ensino não superior, sempre foi, com exceção do período entre 1986 e 2007, desvalorizada social e economicamente. Por isso, o professor nunca foi encarado como um profissional, tipo médico, advogado ou engenheiro, apesar da proximidade das formações, mas visto sempre como um funcionário, sem autonomia profissional e sem capacidade para autoregular a sua profissão.
QUESTÃO:-“…sujeitos passivos que não entregaram a declaração do I.R.S. no prazo legalmente estabelecido …”
A liberdade de expressão é um dos primeiros pressupostos dos regimes democráticos.
A existência de comunicação social livre e independente, um dos seus principais pilares.
É natural que os detentores do poder, mesmo que democraticamente eleitos, nem sempre gostem do que a imprensa relata, opina ou propõe. Mas isso faz parte do sistema, para o bem ou para o mal. “É a vida”, como diria o antigo Primeiro Ministro e atual Secretário Geral da ONU, António Guterres.
Quer isto dizer que a palavra de um jornalista é sagrada e inquestionável?
De maneira nenhuma.
É demasiadamente mau para ser verdade, o espetáculo dantesco que está a reduzir a pó, cinzas e nada um pouco todo o país, atualmente compecial incidência no maciço da Serra da Estrela, o grande pulmão e coração de quase todo o país, do qual numa primeira análise, fica para já a constatação dramática que neste, como, infelizmente em muitos outros aspetos vitais da vida do país, como noutros tempos se obrigava a cantar às nossas juventudes, “Lá vamos, cantando e rindo, levados sim…”
É cíclico. A cada verão, sucedem-se as análises, as propostas, as comissões de estudo, os “agora é que vai ser” mas, no fim, acaba tudo na mesma. O país arde, os políticos lamentam-se mas quem sofre é o povo.
O ciclo repete-se há demasiado tempo para haver só um culpado. Mas todos saem impunes.