PJ faz diligências na Câmara por causa do orçamento participativo

A Polícia Judiciária (PJ) voltou esta quinta-feira à Câmara de Bragança para a realização de investigações relacionadas com o orçamento participativo.
Trata-se de um processo antigo, datado de 2022. As diligências da PJ foram confirmadas pelo presidente da Câmara, Paulo Xavier, que explicou ao Mensageiro “que inspetores da PJ estiveram nos serviços da câmara durante toda a manhã e parte da tarde para analisarem documentos”, afirmou o autarca que o processo está a ser conduzido por esta entidade. “Posso confirmar o trabalho das autoridades. Vieram e pediram documentos para analisar, não mais do que isso e analisaram dossiês”, referiu Paulo Xavier.
Desde 2022 que a PJ está a investigar o Orçamento Participativo (OP) da Câmara de Bragança, na sequência de uma denúncia sobre alegadas irregularidades na votação e suspeitas de favorecimento.
Em ocasiões anteriores já tinha sido facultada à PJ informação sobre a plataforma eletrónica adquirida pela câmara para evitar fraudes, mas como havia dúvidas a PJ levou a documentação e havia pedido informação sobre o mapa de todos os trabalhadores do município e que esta lhe foi remetida.
O Mensageiro sabe que a denúncia visava duas pessoas, uma ligada a uma junta de freguesia rural e outra à câmara.
O Orçamento Participativo permite aos munícipes apresentarem propostas que depois são votadas online para escolher os projetos que desejam ver implementados no concelho, na cidade e na área rural.
O Município de Bragança implementou esta forma de participação dos munícipes há vários anos, e através dela já foram executadas várias obras na cidade e nas aldeias através da escolha popular.