Henrique Ferreira

Professor

O Desconcerto de Portugal

A semana passada decorreu sob a influência de três acontecimentos: 1) a decisão do Tribunal Constitucional de chumbar o corte das pensões conforme a proposta do Governo e da Assembleia da República (AR) na Lei da Convergência das Pensões e sob a pergunta do Presidente da República; 2) o exame aos professores com menos de 5 anos de serviço docente; 3) as declarações do Ministro da Educação de que a formação de professores nas Escolas Superiores de Educação é de menor qualidade do que nas universidades. Dediquemos umas breves palavras a cada um destes acontecimentos.


O Desconcerto de Portugal

A semana passada decorreu sob a influência de três acontecimentos: 1) a decisão do Tribunal Constitucional de chumbar o corte das pensões conforme a proposta do Governo e da Assembleia da República (AR) na Lei da Convergência das Pensões e sob a pergunta do Presidente da República; 2) o exame aos professores com menos de 5 anos de serviço docente; 3) as declarações do Ministro da Educação de que a formação de professores nas Escolas Superiores de Educação é de menor qualidade do que nas universidades. Dediquemos umas breves palavras a cada um destes acontecimentos.


De Mandela a Gusmão: a revolta como direito contra a injustiça

Nelson Mandela e Xanana Gusmão são dois produtos do mesmo tempo: o do fim da Guerra fria, o da Glassnost e o do início da globalização (1986-1998).
Parece-me impossível falar de um sem falar do outro porque ambos realizaram parte do mesmo ideal: o da libertação dos respectivos povos contra a opressão e a injustiça. Ambos merecem o mesmo pedestal na história mas Mandela será universalmente conhecido por ser o líder de um grande e rico país.


Rankings de Escolas e Poder de compra

No fim de semana passado, recebemos duas notícias importantes: a publicação dos rankings de escolas segundo os jornais (Público, Jornal de Notícias, Diário de Notícias e Expresso) e a publicação pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) dos indicadores e índice sintético do poder de compra concelhio, em Portugal.
Os rankings não são nem das escolas nem do Ministério da Educação e Ciência (MEC). São dos jornais que os fazem a partir dos resultados dos exames que o MEC divulga e de aí serem diferentes de jornal para jornal.


De um programa sem guião a um guião sem programa

O XIX Governo Constitucional da III República Portuguesa (em funções desde 5/6/2011) parece enguiçado pelas crises internas e externas, pela Troika, pela impreparação dos seus membros e, sobretudo, pelo ilusionismo de Paulo Portas. Paulo Portas não faria tão mal ao país como ilusionista, mago ou contador de histórias. Talvez deixasse alguém governar, coisa que ele parece não querer fazer.


A cidadania contra a doutorice

A conversa recente com um amigo, extremamente competente na sua área de trabalho (competente porque reconhecido pelos seus pares e pelo mundo profissional e não pelo diploma), curiosamente não licenciado e muito menos licenciado como Miguel Relvas nem ainda licenciado como essa coisa que se designa pós-Bolonha, trouxe-me à mente a questão da procura social dos títulos académicos, muito mais do que a procura social das licenciaturas a sério.


Ditos de campanha: da chantagem à brincadeira

A ética e a cidadania foram muitas vezes maltratadas na campanha para as últimas eleições autárquicas no que ao Concelho de Bragança diz respeito. Os candidatos nem sempre esclareceram os eleitores e nem sempre apresentaram só os seus programas de ação. Muitas vezes, ultrapassaram limites que insultam a cidadania e põem em causa a civilidade e a sã convivência entre cidadãos. Também houve expressões de alguma hilariedade. Aqui ficam algumas.


Autárquicas Bragança: incerteza na continuidade

O PSD ganhou as eleições autárquicas para a Câmara Municipal, quadriénio 2013-2017, com maioria absoluta de vereadores, por efeito do método de Victor d`Hondt, elegendo o Presidente da Câmara Municipal e três vereadores, atingindo 47,25% dos votos.
O PS manteve os resultados de 2009, de nada valendo a presumida mais-valia de Júlio Meirinhos e não passou de dois vereadores e de 26,02%.
O Movimento Sempre Presente manteve os 16,54% de há quatro anos, o que, comparativamente ao contexto de 2009, pode valer entre 20% e 25%.


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