Henrique Ferreira

Professor

Do socialismo de Deus ao socialismo dos homens: entre a liberdade e a coerção no amor à humanidade

Caro Leitor, proponho-lhe um exercício intelectual baseado em dois documentos: 1) a Mensagem Papal no Dia Mundial da Paz; e, 2) o Programa de Governo da Esquerda Portuguesa, sob a coordenação do Partido Socialista. Os dois documentos têm duas características comuns: a) são feitos por homens; b) apelam ambos a uma forma de socialismo, ainda que diferente.


Ano Novo: renovar a esperança

Já estamos no mês de Janeiro do ano 2016 do Calendário Gregoriano. Há outros calendários com outras marcas civilizacionais. Nós vivemos neste, de influência cristã, por inspiração e promulgação do Papa Gregório XIII, em 1582, determinando que o tempo fosse contado a partir do nascimento de Jesus Cristo.
Em nome da mensagem do cristianismo, renovamos a esperança, a cada ano que começa. Desejamo-nos BOM ANO e, com este voto, enviamos esperança àqueles a quem o dirigimos.


Um problema português em Espanha

Decorreram ontem, 20 de Dezembro, as eleições gerais legislativas em Espanha. O assunto merece reflexão por o resultado das eleições revelar uma transformação radical da relação de forças políticas até agora existente; e por tal nova relação parecer evidenciar uma revolta ou, pelo menos, um bater-o-pé, às políticas de austeridade imposta pelos europlutocratas bruxelenses e alemães, na linha do que havia acontecido, recentemente, na Grécia e em Portugal.


A Mensagem e o Mensageiro

1.  Mensageiro de Bragança comemorou 75 anos
O Jornal Mensageiro de Bragança completou no passado dia 4 de Dezembro 75 anos. Cumpriu-se um projecto corajoso, proibido na altura, 1940, (eram proibidos pelo Estado Novo os jornais diocesanos), concebido por um iluminado, o Cónego Manuel Formigão, e protegido por um bispo corajoso, D. Abílio Vaz das Neves.


O poder do terror

Nas duas últimas semanas, desde o dia 11, dia da rejeição parlamentar do XX Governo Constitucional, assistimos a dois tipos de terror: o físico, violento, movido pelo ódio do Estado Islâmico e da AL Qaeda aos valores do Ocidente; e o político, movido pela luta pelo poder de dominação do Estado e da Sociedade Civil, por parte das duas forças políticas em confronto no nosso país, a Coligação Portugal à Frente e a Plataforma de Esquerda, movida por um acordo ou por um projecto de acordo ou ainda por partilha de elementos comuns entre o PS, o BE, o PCP/PEV e ainda, pelos vistos, o PAN.


Tudo menos honra e verdade

 
Escrevo às 15h30 de Segunda-Feira, dia 10, e ainda não liguei a televisão para ver como vão as peripécias do derrube do Governo. Sinto um misto de vergonha e de revolta. Vergonha porque nunca pensei que uma democracia pudesse colocar as questões formais acima das questões de substância da legitimidade democrática. Revolta porque se o XXI Governo Constitucional começar assim, conduzir-nos-á a um triste fim. Vergonha ainda porque se utilizou uma mentira para legitimar um golpe constitucional. Vamos aos factos.


Medio tutissimus íbis (Pelo meio irás mais seguro)

 
Uma Constituição da República obsoleta e burocratizante e a falta de entendimento entre forças políticas fez com que o Primeiro-Ministro só fosse indigitado 18 dias depois das eleições de 4 de Outubro, eleições em que a Coligação PàF (Portugal à Frente, PSD+CDS) saiu vencedora com a maioria relativa de 38,8% e o PS saiu perdedor, com 32%. Assim, a Coligação obteve 107 mandatos na Assembleia da República (AR) e o PS 86. Os restantes deputados foram eleitos pelo BE (19), pelo pela Coligação PCP/PEV (17) e pelo PAN (1).


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