Henrique Ferreira

Professor

Os professores e as novas vinhas da ira

«As vinhas da Ira é um romance de John Steinbeck, que este escreveu em 1934 e que foi adaptado para filme, com o mesmo título (The Grappes of Wrath), por John Ford, em 1940. É uma das obras-primas da literatura mundial, indispensável na formação das pessoas, a ler em qualquer tempo mas, preferencialmente, entre os 16 e os 20 anos de idade. Faz parte do Plano Nacional de Leitura para os alunos do ensino secundário.


A burla escolar

No relatório Estado da Educação – 2013, publicado no passado dia 19, os conselheiros do Conselho Nacional de Educação (CNE) desfazem as mentiras e as hipocrisias neoliberais das notas dos alunos nas escolas básicas e secundárias, afirmando que é distorcida a competição entre os alunos, principalmente no acesso ao ensino superior, porque não há uma regulação efectiva das notas de frequência, ao longo do ano lectivo, atribuindo muitas escolas notas demasiado altas aos seus alunos face às obtidas pelos mesmos alunos nos exames nacionais.


O caminho do regresso à nova barbárie 3. Um novo contrário para domesticar os neoliberais

A nova barbárie sempre existiu mas, no Século XX, domesticada entre 1935 e 1973, pelos estados sociais, que tiveram de se opor ao socialismo soviético e assim suavizar-se, ela reemergiu num período de expansão desregulada do capitalismo (décadas de 60 e de 70 do Século XX), de afirmação do capitalismo financeiro (décadas de 80 a 2010) e de derrota temporária do contrário do capitalismo, o comunismo, entre 1970 e os nossos dias.


Deus é amor, não poder

Os evangelhos e epístolas adoptados pelo cristianismo católico usam e abusam de expressões como «o poder de Deus», a obediência a Deus», «a submissão a Deus». Em contrapartida, usam pouco expressões como «Deus é o Bem», Deus é amor», «Deus convida a amarmo-nos». Porém, o elemento mais importante da doutrina cristã católica para a sociedade é o terceiro dos três dogmas que a fundam.


O advento da Direita

Cinquenta anos depois do movimento do New Right (1965), nos EUA, que, por oposição ao New Left (1962) modernizou a Direita, conciliando-a com a democracia liberal, embora mantendo os valores culturais e sociais da tradição liberal americana, a Direita portuguesa moderna, não-salazarista e que concorda com o 25 de Abril, começa a afirmar-se em Portugal pela voz de historiadores, intelectuais e, até, de jornalistas.


A OPA sobre o PS

As não-eleições europeias desencadearam um vendaval no PS. Nada o faria esperar porque daquelas não-eleições nenhuma conclusão se pode tirar. Muito menos a de que o PS perdeu as eleições e a de que tem um Secretário Geral fraco politicamente e pouco competente tecnicamente.
Mas os guterristas-soaristas-socratistas-costistas de circunstância entenderam que deviam aproveitar todas as ambiguidades resultantes destas eleições para tentar mudar de Secretário Geral. Sem qualquer fundamento estatutário, lançaram uma OPA sobre o PS e sobre o seu Secretário Geral.


Desencanto, irresponsabilidade e demagogia

 Sobre estas eleições, que foram não-eleições, o melhor seria não dizer nada.
Porém, há que dizer algo que seja construtivo. Os comentários que hoje tenho visto partem do princípio de que estas eleições foram válidas do ponto de vista democrático. Porém, deste ponto de vista, não o foram porque só votaram 3,282 milhões de 9,680 milhões de eleitores. Mas, do ponto de vista legal, dado que vivemos num direito eleitoral de usurpação, foram legais porque a lei eleitoral existente as torna legais, indevidamente.


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