Jorge Novo

Pessoas para trabalhar

Restauração, hotelaria, construção civil, agricultura, comércio e retalho, oficinas e fábricas, são exemplos, entre outros, onde muitos responsáveis se queixam que não há pessoas para trabalhar.
Apesar de Portugal se ter voltado para o setor do comércio e serviços, 72% dos empregos, contra 25% do setor secundário e 3% no setor primário, existe falta de mão de obra praticamente em todos eles.
Imagine-se que até no sistema de ensino isto já se verifica acentuadamente e é um problema que veio para ficar!


Não é possível uma “Feira de S. Mateus” em Bragança?

A pergunta que por estes dias muitos de nós vimos fazendo é, porque é que não há uma Feira, como grande evento, em Bragança.
O Dicionário define “evento” como “acontecimento, ocorrência, sucesso”, isto é, algo que causa impacto e é relevante.
Como tal, um evento para ser relevante deve proporcionar algo de novo a quem o vai consumir e, por isso, ser criativo. No caso de Feira, esta deve ser direcionada para segmentos específicos, constituindo-se como uma oportunidade de contatar com possíveis clientes e parceiros e ainda de demonstração dos produtos/serviços.


Ano Novo, novas resoluções

O ano velho terminou, mas as primeiras novidades que o novo ano nos trouxe não foram nada positivas pois expõem um Portugal em desfalecimento e o Estado em colapso.
Poder-se-á mesmo dizer que estamos em processo de regressão nos desígnios e no rumo nacionais.
Ao nível dos municípios, o espectro tende a ser o mesmo pelo que, neste dealbar temporal, será premente implementar, paulatinamente, uma mudança na relação entre o Município, os seus eleitos, com os cidadãos, seus eleitores.


O tempo dos gestos

Os gestos imbuídos de verdadeiro afeto e credíveis, heterogéneos à comunicação verbal, transmitem proximidade, cordialidade e respeito pelos outros.
Evidenciam, mais do que dizem, a disponibilidade para acolher e receber, bem como a transmissão do calor humano para além de contagiarem positivamente.
Permitem ainda perceber a capacidade de sentir e consolar, para além, de mostrarem, se preciso for, solidariedade ou sofrer com o outro.
Na verdade, os gestos conectam, como o sorriso... com o coração, e refletem uma forma de viver e de agir.


Não esquecer o essencial

De uma maneira geral, todos nós gostamos de festas! Ainda mais quando, por força da pandemia, elas estiveram quase dois anos em suspenso.
Por isso, não é de admirar que hodiernamente sejam muito concorridas, agregando e congregando um número substantivo de pessoas, ávidas de encontro, de comunhão e de vivências alegres.
Mesmo nestes dias, curtos, chuvosos e frios de Inverno, que contrastam com o calor que emerge de muitas das nossas lareiras, a festa está presente e gostamos mesmo de as organizar e de nelas participar.


A vontade e a Democracia

A democracia é uma construção da vontade. A democracia tem de ser desejada para ser possível e o amolecimento da vontade é um dos fatores da sua degradação que origina a ascensão do populismo nas suas várias formas.
A indiferença ou a simples lamentação e queixume, comportamentos de passividade e marca registada dos tempos hodiernos, empobrecem o nosso sistema democrático.


Pobreza, desigualdade e classe média

O problema da pobreza, que não é por opção religiosa ou filosófica, não é apenas um problema dos pobres.
Desde logo, porque o pobre é uma pessoa como nós e, na perspetiva cristã, é mais, é irmão, e nesta medida, a sua pobreza toca-nos como um problema de humanidade, de dignidade e de fraternidade.
Por outro lado, crê-se haver no mundo bens suficientes para todos, de modo que estes deviam chegar equitativamente e de forma justa às vidas de cada um.


Coreografia existencial

O desporto, em geral, e o futebol, em particular, extrai e depura o melhor e o pior de cada um de nós.
A razão, entre outras, é porque está ligado às emoções, aos nossos afetos, aos nossos gostos e adesões e, portanto, ainda que não seja ipso facto, a uma certa dimensão irracional.
Acresce que, levada a situações de máxima tensão, pela ânsia intrínseca à condição humana de ver obtidos triunfos, mais se evidencia uma certa ambiguidade do verdadeiro eu das pessoas no trato dado aos outros. Os árbitros que o digam...


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