António Pimenta de Castro

Mas que bela noite de S. João

Sou associado já há muitos anos e membro da Mesa da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro e, como é habitual, fui convidado para participar no jantar na festa de S. João, da Santa Casa da Misericórdia, no dia 23 de Junho, juntamente com as pessoas lá internadas, com os funcionários, assistentes e com os amigos que por lá aparecessem, enfim, com uma irmandade maravilhosa. Como em Mogadouro há várias “casas” da Santa Casa, eu escolhi a casa mais antiga, com a secretaria e mais perto da minha casa. Aceitei este fraternal convite com todo o prazer do meu coração.


O mundo já mudou

Quando vejo alguns canais de televisão, ou leio alguns jornais, fico bastante desiludido pois, ou só transmitem telenovelas, música “pimba” (em que as letras são um pouco ousadas, para não dizer outra coisa…), violência (doméstica ou outra qualquer), ou guerras. Obviamente que, as notícias do mundo e do país têm de ser dadas pela mencionada comunicação social, mas os órgãos da comunicação têm, também outras responsabilidades.


Douro - Um território de Palavras

O lançamento da Coletânea “Douro – Um Território de Palavras”, pala Academia de Letras de Trás-os-Montes, ocorreu no sábado dia 27 de Maio de 2023, pelas 16 horas, no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira, em Bragança, pela sua Diretora Dr.ª Assunção Anes Morais. Este lançamento foi o culminar do VII Festival Literário de Bragança, realizado entre os dias 24 a 27 de maio de 2023, que decorreu, muito bem, tendo o apoio, para além da referida Academia, do Município de Bragança e da editorial “Novembro”, entre outros.


Salvemos os livros (de papel)

No dia 23 de Abril de 2023, celebrou-se o “Dia Mundial do Livro e dos direitos de autor” e, para alegria e surpresa minha, o Agrupamento de Escolas de Mogadouro, convidou-me para ser eu a fazer, na Biblioteca Escolar de Mogadouro, no dia 20 de Abril (o dia 23 era um domingo), uma sessão sobre leitura, apresentação de obras e a importância dos direitos de autor. Esta sessão destinava-se, como público-alvo, aos alunos do ensino secundário.


A Desertificação do Interior no Nordeste Transmontano

sta desertificação do Nordeste Transmontano assusta-me profundamente, pois vivo aqui há mais de quarenta anos. Quando para cá vim viver (eu sou do distrito de Viana do Castelo), há mais de quarenta anos, estas terras pareciam-me dignas de um bom futuro digno. Lembro-me de ver grandes filas de tratores, desde a vila de Mogadouro, até aos silos que, ainda existem, na estação de Mogadouro, para receberem as suas cargas de cereais. A minha primeira escola, como professor de História, foi em Sendim (concelho de Miranda do douro) em que tive o privilégio de conhecer a Língua Mirandesa.


A minha primeira viagem a Mogadouro

Uma vez que já estou reformado, hoje lembrei-me da primeira vez que vim a Mogadouro, ainda namorava eu com a minha mulher e ela quis que eu conhecesse a sua terra. De Mogadouro, só conhecia “Os Meus Amores” de Trindade Coelho, livro que o meu querido avô e padrinho materno me ofereceu, era eu ainda muito jovem e que eu adorei ler. Saímos do Porto, onde estudávamos na Faculdade de Letras, num pequeno “autocarro” que então existia numa empresa de Mogadouro e, começamos a viagem.


NÃO MATEM (ainda mais) O MEU QUERIDO PAÍS

“Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más – mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito, não temos, dinheiro também não – pelo menos o Estado não tem – e homem não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela política. De sorte que esta crise me parece a pior – e sem cura.”
Eça de Queirós, Correspondência (1891)


A minha Homenagem às Livrarias do Nordeste Transmontano

Vivo em Trás-os-Montes já lá vai para mais de quarenta anos. Fui professor de História e, sem ler livros de História, Arqueologia e Etnografia, não podia ensinar aos meus alunos, como eu gosto de ensinar. Adoro ler livros, são a minha paixão e, para meu desgosto, vejo que aqui no Nordeste Transmontano, que há cada vez menos livrarias. Os livros são para mim, os meus melhores amigos, pois com eles aprendo muito do que sei e, sobretudo, aquilo que quero saber. Agora, que já estou aposentado, passo os meus dias a ler e escrever, escrever e ler, e a minha companhia diária, são os livros.


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