Abílio Adriano de Campos Monteiro
Quero prestar a minha homenagem a Campos Monteiro, natural de Moncorvo, terra onde fui professor de História, mais de trinta anos, está-me no coração.
Quero prestar a minha homenagem a Campos Monteiro, natural de Moncorvo, terra onde fui professor de História, mais de trinta anos, está-me no coração.
Muito recentemente foi dada nova vida à casa onde nasceu Aristides de Sousa Mendes (deve-se sobretudo à Fundação Aristides de Sousa Mendes) que estava bastante degradada, transformando-a em um museu, situada em Cabanas de Viriato, (distrito de Viseu). Embora tardia, foi uma grande justiça feita a este Grande Homem que muito honrou (e Honra) Portugal. Sim, este grande homem salvou da morte, cerca de trinta mil pessoas que fugiam ao terror nazi, na maioria eram judias, mas não só... Mas quem foi Aristides de Sousa Mendes?
No último fim-de-semana de Junho, como chuviscava, resolvi dar uma pequena volta pelo Planalto Mirandês, para sair um pouco da rotineira e fui até Miranda do Douro, cidade que eu tanto gosto. Fui pela IC5 até Miranda e, lá chegado, fui cortejar, como não podia deixar de ser, o “Menino Jesus da Cartolinha”. Feitas algumas compras e visitando esta cidade, resolvi voltar para Mogadouro, pelas estradas interiores e pelo caminho pensei: Porque não ir a Sendim, ver a minha primeira escola, como professor?
Um dos ideais porque sempre me bati, foi a democracia e a Liberdade. Quando se deu o 25 de Abril, foi um dos temas que sempre me bati (já antes foi assim…) era a igualdade e a democracia. Hoje, passados cinquenta anos, penso que ainda há muita coisa a corrigir, apesar do que já foi feito. Continua a haver uma grande diferença entre as “classes sociais”.
Li, ainda há pouco tempo, o excelente livro: “A Vida Quotidiana No Estado Novo”, que foi elaborado pela brilhante escritora Ana Sofia Ferreira, que adorei ler pois, sem planear, recordei a minha própria infância, as dificuldades da minha geração e a nossa viva quotidiana.
Quero dedicar este meu modesto artigo, a todos os “retornados”, que foram vítimas de uma “descolonização”, mal feita e feita à pressa, e em que as suas vidas, e as das suas famílias, foram altamente prejudicadas. Não quero dizer que sou (ou fui) contra a descolonização, quero dizer que houve muito tempo para a fazer muito melhor, salvaguardando as vidas e negócios dos portugueses que lá foram parar, uns porque gostaram, sobretudo da África, outros porque viram uma forma de fugir a uma vida de miséria na dita “metrópole”.
Nasci em 20 de Outubro de 1953, em Arcos de Valdevez (distrito de Viana de Castelo) e, com poucos dias, fui viver para a cidade de Viana do Castelo, curiosamente para a rua Manuel Espregueira (na altura de S. Sebastião), rua para onde o nosso Guerra Junqueiro foi viver quando se casou e onde nasceram as suas duas filhas. Nesta rua aconteceu-me um facto curioso: em 1961, tinha eu oito anos, quando “apanhei” uma doença muito vulgar naqueles tempos, o sarampo.
Foi no dia 2 de Abril que o novo governo da AD, uma vez que o CDS tem também um ministro, embora a maioria sejam membros, ou indicados pelo PSD, tomou posse. Com cidadão de Portugal, desejo ao novo governo uma excelente governação, pois o nosso país tem desafios que urge corrigir muito brevemente.
Hoje, dia 19 de Março, é um dia especial, na medida em que se comemora o chamado “dia do pai”. Na verdade todos os dias são os dias dos nossos queridos pais (incluindo a mãe, como é óbvio), pois sem eles não existiríamos. É um dia em que os tratamos com mais carinho, ou…nos lembramos deles pois já partiram, mas vivem sempre nos nossos corações. A sociedade tem mudado bastante, como muito bem disse Luís de Camões; “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades; Muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades”.