Plano de ajuda às famílias: Um festival de demagogia a roçar a desonestidade
Depois de um longo verão à espera do tão ansiado plano de apoio às famílias, no passado dia 5 do corrente, através da voz autorizada do próprio Primeiro Ministro Dr.
Depois de um longo verão à espera do tão ansiado plano de apoio às famílias, no passado dia 5 do corrente, através da voz autorizada do próprio Primeiro Ministro Dr.
Para os menos versados nestas coisas da língua de Camões, porque, com as portas abertas pelo último acordo ortográfico, como por aí se se vai escrevendo e se vai falando, a continuar assim por mais algum tempo, faltará pouco para que isso seja tudo menos a língua portuguesa do nosso grande épico, esclareço que a palavra alvíssaras, do árabe “albixãra”, significa o “prémio que se dá a quem traz boas notícias ou entrega um objeto perdido”.(Vide Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa).
Estão de volta a Carção as grandes festas em honra de Nossa Senhora das Graças, festas que, pelo brilho e solenidade das celebrações religiosas, especialmente a solene procissão de velas, cujo início remonta a fins do século XIX, bem como a grandiosa e emocionante ”procissão das promessas” e pelos espetaculares programas de convívio e diversão, pelos quais, durante décadas, foram passando os mais conceituados artistas nacionais, alavancadas pela fé e pela devoção dos emigrantes, dentre as numerosas manifestações da devoção mariana das gentes de Trás-os-Montes, rapidamente se transformaram
É demasiadamente mau para ser verdade, o espetáculo dantesco que está a reduzir a pó, cinzas e nada um pouco todo o país, atualmente compecial incidência no maciço da Serra da Estrela, o grande pulmão e coração de quase todo o país, do qual numa primeira análise, fica para já a constatação dramática que neste, como, infelizmente em muitos outros aspetos vitais da vida do país, como noutros tempos se obrigava a cantar às nossas juventudes, “Lá vamos, cantando e rindo, levados sim…”
Sim, e especialmente na saúde, onde muitas vezes a vida se joga não aos anos e nem sequer mesmo aos dias ou às horas, porque, para o bem e para o mal, tudo se pode jogar em instantes, sete anos é escandalosamente muito tempo desperdiçado estupidamente, (o termo até poderá parecer muito forte, mas esta é a realidade nua e crua da situação calamitosa da saúde com que o país se confronta), situação que já não há como tentar branquear ou esconder.
Já passou mais de uma semana sobre o alerta lançado pelo corpo clínico do hospital do IPO de Lisboa, chamando a atenção de quem de direito para a gravíssima carência de meios, sobretudo humanos, que está a comprometer seriamente a capacidade de resposta daquela unidade de referência do serviço nacional de saúde para o tratamento das doenças oncológicas e, salvo erro ou omissão, até esta data, a resposta das autoridades responsáveis (?!), foi menos que zero.
De há umas décadas a esta parte que, na época alta dos incêndios estivais, para desculpar e proteger sabe-se lá bem quem e porquê, quando as coisas não correm de feição no teatro de operações, tática continua a ser sempre a mesma, resumindo-se muito simplesmente, em continuar a fazer dos bombeiros os grandes “bombos da festa”, como se eles tivessem alguma culpa da escassez e desadequação dos meios que têm ao seu dispor, da orografia dos terrenos, do desleixo ou da incapacidade dos proprietários dos terrenos, com especial destaque para os sucessivos governos, os grandes e principais culpa
Tendo em conta as condições climatéricas que, desde o princípio da primavera, faziam antever para este ano uma época de incêndios extremamente preocupante , mesmo assim é incompreensível a tentativa redutora, demagógica e extremamente injusta como, de todos os jeitos e feitios, se tenta justificar o injustificável, imputando as causas desta tragédia apenas à floresta, aos bombeiros e à insuficiência de meios.
1 -OS BOMBEIROS
Passaram os primeiros cem dias, o número talismã na vida de qualquer governo.