Como estava mais ou menos previsto, depois de cumpridos três períodos sucessivos de estado de emergência, à semelhança do que se fazia antigamente aos meninos que se portavam bem, como se o COVID-19, por si só, não fosse já calamidade a mais, fomos agora premiados com o rebuçadinho do estado de calamidade.
A opinião de ...
Há muitos séculos, S. Agostinho procurou a felicidade fora dele. Mas só a encontrou verdadeiramente quando entrou dentro de si e, aí, foi surpreendido por Deus, que o aguardava. Nas Confissões ele exclama: “Tarde te amei, beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! E eis que estavas dentro de mim e eu fora” (Livro X, XXVVI, 38).Tal como experimentou S. Agostinho no século IV, a felicidade não é uma conquista. É o resultado de um caminho interior que leva a pessoa a descobrir os seus talentos, sendo chamada a desenvolvê-los cada vez mais.
1- Confrontados com esta ameaça “sem precedentes”, porventura a mais cruel e impiedosa de que há memória - ao ponto de, entre outras coisas inimagináveis, sermos privado de prestar a última homenagem àqueles que mais amamos -, todos nós, uns em confinamento obrigatório, outros a trabalhar para que nada falte aos primeiros, temos sido, conscientes do quão frágil é o ser humano, várias vezes assaltados pela dúvida que se impõe: quando tudo isto acabar, como vai ser?. Será que vamos aprender com os erros?
(continuação da edição anterior)
Tudo é permitido, nada é proibido. O reitor da moral não é a lei, mas o desejo. “Ora, se o desejo é a lei surprema, há que evitar o desagradável e assegurar o agradável. (...) Numa palavra, o império do egoísmo. É o paganismo, ou um novo paganismo” (Frei Ignacio Larrañaga).
No dia em que se cumprem dois meses desde o primeiro caso de covid-19 no distrito de Bragança (entretanto, felizmente já recuperado), o mundo inteiro deu várias voltas, baralhou e está a dar de novo.
Cancelaram-se eventos que nenhuma guerra, crise ou peste tinham cancelado antes, as ruas nas grandes cidades ficaram desertas como não há memória de alguma vez terem estado, as relações humanas e afetivas perderam muito do calor que as caracterizava.
Como já aconteceu ao longo da história, com a pandemia Coronavírus (corvid-19) a nossa sociedade vai sofrer muitas alterações sócio/económicas. O homem é o único ser vivo que consegue manter relações de confiança, amizade e conflitualidade com outros homens que não conhece em qualquer parte do mundo, como escreveu Yuval Noah Harari, no seu livro “Homo Desus”. Para tanto, o homem criou uma infinidade de rotas globais, em todos os sentidos, por onde transitam pessoas e mercadorias, ideias e religiões, crimes e virtudes, milhões de vírus e pestes.
O Papa Francisco é comedido nas palavras para, como se diz na gíria desportiva e militar, acertar no alvo e não desperdiçar munições. Falou de quatro palavras da vocação, na celebração do 57.º Dia Mundial de Oração pelas vocações, no dia 3 de maio: “gratidão, coragem, tribulação e louvor”. Ainda que de forma improvável, eu sinto as palavras vocacionadas, neste tempo de pandemia, refletidas nas notas e comunicados da Conferência dos Bispos Portugueses, Espanhóis e, Italianos.
Há, nesta saga de combate à Covid uma imagem marcante: o principal conselheiro científico de Boris Johnsons (Patrick Vallence se a memória não me atraiçoa) a sair do número 10 de Downing Street com algumas pastas debaixo do braço a ser assediado por jornalistas que pretendiam saber as razões do plano governamental, tão diverso (mas não totalmente inédito) para enfrentar a pandemia. Patrick nem os olhou. Murmurou qualquer coisa, prometeu que a seu tempo falaria, mas nada de concreto disse. Absolutamente nada.
Embora as previsões cientificas sobre a crise climática, as crescentes ameaças à biodiversidade que aceleram, crescendo a literatura que encontra dificuldades para fortalecer a lealdade ao Acordo de Paris, ganha importância e inspira perspetivas sérias, a probabilidade destes fatores de sustentabilidade e degradação levarem a conflitos graves, incluindo militares. As tentativas das emigrações de desesperados que, juntando naturais da Guatemala, de Salvador e das Honduras, tentaram entrar no território dos EUA, que reagiram sem piedade no outono de 2018, levaram H.
Começo este breve preâmbulo para dizer que o tempo hodierno não é nada mais do que o reviver de histórias e processos antigos, não com os mesmo protagonistas (é claro), mas com um seguidismo mais refinado, mais calculado e mais apurado. Falo, naturalmente, do neo-marxismo e do novo absoluto que se afirma, cada vez mais, nas entranhas da humanidade: o secularismo.
Nesta edição, o Mensageiro leva os leitores a uma viagem aos bastidores do combate à covid-19, a doença que entrou no léxico mundial como uma peste que há muito não há memória. Pela primeira vez, um jornal do distrito de Bragança teve acesso aos locais e aos profissionais que, diariamente, estão no epicentro da luta a esta pandemia que ameaça tolher-nos.
Apesar de os efeitos visíveis não serem tão chocantes como os de outros vírus, como o ébola, por exemplo, o novo coronavírus foi suficientemente impactante para confinar grande parte da população mundial às suas casas.
O ano segue apressado e maio segue o seu rumo, os dias continuam a crescer a olhos vistos, alcançamos esta semana as 14 horas de sol e até à chegada do verão astronómico continuarão a crescer, maio também trouxe o primeiro episódio de calor intenso da temporada, no passado domingo, quando as temperaturas se aproximaram dos 30ºC em muitos pontos da região.
“An toda la tierra, habie ua sola lhéngua i ampregában-se las mesmas palabras.”
Génesis, 11,
Esta semana, die cinco de Maio, ye l Die Anternacional de la Lhéngua Pertuesa. Dezde la Tierra de Miranda, an mirandés, saluda-se este Die i la Lhéngua de Camões cun quien la Lhéngua Mirandesa debide l mesmo spácio físico. Esta cundiçon fizo que l mirandés, segundo la conhecida spresson de Leite de Vasconcelos, fusse “puramente doméstico”, ou seia, la “lhéngua de la casa, de l campo i de l amor”. Cun un stranho, acrecenta l filólogo, ls mirandeses fálan lhougo pertués.
QUESTÃO:-“…devo entregar já a minha declaração do imposto? …”
Passadas as comemorações do 25 de Abril e esvaziada a polémica sem qualquer sentido que as antecedeu e que, por mais que se queira ignorá-lo, em vez de unir, acabou por reabrir fraturas entre os portugueses ao dividi-los entre “os uns” e “os outros” e ressuscitar dentre os mortos fantasmas que se julgavam definitivamente enterrados.
Desde os séculos III e IV que a diocese com as paróquias [ORLANDIS, 2003] e, esta com comissões, mordomias, confrarias e, outras instituições católicas e, uma plêiade de pessoas vocacionadas, foi-se animando espiritualmente, mantendo a fé, a coesão, a identidade do povo e, do território Brigantino.
Hoje acaba Abril, foi um mês recheado de interesse no que toca a fenómenos meteorológicos na nossa região, com a típica instabilidade que fez jus ao ditado, abril, águas mil. Embora ainda não tenha acesso aos dados fechados para este período, podemos oficialmente catalogar abril, como um mês muito húmido, senão vejamos os dados até à presente data (27.04.2020):
O Dr. Hernâni Dias no âmbito das suas responsabilidades políticas e sociais criticou o Secretário de Estado da Mobilidade porque este num alarde de prosápia ingente a quem não tomou chá em pequeno entendeu dar a conhecer a sua má educação e resolveu não comparecer as duas reuniões previamente marcadas por quem detém competência para o efeito a fim de ser planeada e discutida a estratégia a empregar no distrito contra a pandemia do vírus C-19.
«O 25 de Abril» foi há 46 anos. Aquela noite gélida mas libertadora comemorou-se na Assembleia da República. Com a abrangência que a SARS-CoV-2 permitiu mas comemorou-se. E bem. Por cá, nem a Assembleia Municipal nem o PS nem o PSD o comemoraram, não percebo porquê.
De um momento para o outro, a nossa vida levou uma reviravolta de filme de ficção científica. O mundo virou-se do avesso. Ficámos atordoados. Estamos ainda incrédulos. De manhã, quando acordamos, julgamos que foi um pesadelo. E, quando sentimos que até o chão nos foge, queremos crer que não passa de uma partida de mau gosto. Custa tanto acreditar que isto está a acontecer, a nós e em todo o mundo.