José Mário Leite

Inaceitável discriminação

Se o aforismo garante que muitas vezes os últimos são os primeiros em nada advoga o inverso nem mesmo a título de compensação: nada implica que os primeiros passem a últimos. Quando em setembro de 1989 era inaugurado o primeiro troço do IP2, entre o Pocinho e a Ponte do Sabor, ninguém de bom senso (ou até de um senso mediano) poderia imaginar que trinta anos depois, continua por concluir a ligação que, precisamente, atravessa o Vale da Vilariça. E, pelo que é sabido, não está para breve a “resolução do problema ambiental correlacionado com a travessia do Douro”.


Da ética

A percentagem que os partidos anti-sistema irão alcançar nas próximas eleições para o Parlamento Europeu é, provavelmente, a maior incógnita e, igualmente, uma das maiores preocupações dos partidos tradicionais. São várias as bandeiras empunhadas por estas novas formações que se situam nas margens extremas da política convencional, tipicamente à direita, mas também à esquerda.


Verso e Reverso

Os direitos de todos os moradores do prédio azul seguramente contemplam a possibilidade de achar que o seu vizinho é um ser detestável porque estaciona sempre o carro com a traseira a ocupar parte da saída da garagem comum, obrigando-os a manobras adicionais, logo de manhã, quando o tempo é sempre demasiado curto para as demoras do trânsito da A5. Igualmente não lhes deverá ser negado o direito de reclamar e de comentar com toda a vizinhança o tipo de ser abominável com quem partilhamos o bairro.


PROPINAS (POUCO) DEMOCRÁTICAS

Não é roubando-lhe algumas das suas bandeiras que se combate o populismo. Pelo contrário, enveredando pelos mesmos caminhos, apenas se confere legitimidade aos respetivos estandartes que, sem qualquer surpresa, a extrema-direita usa e maneja com superior mestria pois foi ali que foram concebidos e promovidos. É conhecida a tentação dos políticos para aderir a medidas populares (Espelho, espelho meu, há alguém mais empenhado no bem-estar de todos do que eu?) sobretudo em períodos eleitorais. Ora esse é um ponto de especial relevância.


Ano Novo, Vida Nova

Antes de terminar o ano findo, Portugal foi o convidado de honra da Feira do Livro de Guadalajara, cujo programa foi para lá da apresentação de livros e escritores. Estiveram igualmente músicos, atores e cientistas. A investigadora do Instituto Gulbenkian de Ciência, Paula Duque foi uma das convidadas. Levou-a ao México a exposição do trabalho que tem vindo a realizar e em que se especializou: o estudo das estratégias desenvolvidas pelas plantas para sentir e responder as condições adversas do meio que as rodeia.


A FALÁCIA DAS EÓLICAS

A propósito do Orçamento de 2019 e da pretensa redução do custo da eletricidade veio, mais uma vez, à baila, a carga fiscal incluída na fatura mensal dos cidadãos. Do valor total que nos é apresentado para pagamento, 55% são taxas e impostos. Não basta termos o sexto preço mais alto da União Europeia como ainda lhe é adicionada uma carga fiscal que é a segunda mais elevada. Só na rica Dinamarca se pagam mais impostos energéticos que em Portugal. Aqui são quase o triplo do que é exigido aos nossos amigos espanhóis e isso é relevante para o que a seguir vou analisar.


Em nome d’Ela

O Culto Mariano perde-se na noite dos tempos e enraíza-se no mais profundo crer da Fé Católica. Tanto assim que a proteção da Mãe de Jesus é procurada pelos cristãos, desde o primeiro momento da celebração da Boa Nova, anunciada há dois milénios.


GUARDA DE HONRA

Sei bem que, mais uma vez me arrisco a contrariar e afrontar a opinião corrente, partilhada por muitos amigos e leitores mas considero, com toda a franqueza, que tal não pode nem deve inibir-me de manifestar o meu parecer quando, como agora, é sincero e alicerçado em fundamentada convicção própria.


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