José Mário Leite

O novo normal!

Apesar dos avisos, mais ou menos alarmista de muitos especialistas, foi-se sedimentando a ideia, a esperança, a expectativa de que após o confinamento, passado que fosse um período, mais ou menos longo, mas razoável, de desconfinamento, controlado, tudo regressaria ao normal.


Próximo!

– Próximo! Quem é o próximo?
Apressado, quase assustado, o idoso dirigiu-se à secretária de fórmica branca onde, interrogativo, observando-o por cima dos óculos, com ar incomodado, o funcionário das Finanças apressava-o com o olhar insistente. O contribuinte apertava as mãos e, falando baixo, mal se ouvia. Deduziam-se as suas palavras pelas respostas e interrogações do servidor público, e já com ar de poucos amigos. Teria, provavelmente, sobejas razões para não estar bem disposto.
– Para pagar o IRS? Sim senhor. Mostre-me a nota de liquidação...


Uma oportunidade única dificilmente repetível

Vem aí mais dinheiro, da União Europeia. Muito mais e com uma larguíssima fatia a fundo perdido. Esta característica tem uma relevância enorme porque com financiamento total e integral a capacidade financeira de cada município deixa de ter qualquer relevância. Já não importa a dimensão nem a folga orçamental nem tão pouco a capacidade de endividamento. Veja-se, a título de exemplo o que acontece em ciência onde os projetos nacionais e da União Europeia são, normalmente, na sua totalidade suportados pelas entidades financiadoras.


O MISTÉRIO DO CONTO DO TOURO AZUL

O meu livro de contos “Canto d’Encantos” começa á volta de um dos mais extraordinários contos, tão extraordinário quanto nunca fora ouvido mas muito falado nos recantos da minha aldeia onde nos juntávamos, quando crianças, para ouvir e contar contos, histórias, ditos e outras coisas que se diziam e escutavam, naquele tempo. Por maior e melhor que fosse a narração ali trazida, se entre os ouvintes estivesse o Eurico Abade, era certo e sabido que no final comentava sempre e sem qualquer exceção: “O mais bonito é o Conto do Touro Azul”.


Economia Pós-Covid (A prova do algodão)

stá de parabéns, Carlos Almendra, coordenador, em Bragança do Conselho Estratégico Nacional (CEN) para a Economia do PSD. No passado dia 16 de junho, promoveu e levou a efeito, uma conferência on-line (Covid a tanto obriga) subordinada ao tema “Os desafios para a Economia do Nordeste no período pós-pandemia”. Não só o tema é relevante como os convidados foram, sem dúvida, o que de melhor o Partido Social Democrata podia, nestas circunstância, oferecer.


Centeno e as virgens ofendidas

É inacreditável que, em pleno século XXI, seja possível elaborar uma Lei ad hominem com o único objetivo de impedir um cidadão competente e responsável de aceder a um cargo para o qual está, sem qualquer dúvida, preparado como poucos outros! É inaceitável que tal desplante seja perpetrado, em plena luz do dia por representantes do povo, sabendo-se bem que o povo gosta, aprecia e valoriza o respetivo cidadão como nenhum dos que o pretendem manietar!


As máscaras da democracia

O coronavirus SARS-CoV-2 apareceu, vindo da China, subitamente, com intuitos, aparentemente democráticos. Infetava, indiscriminadamente, ricos e pobres, asiáticos, europeus, africanos e americanos. A nação mais rica do Mundo foi fustigada com força instalando-se com grande aparato e à-vontade na elitista Nova Iorque obrigando a elite mundial a vergar-se perante as suas indiscriminadas invetivas. O distanciamento social e o fecho da atividade económica foi universal.


Em causa própria

Muitas foram as notícias e os protestos sobre as comemorações do 1.º de maio da CGTP na Alameda. Para as sustentar apareceram nas redes sociais várias fotografias mas nenhuma delas demonstrava qualquer desrespeito flagrante às regras determinadas pela Direção Regional de Saúde. Nunca tive dúvida que, perante o foco em que sabiam ir estar, os dirigentes da Central Sindical iriam assegurar que assim seria. Não houve risco de contágio na Alameda!


Graça Freitas

Há, nesta saga de combate à Covid uma imagem marcante: o principal conselheiro científico de Boris Johnsons (Patrick Vallence se a memória não me atraiçoa) a sair do número 10 de Downing Street com algumas pastas debaixo do braço a ser assediado por jornalistas que pretendiam saber as razões do plano governamental, tão diverso (mas não totalmente inédito) para enfrentar a pandemia. Patrick nem os olhou. Murmurou qualquer coisa, prometeu que a seu tempo falaria, mas nada de concreto disse. Absolutamente nada.


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