De criança, em ambiente cristão-católico, todos aprendemos a frase “dar a outra face”. Nas missas frequentadas por rotina, na peugada dos mais velhos, a ouvir sermões de bem-fazer, de posturas correctas, de ensinamentos bíblicos, de leituras do Testamento Apostólico, éramos levados, perante o magoar de outrem, de uma bofetada, dever de sorrir, dever de abraçar, tolerar.
A opinião de ...
Aos Santos populares que o povo vem venerando ao longo dos tempos temos de acrescentar neste ano mais dois: S. Jeronimo e Stª Catarina.
Este S. Jeronimo não estudou gramatica nem filosofia.
Mas especializou-se em retórica na Cova da Piedade, em Cacilhas e, se calhar, na Lisnave.
Não deve ter sido nenhum professor famoso como Donato. Mas teve, de certeza, bons mestres como Cunhal, Pato, e Abrantes (seu centroleico). E por isso é um dos que leva o pálio da jeringonça.
Contra ventos e marés.
Depois da vitória da selecção portuguesa de futebol no Euro 2016, das 5 medalhas de ouro arrebatadas pelos nossos atletas nos europeus de atletismo, da conquista do campeonato europeu de hóquei em patins, parece-me inevitável, não podendo, pois, negar as consequências da tão sublime gesta lusitana, que nada será como dantes: além dos reflexos económicos derivados do empolgante assalto ao pódio, do ânimo de quem sente as cores da bandeira, do orgulho patriótico, é por de mais evidente que os triunfos do pretérito mês de Julho têm o condão de fazer com que o mundo inteiro olhe para este peque
De todos os acontecimentos mundiais dos últimos 15 dias, o que mais me preocupa é o dos factos que se sucederam ao suposto golpe de estado na Turquia por indiciarem uma escalada de influência religiosa na governação do Estado Turco.
“Grande ye la boca de l anho.”
António Maria Mourinho, Ditos dezideiros
Promover a inspiração divina, despertando para um compromisso atento para as comunidades onde nos incluímos, procurando fortalecer a dinâmica social, na procura de verdadeiros ideais de vida e de renovação interior, são, ou devem ser, propósitos motivadores da razão de ser, estar e viver.
Juntamente com o Douro, o Sabor e o Tua são os rios que marcaram, tal como a muitos nordestinos da minha geração, a minha juventude. Não só por eles, mas igualmente pelas linhas de caminho-de-ferro associadas. Nessa altura ainda circulavam em todas elas, composições com vagões de mercadorias e de passageiros, com bancos de madeira, puxadas por possantes e exuberantes locomotivas a vapor.
Com o decurso dos últimos tempos, vimos assistindo a múltiplos actos de infanticídio que mães praticam e que nenhuma razão poderá explicar. Ao menos, no campo do entendível. A sociedade foi-lhes colocando nas mãos, mais por sinais dos tempos do que irreflectidamente, a vida de seres inocentes e indefesos. De forma ampla, enquanto transportados nos ventres; de sorte menos livre (e mais libertina) após à luz dados.
QUESTÃO:-“…com a descida do imposto, como proceder nos Buffets e no Take-Away? A taxa é a mesma na prestação de serviços de alimentação e na venda de bens alimentares?...”
RESPOSTA:-(elaborada em 23/07/2016)-Não obstante em tempo oportuno termos abordado as alterações introduzidas no setor da restauração, têm surgido algumas questões pertinentes e com especificidade própria que, no interesse dos “empresários” e “consumidores finais”, impõem que voltemos a esta temática.
O eclético e sofredor Jorge de Sena legou-nos um romance inacabado cujo título é o desta crónica pois os sinais de repetição da tragédia iniciada em 1936, Guerra Civil de Espanha, a prenunciar o conflito mundial, na minha visão do Mundo politico de agora e a da Europa nessa época são muito parecidos. A parecença inquieta-me.
“Lemos, …porque nun somos capazes de conhecer suferciente giente.”
Harold Bloom, How to read and why
Desde sempre, desde os inícios da Humanidade, a força do grupo fez vingar a espécie e, a partir daí, as rivalidades agigantaram-se. A união, de iguais, de seitas, de clubes, de tribos, de partidos, da Família, das religiões, todos os ajuntamentos servem a socialização, dão alma. A Família é, por excelência, o grupo mais confortável pois que, não existindo ou mal estruturada, desequilibra, angustia.
Conjuntamente com um outro elemento da Direção, Carlos Touças, e a respetiva Diretora de Serviços, Marisa Lopes, em representação do Centro Social Paroquial de Izeda, estivemos presentes, no passado dia 14 de julho, na cerimónia de entrega de novas viaturas, organizada no âmbito do Projeto “Frota Solidária”, promovida pela Fundação Montepio.
Nesta 9.ª edição da “Frota Solidária”, que decorreu na vila de Cascais, foi, assim, consumada a entrega de 18 viaturas novas, adaptadas, a outras tantas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS`s) de todo o país.
VII Congresso Mundial de Estilos de Aprendizagem
Na última crónica, titulada “Ronaldo e o Microfone da CMTV”, após o jogo com a Croácia, atrevi-me, contra a corrente, sonhar com o momento triunfal, dia 10 de Julho, em Saint Denis. Uma crença “fundamentada” não em pressupostos técnico – tácticos da nossa selecção (até porque, nos jogos da fase de grupos, apresentámos um futebol pouco empolgante), mas por uma série de indícios de ordem cósmica, carregados de simbolismo, que se revelaram do princípio ao fim do torneio.
“Nun habrei sido un filólogo,(…)
Mas al lhargo de mius anhos professei,
La paixon de la lhenguaige.”
Jorge Luis Borges, Un lector
Na sequência de um convite que me foi dirigido pela Associação Portuguesa de Medicina Dentária Hospitalar (APMDH), participei, no passado dia 09/07/2016, sábado, no jantar anual daquela organização, que decorreu no Restaurante Rochedo, em Perafita, Matosinhos.
Quando este texto for publicado, supostamente, o leitor já saberá se foram ou não aplicadas sanções a Portugal por causa do déficit excessivo. Quando o escrevo ainda não sei. Espero que Portugal não seja ainda mais penalizado depois do doloroso programa de reformas e austeridade a que eufemisticamente se decidiu apelidar de ajustamento. Só por si deveria ser suficiente para afastar de vez qualquer intenção sancionatória. Mesmo que isso seja, de certa forma, contrário à letra dos regulamentos tirando-lhes, aparentemente, credibilidade. Aparentemente.
A eutanásia ou morte assistida por um ou mais médicos a pedido do doente que, em estado anterior de plena consciência, elaborou o seu testamento vital de pedido de morte sem dor, quando julgado em estado de insuportável dor ou de irrecuperável condição de saúde, tem estado em discussão sob proposta das esquerdas e a pedido de um conjunto de cem personalidades enquadradas no «Movimento Cívico pela Despenalização da Morte Assistida». Estas cem personalidades apresentaram em Janeiro de 2016 o manifesto «Direito a Morrer com Dignidade».
Carregamos às costas um passado de expansionistas e colonizadores, nem sempre prestigiante, enculturações e aculturações forçada e forçosamente levadas a termo em casos múltiplos. Se descobrimos um ou outro canto, achámos muitos, onde a civilização ocidental jamais havia chegado, penetrante. Sendo que o colonialismo é detentor de duas faces, conhecida a do sujeito, que, triste e enganosamente deixámos, facilmente percebemos a do objecto. E passar de uma à outra foi menos que mero entretém.