A opinião de ...

Um olhar sobre Trás-os-Montes - Parte I

O interior do país, com relevância para Trás-os-Montes e Alto Douro, só na época de Verão é que aparece a Comunicação Social. Nesta data em que escrevemos, na última semana de Setembro, com o aproximar das eleições autárquicas, tudo ou quase tudo, foi prometido.
No caso concreto do Distrito de Vila Real, que é o que conhecemos melhor, os problemas principais continuam se solução, a saber: A cidade continua a viver só das estradas e autoestradas, para quem precisa de ir à Bila; O comércio tradicional, salvo a Rua Central, a zona da Pastelaria Gomes e parte da Avenida do lado sul é que mantém alguma vida; A Rua Direita parece um cemitério. Quem a viu e quem a vê. Três quartos da rua têm as lojas de referência fechadas.
A ponte metálica podia ter dois sentidos, um para cá e outro para lá, sem precisar das restrições que tem, com os sinais existentes. Bastava encurtar a largura dos passeios na Areias até à estrada da ponte. O equilíbrio do trânsito tornava mais fácil mobilidade a zona.
Voltando à Rua Direita e outras como a Rua Avelino Patena, podiam ter esplanadas com recintos de animação como existem em outras cidades e vilas do país.
Nos Açores, mais concretamente na Ilha Terceira, onde existe a Base Aérea das Lajes, na Praia da Vitoria, há uma rua com o nome de Jesus, com mais de um quilómetro de comprimento, que está sempre em festa. O comércio tradicional não tem problemas, serve como lugar de encontro dos habitantes da Praia da Vitória e também de outras localidades que têm, muito orgulho na sua terra.
Voltando a Vila Real, temos saudades dos “reveilons” no jardim da Carreiar e dos bailes no antigo edifício do Governo Civil, por altura das festas da cidade
De facto, a nossa juventude precisa de distracções diferentes dos bares nocturnos e de outras casas congéneres, que só trazem problemas.
Penso, que acordar para estes problemas e outros que nós à distância a que estamos não conseguimos resolver por não termos meios para tal.
Finalmente, o aeródromo parece que vai começar a funcionar. A nossa opinião sobre o momento de valorizar esta infra-estrutura aeronáutica com o aumento da pista parece que vai ficar em lista de espera e todo o complexo aeronáutico necessário a um Aeroporto Secundário que só existe em Bragança ainda com restrições que vão sendo diminuídas gradualmente.
Vila Real tem uma posição estratégica aeronáutica a pouco mais de uma hora do Porto em viatura automóvel.
Entretanto Bragança não dorme e agora até vai ter uma Escola de Pilotagem Aeronáutica. É assim Bragança. E Vila Real?
Ainda dentro do desenvolvimento de Trás-os-Montes, a cidade de Chaves tem muitas tradições aeronáuticas. O aseu aeródromo foi de uma concepção inteligente e como fica numa zona de baixa altitude não te problemas de pressão atmosférica. Está situado a poucos minutos da cidade, sem obstáculos na sua operacionalidade. Há necessidade de se aumentar a actual pista em cerca de 1.000 metros.

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