Bragança

ESE lança curso online sobre integração de migrantes aberto à comunidade

Publicado por António G. Rodrigues em Qui, 2022-04-07 11:19

Curso faz parte de um projeto de Erasmus +, que integra outros países como Espanha, Grécia, França, Itália e Eslovénia.

A Escola Superior de Educação (ESE) do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) está a ultimar um curso online (e-learning) sobre a integração de migrantes, que será aberto à comunidade.

Este curso é uma das três vertentes de um projeto de Erasmus +, de cooperação internacional, chamado ‘Voices of Immigrant Women’.

“É um projeto sediado no centro de investigação em Educação Básica da ESSE e tem como principal objetivo tornar o ensino superior mais inclusivo e sensível às questões da imigração”, explicou ao Mensageiro Sofia Bergano, a coordenadora.

O projeto desenvolve-se em torno de três objetivos fundamentais.

“O primeiro já está concluído e tem a ver com a identificação, em cada um dos países do consórcio, de dez estudos de caso de sucesso de mulheres imigrantes. Estão assinalados no mapa, na página do projeto. Esses dez estudos de caso têm uma intenção pedagógica, mostrar que há histórias de sucesso, de luta, em toda a Europa”, revelou.

De acordo com a investigadora, “a imigração está a aumentar na Europa, particularmente a feminina, que já não está associada à tradicional imigração familiar”.
“Há cada vez mais mulheres que empreendem o seu trajeto migratório orientado pela procura de emprego, pela questão dos estudos e já não, necessariamente, numa lógica de reunificação familiar”, apontou.

Outro dos objetivos é a realização de um curso de sensibilização para os estudantes de ensino superior, que está a ser ultimado para abrir brevemente à população.
“Num primeiro momento vai ser avaliado e, numa segunda fase, estará completamente disponível para quem o queira fazer”, explica Sofia Bergano.
A plataforma pode ser consultada em https://viw.pixel-online.org/e-learning-package_tmp.php.

Benilde Moreira, outra investigadora que integra este projeto, explica que “as pessoas acedem aos materiais disponíveis, frequentando os vários módulos, fazendo as atividades propostas e realizando um teste interativo”.

“É vocacionado para o ensino superior mas está aberto a vários tipos de público. Qualquer pessoa que tenha interesse em migrantes e perceber as dificuldades com que se deparam as mulheres pode frequentar”, esclarece.

“Sentimos que existe uma estrutura de lei que até é bastante sólida mas o problema é que, na prática, falha. As instituições e os agentes das instituições não estão sensíveis a estas questões acrescidas das mulheres.

 

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