Editorial - António Gonçalves Rodrigues

As bolhas, as higiénicas e as outras

Numa excelente reportagem da jornalista Glória Lopes, que pode ler nas páginas centrais, quatro famílias do Litoral radicaram-se temporariamente em quatro localidades do concelho de Bragança, "depois de terem sido selecionadas num total de 1879 candidaturas no concurso Liberdade para Recomeçar lançado pela Câmara Municipal de Bragança, que usou este meio para convidar pessoas de outras regiões e do estrangeiro a vir passar um mês ao concelho com tudo pago para experimentarem a vida no Interior".


A facilidade, afinal, não é tão fácil quanto parece

Na página anterior pôde ler, de forma mais aprofundada, as conclusões de um estudo realizado na Escola Superior de Administração, Comunicação e Turismo do Instituto Politécnico, em Mirandela, que dá conta da insatisfação da maioria dos alunos inquiridos com as 'facilidades' proporcionadas pela pandemia no que ao ensino diz respeito.
Conclusões que vêm consubstanciar aquilo que já se intuía, sobretudo pelos pais que tiveram os filhos, de quaisquer idades, em telescola.


Esperança para a região

Doze meses é muito tempo assim como 12 dias seria tempo a mais para se viver uma qualquer pandemia.
Mas, mais de um ano volvido e dois confinamentos gerais depois, o cansaço acumulado já é grande, sobretudo ao nível psicológico e anímico.
Por isso, na segunda-feira passada, quando se deu início a mais uma fase de desconfinamento, foi grande o corropio pelas ruas, com filas à porta de várias lojas.


Desconfinar não quer dizer desarmar

Depois de um período de certa acalmia no distrito de Bragança na sequência do confinamento decretado pelo Governo devido à pandemia do novo coronavírus, com o Nordeste Transmontano a ficar quase livre de casos ativos da doença (chegaram a ser dez na semana passada).
No entanto, esta semana trouxe um aumento exponencial do número de casos novos, associados ao crescente desconfinamento mas, também, à chegada à região de pessoas vindas de fora (de outros ponto do país e do estrangeiro).


O Papa, a Páscoa e a covid

A Páscoa é, para os Cristão, a celebração mais importante por assinalar a Ressurreição de Jesus Cristo.
Por tradição, o Papa faz a bênção Urbi et Orbi e o mundo escuta com atenção.
Pouco mais de um ano depois de o mundo ter acordado para uma nova realidade fruto do novo coronavírus, o Papa, uma das vozes mais sonantes no mundo atual, não deixou passar, como noutras ocasiões, a oportunidade para assinalar aquilo que considera serem injustiças e desequilíbrios na sociedade.


Uma questão de exemplo

Adriano Moreira, antigo governante e líder do CDS-PP, professor universitário e colaborador do Mensageiro de Bragança, dizia, em certa ocasião, perante uma plateia, que tinha alguma parcimónia em fazer eco da sua condição de transmontano. Não por não ter orgulho nas suas origens mas para não deixar envergonhados os que não tinham o privilégio de ser transmontanos como ele.
Adriano Moreira é um dos exemplos de pessoas que, saindo do Nordeste Transmontano rumo ao litoral, nunca esqueceram as suas origens, nunca as renegaram e tudo fizeram pela sua terra.


Ser, parecer e a mulher de César

Dos romanos herdámos muitas coisas, da arquitetura às leis, da linguagem à organização administrativa. Mas também herdámos muitos provérbios.
Um dos mais utilizados na política é aquele que se refere a Pompeia, segunda mulher de César.
Apesar de não ter prevaricado contra o casamento quando decidiu fazer uma festa apenas reservada a mulheres, ficou sob suspeita depois de um rapaz ter conseguido furar a proibição, entrando disfarçado de mulher.
Júlio César acabou por se divorciar de Pompeia, dizendo que "à mulher de César não basta ser séria, também tem de o parecer".


O primeiro dia do resto das nossas vidas

Segunda-feira, 15 de março, marca indelevelmente a nossa situação atual pois é o tão ansiado primeiro dia dia do resto das nossas vidas.
O início do processo de desconfinamento, o segundo porque passou Portugal, espera-se que seja acertivo e o último por que passamos, mesmo a conta-gotas.
Foi o primeiro dia do resto das nossas vidas pois espera-se que, a partir daqui, não se volte atrás com uma quarta vaga de pandemia.
Um ano depois, já ninguém pode dizer que é apanhado desprevenido.


Um ano de pesadelo

Marcelo Rebelo de Sousa, então no seu primeiro mandato de Presidente da República, tinha acabado de receber um banho de multidão em Podence, onde felicitou os Caretos que tinham sido considerados Património da UNESCO.


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