Manuel Cardoso

Camilo de Mendonça

Há umas semanas, no início de Maio, em Valpaços, numa sessão no âmbito do Congresso do Azeite em que o auditório municipal, com centenas de pessoas, foi pequeno para nele caberem todos os que queriam assistir, houve dois momentos interessantes e significativos para a história de Trás-os-Montes e de todo o Nordeste.


Um passo em frente

Visitei recentemente uma Quinta no Douro, a quinta que faz o vinho mais caro de Portugal (não, não é o Barca Velha…). Produz por ano mais de 1 milhão de garrafas com 14 marcas diferentes, todas excelentes, com imensas variantes: monovarietais, monovinhas, de colheita, blends, reservas, do Porto, etc. Para conseguir isto fazem uma vindima selecionada, tão selecionada e dirigida que os custos de colheita chegam aos 16 cêntimos por quilograma de uvas. Mais de 70% da produção é exportada para o Brasil, Estados Unidos, Canadá e outros países.


Dizer que sim

 
Poucos dias depois do 25 de Abril de 1974 apareceu o “Jornal Novo” e, com ele, veio impresso um poema de Vergílio Ferreira, “Dizer Não”. Por esses tempos eu já tinha na parede do meu quarto há mais de um ano um poster com o IF de Kipling, na versão portuguesa de António Botto. Estavam perfeitamente um para o outro e se este último incitava a que um dia “o mundo será teu e tu serás um homem”, aquele vinha colocar a fasquia num lugar certo: “E é do NÃO ao que te limita e degrada que tu hás-de construir o SIM da tua dignidade.”


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