A opinião de ...

NÃO aos totalitarismos – SIM à Liberdade! (1)

O mundo e as pessoas estão a atravessar um período tumultuoso. À escala global e à escala pessoal. A par de grandes e vertiginosos progressos científicos e sociais, ocorrem grandes e perigosos fenómenos e comportamentos totalitários que todos os dias nos perturbam e tentam sabotar a civilização construída e a nossa aspiração a uma sociedade cada vez melhor – e livre! Conseguir viver o nosso dia a dia com Liberdade, defendendo-a na família e na sociedade, é um imperativo de cada um. Sermos capazes de atravessar este período tumultuoso com uma bússola essencial de referência: a do respeito pela liberdade.
O “politicamente correcto” está a ser, de forma declarada ou consentida pelo silêncio, um dos responsáveis pelo demolir da liberdade. Em nome da luta contra as discriminações, do respeito pelas minorias étnicas, religiosas ou culturais, pelo ambiente e alterações climáticas, pelos “direitos” e bem-estar animal, há muitos assuntos que nos mais diversos fóruns já não podem ser discutidos nem apresentados, há muitas opiniões que, pura e simplesmente, são silenciadas. Amordaçadas pelo “politicamente correcto”. Ora, a liberdade de pensamento, de opinião e de expressão é um pilar fundamental da sociedade moderna, está no cerne de todas as liberdades. O papel da comunicação social, aliás, que noutros tempos se distinguiu por dar voz ao pluralismo e às acções pela liberdade de imprensa, de pensamento, de formação de juízos críticos e de manifestação de ideias e movimentos contracorrente, aparece hoje frequentemente reduzido a um monótono repetir acrítico de argumentos unidireccionados, diariamente fautores dum mundo só aparentemente colorido pelas modas em que vivemos, não se dando conta (ou sendo cúmplices) de que a soma de todas as cores dá a cor branca e a soma de todos os pigmentos dá a preta. Ora, o mundo é muito mais do que a preto e branco e a liberdade está, precisamente, em respeitar e em ser-se respeitado em todas as suas cambiantes e não na imposição duma das cores. Isto está a acontecer pela cedência, constante, ao pensamento politicamente correcto, que de correcto só tem o nome porque na verdade é uma forma de opressão. Opressão de cada um e da sociedade.
Que pena, as dicotomias a preto-e-branco que tomaram conta desta falsa escala de valores: se não se é de esquerda ou centro – é-se rotulado da extrema-direita! Se se explica uma trovoada pelo que ela é – é-se denunciado como um negacionista das alterações climáticas! Se se discorda do movimento woke – é-se tido por um esclavagista! Se se conta uma anedota ou faz uma piada sobre características de personalidade, é-se homofóbico, ou xenófobo, ou misógino! Se se é contra a ideologia de género e não se usa a oca terminologia que lhe está associada, é-se insultado como fascista! Se se reparar bem, em todos estes casos somos confrontados com atitudes totalitárias da parte de quem não quer respeitar a liberdade de pensamento do outro e apenas quer impor a sua. Aceitam um argumento contra a sua opinião? Nem aceitam nem o ouvem: gritam, vociferam, silenciam-no, nem dão a palavra, agem, em muitos casos, de formas violentas.
Não nos devemos sentir diminuídos por quem nos quer tirar a liberdade e não nos podemos deixar vencer. Pugnemos pela Liberdade!

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