A opinião de ...

Cuidar da casa de todos nós

Esta semana, o Papa Francisco pediu aos líderes mundiais que façam “algo mais concreto” no combate aos efeitos das alterações climáticas, lembrando que as recentes ondas de calor em muitas partes do mundo e as inundações em países como a Coreia do Sul mostram que são necessárias acções mais urgentes.
“Por favor, renovo o meu apelo aos líderes mundiais para que façam algo mais concreto para limitar as emissões poluentes”, disse o Papa no final da sua oração de Angelus, no domingo, para as multidões na Praça de São Pedro, citado pela imprensa.
O apelo do Papa Francisco não vem de agora. O Santo Padre tem pedido ao mundo para que abandone rapidamente os combustíveis fósseis. Em 2015, na sua encíclica “Laudato Si” [Louvado Sejas], referiu que o planeta estava “a começar a parecer-se cada vez mais com um imenso monte de lixo”.
Quando falta pouco mais de uma semana para o Papa Francisco vir a Portugal participar na Jornada Mundial da Juventude, este apelo parece ecoar muito ao longe do território nacional, pois pouco se vê fazer a este propósito pelos responsáveis, para além de medidas paliativas a cada problema que vai surgindo. E surgem cada vez mais, e cada vez mais rapidamente.
Esta semana, um artigo do jornal Público alertava para a temperatura da água do Mar Mediterrâneo, que tem ultrapassado os 30 graus.
Uma espécie de ‘caldo’, que apesar de saber bem aos veraneantes, tem consequências nefastas para os seres que habitam estas águas.
E já há especialistas a alertar para o perigo do fim da Circulação no Atlântico [sistema de correntes oceânicas que redistribui o calor pelo planeta] que pode entrar em colapso já em 2025. Isso irá afetar [ainda mais] o clima na Terra.
Ora, com a presença do Papa Francisco em Portugal, haverá melhor altura para os nossos governantes assumirem um real compromisso com esta causa que, afinal, é de todos nós.

Depois de anos de espera, a Jornada Mundial da Juventude está a chegar. Os grupos de peregrinos já começam a chegar às dioceses, incluindo à de Bragança-Miranda.
Não será só Lisboa a sentir o pulsar do catolicismo jovem.
Por cá, não faltam atividades. E também não falta quem saiba receber.
Depois desta semana nas dioceses, a próxima será já para rumar a Lisboa, aonde todos estão convidados para participar nesta peregrinação e acolher o Papa Francisco, que passará ainda por Fátima.

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