Henrique Ferreira

Professor

A dissolução de «Roma», tempo II

«Roma» representa aqui a civilização ocidental democrático-liberal, em risco de dissolução face à ameaça da sua descaracterização racial, étnica, cultural e religiosa. Esta descaracterização não seria um mal em si mesma se planeada, aculturada e controlada. Em hordas e em passo acelerado representa a possibilidade de conflitos comunitários graves, sejam eles de origem racial, étnica, cultural ou religiosa ou mais que de uma ou de todas em conjunto.


Os problemas sociais na habitação. V - Que Soluções?

«Paz, pão, saúde, educação, habitação», diz a canção de Sérgio Godinho como ideal do «25 de Abril», cujos 50 anos sobre o início do Golpe se comemoraram no passado dia 8, no Monte Sobral, em Alcáçovas, concelho de Viana do Alentejo. Ali, sob o patrocínio do Presidente da República e do Primeiro-Ministro, muitos dos capitães e de outros oficiais que prepararam o Golpe, reviveram as peripécias e motivações preparatórias do derrube da Ditadura Marcelista.


Problemas sociais da habitação, em Portugal – IV – O impasse

A habitação, em Portugal, anda em bolandas. Pelo visto, em todo o Mundo Ocidental mas, a nós, dói-nos a portuguesa.
O tema tornou-se mais pertinente e discutido graças à carestia dos preços para compra e para arrendamento, agravados constantemente pela ausência de oferta por parte dos agentes do Mercado Imobiliário. O Governo tentou responder mas os seus diferentes programas – Porta 65, 1º Direito e subsídios às prestações a pagar– não deram grande resultado. E o «Mais Habitação» foi contestado por quase todos os agentes e acabou vetado pelo Presidente da República.


Os problemas sociais na habitação. III - Problemas Habitacionais, Triunfo do Mercado e quase-Demissão do Estado. (Cont. dos nºs. 3942 e 3944

Celebram-se esta semana as Jornadas Mundiais da Juventude. Os jovens demonstram serem os garantes do Cristianismo e o êxito das Jornadas demonstra a pertinência da aposta dos diferentes intervenientes na sua realização, desde logo a Igreja Católica, o Estado Central e o Estado Autárquico na pessoa da Câmara de Lisboa.
Continuação dos artigos I e II, nos nºs. 3942 e 3944.


Os dramas sociais face à habitação: II – a retórica, o direito e o feito (cont. do nº 3942 de MB)

Hoje, transcrevo o encanto dos princípios constitucionais, em habitação, a retórica dos sonhos nunca realizados. Constituem a base do direito à habitação mas alguns fazem rir de tão longe que temos estado deles. Outros pasmam-nos de como foi possível, até 1989, coarctar tanto a iniciativa privada. Ei-los.
«Artº 65º Habitação e urbanismo
1. Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.


Os dramas sociais face à habitação: I – a Habitação, o Estado e o Mercado

Antes de mais, parabéns à Câmara Municipal e à Força Aérea Portuguesa pela animação aeronáutica que nos proporcionaram ao longo dos dias 23 de Junho a 2 de Julho.
Muitos são os dramas que nos afligem ou podem afligir bem como os danos – físicos, psicológicos, sociais, familiares e morais – que tais dramas nos podem infligir.


O esbanjamento do capital humano

O último relatório da Fundação José Neves «Estado da Nação, Emprego e Competências em Portugal» confirmou o que suspeitávamos: a cada vez maior desvalorização do valor formativo, do valor económico e do valor como instrumento de procura de emprego das licenciaturas e outros cursos do ensino superior face a cursos de nível secundário. Concretizando, em 2011, uma licenciatura rendia mais 51% de salário do que o ensino secundário, e, em 2021, só vale mais 27%.


O «Senhor Feliz» e o «Senhor Contente», depois do amor

A relação entre o Senhor Feliz e o Senhor Contente, vulgo Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, já teve melhores dias. Depois de seis anos em lua-de-mel, o período posterior ao dia 31 de Janeiro de 2022, dia das eleições legislativas, e, sobretudo, ao dia 30 de Março do mesmo ano, data da tomada de posse do XXIII Governo Constitucional, de maioria socialista, foi marcado pela ruptura diplomática da lua-de-mel, até 26 de Abril de 2023, e pela rutura tempestiva, a partir desta data.


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