A opinião de ...

Mas que grande forrobobó, minha gente!

pesar de todas as reservas quanto à competência e à capacidade desta espécie de sucedâneo de governo da atual maioria absoluta para conduzir com sucesso os destinos do país, solução que, segundo a opinião do Presidente da República, já nasceu cansada e esgotada.
A ser assim, o professor Marcelo de Sousa, ao teimar em viabilizá-la depois de, inclusivamente, a ter classificado como uma solução requentada, cometeu um monumental erro de análise que, como o tempo se encarregou de provar, o deixou atado de pernas e braços, acabando por condicionar irremediavelmente o normal desempenho das suas competências no seu segundo mandato de Presidente da República.
Passado pouco mais de um ano, sem surpresas, o balanço do desempenho do atual governo excede, pela negativa, tudo o que de pior seria de esperar dum governo como este, não obstante dispor de verbas astronómicas vindas da União Europeia, como nenhum outro dispusera.
Fatalmente, um caldinho como este, acabaria por azedar e deixar a nu as suas naturais limitações e fragilidades, a falta de ideias e de estratégias claras, de coordenação e de liderança, acabando por se enredar na teia das próprias contradições, resultante da sua incompetência e incapacidade, cada vez mais evidentes, para resolver as grandes questões de fundo e efetuar as reformas estruturais de que o país tanto carece.
As consequências, que não se fizeram esperar, permanecem bem à vista, em exemplos paradigmáticos de má gestão como o do atribulado dossier da TAP, (sempre a TAP) que, ao que tudo indica, para nosso mal, só levantará voo para outras paragens, depois de sugar o último euro que reste nos cofres bolsos dos contribuintes portugueses.
Enquanto tal, de todos os atores e responsáveis (e são muitos em todos os quadrantes e a todos os níveis) que, para provarem a si próprios que estão vivos e continuam a ser gente importante, encenaram e teimam em manter em cena esta tragicomédia em que transformaram a política nacional na passada semana, espera-se que, para evitar a humilhação de serem deitados fora pela janela, tenham a dignidade, a coragem e o bom senso de, no seu interesse e da própria democracia, sair de cena atempada e discretamente pelo seu próprio pé, na certeza de que:
- Gente assim está a mais e rapidamente desaparece da memória dos vivos;
- Para mobilizar em torno dos objetivos e das grandes causas do interesse de todos os cidadãos, sem exceção, o país precisa de tudo menos de autores de espetáculos deploráveis como o do vergonhoso forrobodó protagonizado no Ministério das Infra Estruturas, que deixou a imagem e a reputação dos seus mentores, realizadores atores mais baixa que o pó da rua;
- Se fosse possível aproveitar a água que muito boa gente já sacudiu do capote, o país teria água de sobra para resolver o problema da seca do próximo verão.
Entretanto, vamos indo e vamos vendo porque, muito provavelmente, ainda vai haver muito para ver e contar.

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