Museu do Abade de Baçal abriu a porta ao teatro da Associação de Pombal de Ansiães

Os tempos negros da Inquisição em Portugal são o mote de ‘O Auto dos Condenados’, a peça que o Grupo de Teatro da ARCPA- Associação Recreativa e Cultural de Pombal de Ansiães levou à cena na noite de sábado no Museu do Abade de Baçal, em Bragança. “O texto é da autoria de Carlos Carvalheira abordando a temática da Inquisição e o julgamento de judeus marranos, uns condenados por morte na fogueira outros não”, explicou Vítor Lima, presidente da ARCPA.
O grupo composto por atores amadores, a maioria deles da aldeia de Pombal de Ansiães, mas com vários elementos de outras localidades do concelho de Carrazeda de Ansiães, é um caso sui generis no distrito pela longevidade e pela particularidade de ter nascido numa aldeia. Para sobreviver a ARCPA tem aberto as portas ao resto do concelho para driblar o despovoamento. “Temos mantido a associação com altos e baixos. Uns momentos com maior pujança e outros menos. Tem que ver com a existência ou não de pessoas. O nosso maior problema não é tanto a falta de dinheiro, porque a Câmara de Carrazeda de Ansiães vai financiando, mas a falta de massa crítica e de pessoas para integrar o grupo e as atividades da associação”, revelou Vítor Lima.