“O Plano de Mobilidade do Tua é uma dívida do Estado para com o território"

Em 2013, foi criado o Parque Natural Regional do Vale do Tua (PNRVT), que surgiu de um acordo entre a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT) e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), garantindo que cerca de três quartos da dotação da EDP para o Fundo da Biodiversidade, no âmbito do Aproveitamento Hidroeléctrico de Foz Tua, sejam canalizados para a região e investidos em desenvolvimento regional. Ou seja, foi uma das contrapartidas da construção da barragem de Foz Tua, que consegue o financiamento durante 75 anos.
O PNRVT assinala o 10º ano de vida, com o início das comemorações a ter lugar no próximo sábado, em Vila Flor, com o primeiro de cinco fins-de-semana de atividades, no denominado Tua Walking Festival.
Nesta data simbólica, o Mensageiro falou com o diretor do PNRVT, Artur Cascarejo, sobre o trabalho feito na primeira década de vida.

Mensageiro de Bragança (MB) – Que balanço faz destes 10 anos de actividade?
Artur Cascarejo (AC) - Podemos dizer que no início, o Parque Natural Regional do Vale do Tua apresentou um plano de atividades e orçamento para 12 anos junto do ICNF, porque era a entidade, na altura, que tinha que validar, e o que posso garantir é que em 8 anos conseguimos cumprir o que estava previsto ser concretizado em 12. Deve-se à parceria que fizemos com cada um dos cinco Municípios, à equipa que tem trabalhado connosco, não só do PNRVT, mas também a toda a equipa da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, onde estamos instalados e que tem dado todo o apoio técnico. Quer dizer que já estamos a desenvolver atividades que não estavam previstas nessa contratualização inicial ainda antes de assumir o estatuto de parque regional, porque achamos que essa pretensão era essencial.
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