Mogadouro

Amendoal, olival e sobreiros ameaçados pela seca pesar da chuva dos últimos dias

Publicado por Francisco Pinto em Qui, 2023-06-01 10:01

A Associação de Produtores Agrícolas Tradicionais e Ambientais (APATA), sediada em Mogadouro, avançou que as culturas do amendoal, olival e sobreiro estão “ameaçadas” na região transmontana e duriense devido à seca, prevendo quebras acentuadas nestas produções.
“O impacto da seca no amendoal transmontano começa a ser preocupante, porque o miolo da amêndoa não se forma, devido à falta de água. Se continuarmos com falta de chuva, as quebras poderão ultrapassar mais de 50% da produção estimada e pelo segundo ano consecutivo”, explicou o presidente da APATA, Armando Pacheco.
De acordo com Armando Pacheco, para se ter uma perceção do desenvolvimento deste fruto seco torna-se necessário partir a sua casca, “notando-se a uma clara falta de desenvolvimento do miolo da amêndoa”. “Os prejuízos no setor do amendoal na região transmontana são significativos e deverão ultrapassar os dois milhões de euros com as quebras previstas de mais 50% da produção. Tudo isto, a somar aos custos dos fatores de produção, poderá colocar em causa novas plantações deste tipo de fruto seco”, avançou Armando Pacheco.
O dirigente agrícola prevê, igualmente, quebras na produção de azeitona, já que o olival atravessa uma fase de fim de floração e as perspetivas de produção também não são animadoras, tendo em conta que não choveu o suficiente durante este período.
“Não sabemos como a azeitona vai vingar ao longo do seu ciclo de desenvolvimento devido à seca. Se a chuva não cair, vai-nos acontecer tal como acontece no sul do país e na vizinha Espanha, com quebras muito acentuadas na produção”, frisou. Armando Pacheco alertou ainda que retirar cortiça dos sobreiros nesta altura de calor e falta de água, poderá “levar à morte da árvore, sendo esta uma espécie que muito contribuiu para a economia regional

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