A opinião de ...

1 - Decididamente, por favor, assim não!

É preocupante a imagem da autêntica rebaldaria que a classe política, aos mais diversos níveis, despudoradamente, teima em construir e dar de si mesma, tornando cada vez mais difícil para quem elege continuar a acreditar seja em quem for, e muito mais difícil ainda, prever onde, como e quando irá parar esta perigosa e obstinada corrida cega até ao descrédito total das pessoas e das instituições que, irracional e criminosamente, teimam em só se preocupar com os seus interesses pessoais e de grupo, deitando para trás das costas o cumprimento da missão para que democraticamente, (dirão muitos), foram eleitas.
É caso para perguntar, afinal, que democracia é esta e, a continuarem assim, aproveitar para alertar que, quando se afundarem a si e ao país, não se queixem de ninguém e tenham a vergonha e a coragem de não deitar as culpas para os fantasmas que eles próprios criaram, e a dignidade de reconhecer que a culpa será toda, e só, deles, da sua impreparação, ignorância e ambição desmedida, filhas da sua incompetência, a génese e a mãe de todas as asneiras.
À dúvida se ainda será possível travar a corrida para o abismo, a resposta é muito simples, resumindo-se a duas palavras: dignidade e respeito por si e pelos outros.
Respeito dos agentes da atividade política, antes de mais nada, para com eles próprios e, concomitantemente para o desempenho digno das missões que lhe são confiadas, pelas instituições e, muito especialmente pelo voto de quem depositou nas suas mãos a responsabilidade da gestão competente e responsável dos destinos do país, tendo como grande e exclusivo objetivo final, contribuir, duma maneira equitativa, justa e equilibrada, para a resolução dos problemas e satisfação das necessidades das pessoas, o único caminho para alcançar a felicidade e o bem estar de todos, e condição “sine qua non” para poder encarar o desempenho do serviço público no seu verdadeiro sentido, e não como um meio de auto promoção e de satisfação das ambições, do próprio ego e das vaidades de cada um.
A não ser assim, está sempre escancarada a porta de acesso a todas as habilidades e esquemas para reverter o desempenho das funções em proveito próprio ou dos amigos, uma via aberta em roda livre para todos os desmandos e ilegalidades e, esquecendo os compromissos assumidos e a nobreza das funções que lhe foram confiadas, mandar para as malvas todas as juras e promessas feitas a todos aqueles, perante os quais, para conseguirem os seus objetivos, se apresentaram a eleições como pessoas dignas, sérias, honestas e competentes.
Sérias e honestas, bem….
Quanto a competência e dignidade, estamos conversados!...

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3910

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