FUTEBOL FORMAÇÃO

Segunda parte pacense quebra resistência brigantina

Publicado por Guilherme Moutinho em Dom, 2021-09-19 20:34

A jovem equipa de sub-17 do Grupo Desportivo de Bragança ainda não conseguiu quebrar o ciclo negativo no Campeonato Nacional de Sub-17,somando a quinta derrota consecutiva frente ao Paços de Ferreira. 

A partida disputada este sábado, no Parque Desportivo de Santa Apolónia IPB, em jogo de acerto relativo à 2.ª jornada, terminou com o resultado de 0-4 favorável aos pacenses.

O primeiro tempo mostrou um Bragança a jogar muito bem sem bola, perante um adversário com argumentos técnicos superiores. A equipa do Paços de Ferreira manietada na construção de jogo apenas protagonizou a primeira jogada de real perigo, aos 12’, quando Gonçalo Sousa conseguiu descobrir espaço entre os centrais brigantinos. O jovem avançado, de 16 anos, deslumbrou-se com a oportunidade, não conseguindo ultrapassar o guarda-redes Neuer que mostrou rapidez na saída entre os postes. A resposta da equipa da casa, aos 27’, mostrou a sua capacidade de desmontar a defensiva visitante numa jogada rápida de transição, em que Diogo Mariz culminou o movimento atacante com um remate a passar junto ao poste.

Uma atuação personalizada dos comandados de José Alves, no primeiro tempo, que obrigou a mexidas, ao intervalo, no ataque dos adversários.

No segundo tempo, o Paços de Ferreira entrou rejuvenescido e chegou ao golo inaugural, aos 49’, por intermédio de Mauro Couto. O extremo pacense desequilibrou pela ala esquerda e numa diagonal chutou forte e colocado para o primeiro golo.

A equipa de José Alves sentia dificuldades em chegar ao último terço e segurar as transições adversárias, mas aos 78’ através de um livre indireto conseguiu ameaçar a baliza de Martim Sousa. O empate esteve próximo com o cabeceamento perigoso de Diogo Mariz a passar perto do alvo, após cruzamento de Mirandês.

No minuto seguinte, o jovem goleador Mauro Couto bisou na partida. Um lance bastante semelhante ao primeiro golo em que o jovem talento pacense elevou a sua marca pessoal para 5 golos em 4 jogos.

Um momento marcante na partida, pois acentuou a quebra física e anímica dos brigantinos.

O terceiro golo da partida surgiu, aos 85’, com a assinatura de José Silva. O avançado aproveitou uma hesitação do guarda-redes Neuer para aumentar a vantagem e construir a goleada.

Em tempo de descontos, aos 90+2, Guga fechou as contas com um chapéu a Neuer. Um bom movimento do médio-ofensivo que perante a oposição defensiva conseguiu finalizar com classe.

Com este resultado, o Paços de Ferreira reforça a terceira posição na tabela classificativa, com 8 pontos em 4 jogos. O GD Bragança continua na última posição, sem ter somado qualquer ponto nas 5 jornadas disputadas. Na próxima jornada, o Paços de Ferreira recebe o líder SC Braga. O GD Bragança só voltará a competir no dia 3 de outubro na visita ao FC Famalicão. A jornada 6 está agendada para 26 de setembro.

 

Declarações após o encontro

“Uma primeira parte menos bem conseguida da nossa parte, essencialmente no último terço. Conseguimos boas situações, a trabalhar bem no bloco com alguma falta de variabilidade no jogo exterior. Na segunda parte melhorámos esse critério, mas devemos dar valor ao trabalho do GD Bragança. Foi um jogo bem conseguido pelas duas boas equipas. A nossa ideia de jogo é variar o jogo interior e exterior, sentimos alguma instabilidade na primeira parte por não conseguir concretizar. Ao intervalo, com a ajuda dos jogadores conseguimos trabalhar em conjunto. A formação do Paços de Ferreira pretende o crescimento dos jogadores para chegaram a outros patamares com o entendimento pleno do que é o jogo de futebol.”

Pedro Campos, treinador do Paços de Ferreira

“Fizemos uma primeira parte ótima, com muita qualidade e com os princípios de jogo que temos treinado. Estamos a jogar num campo diferente ao que treinamos, com outras dimensões e outra relva, e isso nota-se no desgaste dos jogadores. Não podemos jogar sempre fora. Não pretendo justificar a derrota, o que pretendo é condições para trabalhar e fazer os jogos até ao fim. Na segunda parte notou-se o cansaço dos jogadores, a equipa custou a entrar em jogo e sofre um golo muito cedo. São os males do crescimento, este é um resultado muito injusto para o que produzimos no primeiro tempo. A equipa evolui, mas este processo demora tempo."

José Alves, treinador do GD Bragança

 

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