Atraso nos vistos preocupa estudantes internacionais que vieram para Bragança
Os estudantes internacionais do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) queixam-se de atrasos na emissão dos vistos de residência, que em muitos casos ultrapassam os 120 dias, deixando-os numa situação ilegal. Esta situação foi relatada na passada terça-feira à ministra da Ciência e do Ensino Superior, Elvira Fortunato, durante uma visita à instituição de ensino, mas que a titular da pasta garantiu desconhecer. “Não me chegou nada e, se não tenho indicação, é porque as coisas estão a andar”, afirmou Elvira Fortunato.
Já o presidente do IPB, Orlando Rodrigues, disse que este ano a questão dos vistos “funcionou muito melhor,” mas admitiu que “há um problema especial na Guiné, que continua envolta em problemas, nomeadamente a falta de clareza na política de marcação”. No que respeita aos outros países, como Cabo Verde, “ funcionou de forma excelente e no Brasil também”.
O IPB fornece as listas dos candidatos às embaixadas.
“Os alunos internacionais têm que ter um visto de entrada como estudante e quando chegam cá tem de pedir um visto de residência no SEF, depois precisam de fazer uma marcação. Todas as entidades têm-se envolvido para agilizar, mas continuam alguns problemas, como na Guiné, nos outros países melhorou muito. Os vistos de residência estão muito atrasados, o que acaba por ser um problema relevante. Os alunos estão legais e, enquanto, não tiverem a marcação não incorrem em nenhuma ilegalidade porque a culpa é do Estado português ”, explicou Orlando Rodrigues.
Segundo as associações de estudantes o problema afeta, sobretudo, os alunos dos PALOP, nomeadamente da Guiné, Cabo Verde e Brasil, que representam as maiores comunidades de estudantes estrangeiros em Bragança.
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