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Associação Terras Quentes e Câmara de Macedo de Cavaleiros: um exemplo a seguir

Decorreram no dia 14, em Macedo de Cavaleiros, as XVII Jornadas da Primavera da Associação Terras Quentes, sedeada naquele município.
A Associação Terras Quentes nasceu de um conluio entre um conjunto de Macedenses e/ou «amacedados» cultural e/ou afetivamente, interessados pelo estudo do património arqueológico, cultural, social, educacional, económico e ambiental do Concelho de Macedo de Cavaleiros, com extensão à Terra Quente e à Terra Fria Transmontana. Dado que um dos «amacedados» é especialista e ex-aluno do curso de Arqueologia da Faculdade de Letras de Universidade de Lisboa (Carlos Alberto Mendes), depressa esta Faculdade apadrinhou, desde a primeira hora, as iniciativas da Associação, dando-lhe suporte científico e técnico.
Ao mesmo tempo, os líderes da Associação cuidaram de arregimentar os melhores técnicos e especialistas regionais e nacionais possíveis.
Em 2005, a dimensão do trabalho da Associação já contava com 77 especialistas e a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros fez-se co-financiadora do Projeto a par dos fundos comunitários a que a Associação se foi candidatando. Nesta área, a Administração da Cultura, em Portugal, soçobrou nos últimos 10 anos e a Associação também se ressentiu disso tendo a Câmara Municipal de assumir a parte de leão do financiamento a par de vários mecenas e carolas.
O trabalho da Associação é notável nos domínios da Arqueologia (21 arqueo-sítios escavados, preservados e divulgados e 500.000 peças inventariadas); da História da Arte (300 peças inventariadas, recuperadas e devolvidas às igrejas da Diocese de Bragança); da História da região de Bragança, já com 30 artigos publicados e, em geral, de toda a cultura nordestina, com apoio ao Geopark de Macedo de Cavaleiros e à gestão da Albufeira do Azibo. Além disso, os arqueólogos da Associação inventariaram todo o património na área da Alfufeira do Baixo Sabor, e disponibilizaram-no às autarquias.
Ao longo da sua existência, a Associação publicou os estudos que foi realizando os quais estão acessíveis na página eletrónica Erro! A referência da hiperligação não é válida.e ainda nos Cadernos Terras Quentes, já na 18ª edição e com 124 artigos publicados.
Além disso, a Associação já criou três museus (Arqueologia, Museu Albino Pereira Lopo; de Aljubarrota, Martim Gonçalves de Macedo, o aio de Dom João I, natural de Macedo de Cavaleiros e que salvou o Rei na Batalha), museu único em Portugal; e o de Arte Sacra, gerido pela Câmara Municipal); e está em vias de inaugurar um quarto, o Museu dos Templários, único em Portugal, em homenagem à grande obra dos Templários na região e à sua importância para a consolidação da nação portuguesa, bem vincada nas jornadas da Primavera da Associação, no passado dia 14, e correspondentes ao Caderno Terras Quentes nº 17.
Os estudos relativos à Batalha de Aljubarrota dão ainda ênfase ao papel do Nordeste, sobretudo de Macedo de Cavaleiros, e a Dom Nuno Álvares Pereira na preparação da Batalha, com destaque para a organização do Exército no Lugar do Pereiro, em Castelãos/Vilar do Monte e na Vilariça, onde foram encontrados elementos dessa presença e da devoção a Santa Maria e a Miguel Arcanjo, patrono do Exército Português.
Destaque ainda para os estudos académicos a que os trabalhos da Associação já deram origem: 52 monografias de Licenciatura, 32 dissertações de Mestrado, três teses de Doutoramento.
Um exemplo a seguir.

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