O 4 e o 5 (entre o 8 e o 80)
Há um ano era proclamado, em Portugal, o primeiro Estado de Emergência da nossa Democracia. Perante um inimigo terrível, invisível e dramaticamente eficaz, surgiu entre todos, sem quaisquer exceções, dignas de monta, um consenso sobre a necessidade de recorrer a todas as armas disponíveis para fazer frente a tão poderosa ameaça. Esta união e consenso, à volta da defesa, perante a ameaça, justificavam-se por causa do terror com que éramos fustigados, todos, por igual. Mas, com o andar do tempo desfez-se a unanimidade precisamente porque o primeiro dos pressupostos não se manteve.