A opinião de ...

Libertar-nos da escravidão da covid-19

Na sua Mensagem da Quaresma, o Papa Francisco disse que “a viagem da Quaresma é um êxodo da escravidão para a liberdade”.
Este tempo coincide, também, com o confinamento decretado pelas autoridades portuguesas, que deverá terminar precisamente no período que é o mais importante para os Cristãos e que assinala a Ressurreição, o regresso à vida, e que se desdobra semanalmente em cada domingo.
Com os números da pandemia a descer rapidamente nas últimas semanas no distrito de Bragança, todos anseiam o regresso à vida normal de cada um, com Fé e Esperança.
Mas, como se pode ler nas páginas centrais, na entrevista ao novo presidente da Delegação de Bragança da Cruz Vermelha ou na página 20, sobre os números de atendimentos da Cáritas Diocesana, para além do desconfinamento imediato é preciso programar, já, o apoio aos mais desfavorecidos e aos mais frágeis, que nos últimos meses viram as suas fileiras engrossar devido ao encerramento de muitas atividades económicas, como as ligadas à hotelaria, restauração e comércio local.
O desconfinamento não deve ser encarado como o fim da crise mas deve ser tido em atenção que pode ser apenas o início das dificuldades para muitos cidadãos portugueses, que tinham uma vida perfeitamente estabelecida e, de um dia para o outro, se viram a braços com o dilema de pagar as contas acumuladas ou colocar comida na mesa dos filhos.

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3822

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