Trovoada arranca árvores e danifica telhados

A trovoada, com queda de granizo e sobretudo rajadas de vento muitos fortes que ocorreu esta terça-feira, por volta das 18,00 horas, nas localidades de Carvalhais, Vila Nova das Patas, Contins, Vilar de Ledra e Vale Pereiro (Mascarenhas),e que durou cerca de 15 minutos, foi o suficiente para causar danos consideráveis, arrancando árvores e danificando telhados.
Mais de uma dezena de telhados danificados, dezenas de árvores caídas e alguns postes de iluminação. Na Quinta da Ponte (entre Carvalhais e Vilar de Ledra) um cenário de destruição é testemunhado pelo proprietário, João Sá: "Foram à volta de 20 árvores, garantidamente, com mais de 30 anos, arrancadas literalmente em várias partes da quinta. Duas delas caíram sobre o telhado da casa, ou seja, estamos a falar de um pinheiro, com cerca de 20 metros de altura, que caiu sobre o telhado, e partiu uma parte da laje, e outras caíram sobre os cabos de eletricidade. Ainda bem que não estava ninguém em casa", relata.
Também Laurentino Gomes, habitante de Vila Nova das Patas, presenciou os cerca de 10 minutos de vendaval, viu um telhado voar e admite ter ficado muito assustado. "Estava numa propriedade minha, e tive de me refugiar para dentro da casa, porque estava a sentir medo, com tanto vento, tanta chuva, ventos cruzados, chuvas cruzadas. Quando olho para o lado, vejo um monstro, parecia um monstro, a subir em espiral, vejo um remoinho de vento e água a subir, aquele pedaço de placa que são para aí, 110 metros quadrados, a subir, para aí uns 15, 20 metros, e depois de chegar àquela altura, voaram literalmente em paralelo e foram cair, para aí uns 30 metros desviado do sítio onde ele estava instalado. Havia ali quatro ou cinco carros parados, por sorte, por milagre, não caiu em cima de nenhum", conta. "Entre árvores e beirais de casas, chaminés, aquilo foi um mini-tornado, onde passou levou tudo", acrescenta.
O Presidente da junta de freguesia de Carvalhais confirma que os danos são muitos: "Foram 10 minutos de intensidade de muito vento, vários telhados que foram destruídos, várias plataformas que voaram a várias distâncias de metros, ainda não temos uma avaliação completa, porque também temos casas de emigrantes que estão longe, e de casas devolutas também, que têm de se identificar os proprietários. Dezenas de telhados, eu contei pelo menos 14, 15, mas como disse, ainda não tive tempo de dar a volta, amanhã vamos fazer um levantamento mais profundo, realmente das necessidades que as pessoas vão precisar", refere Nélson Teixeira que informa ainda já ter sido restabelecida a energia elétrica em Vilar de Ledra, cerca das 21,00 horas.
"Queria aproveitar também para agradecer à Proteção Civil e aos bombeiros que rapidamente estiveram no terreno, rapidamente colaboraram na remoção das telhas, desimpediram ruas, ajudaram algumas pessoas, também à EDP que rapidamente esteve no terreno e foi uma mais-valia para restabelecer a normalidade", adianta o autarca de Carvalhais.
Também o presidente da Câmara de Mirandela esteve nos locais afetados. "Ainda não conseguimos quantificar efetivamente os danos, felizmente não surgiram danos pessoais, isso já é de salientar, só são danos materiais, mas já há vários telhados que sofreram levantamentos, espera-se que não chova de noite para que os prejuízos não sejam agravados. Esteve lá a equipa da divisão de ambiente e serviços operacionais, juntamente com os bombeiros, para fazer o levantamento de todas as situações que havia", refere Vítor Correia.
Também o comandante dos bombeiros de Mirandela confirma que várias equipas estiveram no terreno em várias ocorrências sinalizadas "em operações de limpeza da via, quedas de árvores, alguns telhados danificados", conta Luís Carlos Soares.
Os danos também são extensíveis novamente à EPA de Carvalhais (já tinha feito estragos no domingo) desta vez com uma fila de telhas do telhado de escola de hotelaria a ser levantada com a força do vento bem como a queda de várias árvores.